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A Fisiologia da regulação térmica

Por:   •  14/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  676 Palavras (3 Páginas)  •  402 Visualizações

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Febre

Fisiologia da regulação térmica

  • Mecanismo de perda de calor
  • Radiação ou condução: transferência de calor de objetos quentes para frios por ondas eletromagnéticas. Assim perde-se 60% do calor do corpo.
  • Evaporação: perde-se calor pela sudorese e pela respiração. Assim, perde-se 20% a 27% de calor.
  • Convecção: é a perda de calor para o ar que circunda o corpo e penetra nas vias respiratórias. Assim, perde-se 12 a 15% de calor.

Em ambientes quentes esses mecanismos se modificam. À temperatura ambiente de 35°C perde-se mais calor pela evaporação.

  • A febre não é uma doença, e sim uma síndrome => síndrome febril. (Astenia, inapetência, cefaleia, taquicardia, taquipneia, taquisfigmia, oligúria, dor no corpo, calafrios, sudorese, náuseas, vômitos, delírios, confusão mental e até mesmo convulsões – RN e crianças).
  • Pode ser causada por transtornos no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam o centro termorregulador.
  • A regulação da temperatura corporal requer um equilíbrio entre produção e perda de calor, cabendo ao hipotálamo regular o nível em que a temperatura deve ser mantida.
  • A febre pode ser resultado de infecções, lesões teciduais, colagenoses, acidentes vasculares, processos inflamatórios, neoplasia malignas.
  • Pirogênios: proteínas e substâncias tóxicas que provocam elevação do ponto de ajuste do termostato hipotalâmico; substâncias capazes de induzirem febre. Pirogênios endógenos (interleucinas e células neoplásicas) ou exógenos (microorganismos e seus produtos).
  • Pirogênios exógenos? São microorganismos, substâncias pro-inflamatórias, lesão tecidual, antígenos (LPS) que estimulam a produção de pirogênios endógenos (citocinas Il-1, Il-2, Il-6, alfa 1 interferon e TNF)

Fisiopatologia (elevação da posição do “termostato” neurocelular)

[pic 1]

Conceitos de febre, hipertermia e hipotermia.

Febre: É a elevação da temperatura do corpo superior aos limites normais em decorrência do reajuste do “termostato” hipotalâmico pela ação sequencial de mediadores celulares.

Hipertermia: É outro estado de elevação da temperatura, porém, sem alteração do centro termorregular hipotalâmico. Mecanismo regulatório de controle da temperatura interna é falho ou foi temporariamente sobrepujado, seja por excesso de produção ou absorção de calor ou por perda insuficiente de calor pela sudorese.

Hipotermia: Temperatura corporal inferior a 35°. Ocorre mais facilmente em idosos e RN.

Locais de verificação da temperatura:

- Axilar

  • Higiene do local e do termômetro (evitando a presença de umidade)
  • Conservação do termômetro em álcool absoluto/iodado

- Oral

  • Necessidade de termômetros individuais

- Retal

  • Necessidade de termômetros individuais

- Timpânico

  • Mensuração da temperatura central.

- Arterial pulmonar

- Esofágico

- Nasofaringiano

- Vesical

  • Temperatura axilar:
  • Normal: 35,5 a 37 °C
  • Febrícula: 37,1 a 37,5°C
  • Febre moderada: 37,6 a 38,5°C
  • Febre elevada: maior que 38,6°C
  • Temperatura bucal: 36 a 37,4 °C
  • Temperatural retal: 36 a 37,5 °C

Características semiológicas da febre

  • Inicio (súbita ou gradual)
  • Duração (Poucos dias; Febre prolongada: ela é usada quando a febre permanece por mais de 1 semana, tenha ou não caráter contínuo: exemplos: tuberculose, septicemia, malária, endocardite infecciosa, febre tifoide, colagenoses, linfomas, pielonefrite, brucelose e esquistossomose.)
  • Intensidade
  • Modo de evolução
  • Febre contínua: aquela que permanece sempre acima do normal com variações de até 1 °C e sem grandes oscilações (Ex: febre tifoide, endocardite infecciosa e pneumonia).

[pic 2]

  • Febre irregular ou séptica: registram-se picos muito altos intercalados por temperaturas baixas ou períodos de apirexia. Não há qualquer caráter cíclico nestas variações (Ex: septicemia, abcesso pulmonar, tuberculose).

[pic 3]

  • Febre remitente: há hipertermia diária, com variações de mais de 1 °C e sem períodos de apirexia. Ocorre na septicemia, pneumonia, tuberculose.
  • [pic 4]
  • Febre intermitente: febre ciclicamente interrompida por período de apirexia. Terçã: um dia ocorre febre, no outro não. Quartã: um dia ocorre febre, dois dias não. Ex: malária, infecções urinárias, nos linfomas e nas septicemias.

[pic 5]

  • Febre recorrente/ondulante: período de apirexia que dura dias ou semanas até que sejam interrompidos por períodos de febre, sem grandes oscilações de temperatura quando a febre ocorre. Ex: brucelose, doença de Hodgkin, linfomas.

  • Término:
  • Crise: quando a febre desaparece subitamente. Neste caso costumam ocorrer sudorese profusa e prostração. Exemplo típico é o acesso malárico
  • Lise: significa que a hipertermia vai desaparecendo gradualmente.

Fisiopatologia da febre

Antitérmicos: inibem a ciclogenase (Cox-2), a formação do ácido araquidônico, a síntese de prostaglandinas no hipotálamo e baixam a temperatura.

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