Drogas que interferem a divisao celular
Por: Ana Valladares • 13/4/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 966 Palavras (4 Páginas) • 4.870 Visualizações
Drogas que interferem a divisão celular
As drogas antimióticas são utilizadas para o tratamento de alguns canceres. O uso destas drogas tem de ação onde reside sobre a mitose e o seu alvo são os fusos mitódicos, estruturas essenciais que dirigem o ciclo celular na mitose.
Câncer e seu tratamento
O câncer é uma doença em que ocorre o crescimento desordenado das células que invadem os tecidos e os órgãos, esse crescimento desordenado pode se espalhar para outras regiões do corpo, é o que chamamos de metástase.
As células se dividem rapidamente e tendem a ser muito agressivas e até mesmo incontroláveis, determinando a formação de tumores que é, o acumulo de células cancerosas.
O surgimento do câncer vai depender da intensidade e da duração da exposição em que a célula sofre aos agentes causadores do câncer. Podemos usar como exemplo; que, o risco de uma pessoa desenvolver o câncer de pulmão está ligado diretamente ao número de cigarros que o usuário
ingere e durante quantos anos o indivíduo vem fumando.
O câncer é uma doença que tem o seu desenvolvimento lento, ele não aparece de uma hora para outra, pode demorar anos para que o mesmo se manifeste.
É a partir de uma única célula que vai acumulando mutações e assim o tumor vai se desenvolvendo.
As células cancerosas se multiplicam de uma maneira descontrolada.
Quimioterapia e as drogas que interferem na divisão celular
A quimioterapia é um tratamento para o câncer. Este tratamento pode atingir qualquer parte do corpo, isto ocorre através da corrente sanguínea.
É utilizada na maioria das vezes uma combinação de drogas que são administradas oralmente, injetadas de forma intramuscular, subcutânea, intratecal – em ciclos. O uso destas combinação de drogas é feito por aproximadamente 6 meses, na maioria dos casos.
Os medicamentos vão se misturar com o sangue e vão ser levados para todas as partes do corpo e assim vão destruindo as células doentes que estão formando o tumor, e também, impedindo que esse tumor se espalhe pelo resto do corpo ( vai impedir o amadurecimento ou a divisão celular e consequentemente, leva a célula a morte).
O tratamento para o câncer através de substâncias quimioterápicas com ação miótica, pode afetar também as células normais além das células cancerosas, isto vai acabar impedindo a divisão desta célula.
As principais substâncias antimióticas que vão interferir na divisão celular são: colchicina, vincristina, taxol e vimblastina. O uso dessas substâncias tem como principal objetivo impedir a formação do fuso acromático, se ligando na tubulina que é um componente dos microtúbulos. Os microtúbulos são formados por heterodímeros de a- tubulina e B- tubulina arranjados em forma de filamentos delgados. Estes microtúbulos tem como função na mitose e na divisão celular, fazer dos mesmos, importantes alvos para a busca do agente anti-cancerígeno 46, 47. Temos como exemplo o uso dos alcalóides da vinca, os taxanos e a colchicina.
Após se ligar na tubulina, a célula tem a sua divisão interrompida na fase da metafase, o que levará a morte.
Ligação de fármacos antimióticos em diferentes locais dos microtúbulos.
COLCHICINA
A colchicina é extraída do Colchium autumnale. É uma substância medicamentosa, é um anti- inflamatório clássico para o tratamento das crises agudas de gota e de sua prevenção. O seu mecanismo de ação tem como consequência a diminuição das enzimas inflamatórias. A colchicina também é conhecida por suas ações antimióticas tanto nas células neopláticas, quanto nas normais.
A colchicina tem que ser administrada com precaução, principalmente em pacientes debilitados e idosos, portadores de distúrbio renal, gástrico ou cardíaco.
O uso deste medicamento pode causar náuseas, vômitos, diarréia ou dor abdominal.
Resumindo: a colchicina vai se ligar nas tubulinas livre do citoplasma e assim, vai impedir que ela se misture ao fuso mitótico e isso vai impedir que a célula se divida e, causa a morte desta célula.
ESTRUTURA MOLECULAR DA COLCHICINA
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