Trabalho de Histopatologia e Citopatologia
Por: Michael Lin • 6/4/2023 • Trabalho acadêmico • 4.516 Palavras (19 Páginas) • 95 Visualizações
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UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE
CIÊNCIAS BIOMÉDICAS LABORATORIAIS
Introdução a Ciências Biomédicas Laboratoriais I 1º Ano, 1º Semestre, 2022/2023
Histopatologia e Citopatologia
Discentes:
- Cibelly Amorim, nº.77891
- Isabella Nogueira, nº.62636
- Michael Lin, nº.80864
- Rebecca Barbosa, nº.77823
- Telma Monteiro, nº.81325
- Vanessa Machado, nº.80980
Docente:
- Ana Patrícia Gago Mateus
Faro, 02 de Dezembro de 2022
ÍNDICE
Introdução. 1
- Histopatologia. 2
- Técnicas Histológicas. 2
- Colheita 2
- Macroscopia 3
- Fixação 3
- Descalcificação 3
- Processamento 4
- Desidratação 4
- Diafanização 4
- Impregnação 4
- Inclusão 4
- Microtomia (Corte) 5
- Coloração 5
- Desparafinação 6
- Re-Hidratação 6
- Coloração 6
- Montagem 7
- Citopatologia. 7
- Técnicas citológicas 7
- Colheita 8
- Punção aspirativa por agulha fina 8
- Esfoliação 8
- Materiais obtidos espontaneamente 8
- Fixação 9
- ThinPrep 9
- SurePath 10
- Coloração e montagem 11
Conclusão. 12
Referências Bibliográficas 13
Introdução
A anatomia patológica é a ciência responsável por estudar profundamente as alterações morfológicas de órgãos, tecidos, fluídos corporais e células, auxiliando numa orientação terapêutica correta, fazendo o diagnóstico de doenças através de observaçôes macroscópicas e microscópicas (Despacho n.º 13 832/2007, de 29.06). Esta incorpora essencialmente duas áreas: Histopatologia e a Citopatologia (Rubin, 2005).
A Histopatologia deriva do grego (histo – tecido; páthos – doenças e logos
– estudo), podendo ser definida como, o estudo de diversas patologias que ocorrem nos tecidos, já a Citopatologia, que também possui a sua origem do grego (cito – célula; páthos – doenças e logos – estudo), define-se como sendo o estudo de alterações presentes nas células individualizadas, descamadas, expelidas ou retiradas da superfície de orgãos (Braier,1968). Ambas apresentam o mesmo objetivo que é determinar, as causas e a natureza de determinadas doenças originadas por alterações nessas áreas (Rubin, 2005).
Estas duas ciências baseiam-se na histologia e na citologia, utilizando as técnicas das mesmas (Laso,2004), a fim de estipular as etiologias de determinadas doenças (Rubin, 2005). Para a realização dos seus estudos é utilizado amostras teciduais e celulares, respetivamente, cujo tamanho dessas estruturas está entre 0,5 micrómetros até 30 micrómetros. Como o olho humano só consegue detetar partículas com dimensões superiores a 100 micrómetros, o microscópios são necessários para os estudos destas áreas (Wilson & Morrison, 1966).
Existem dois tipos de microscópios: o ótico, que utiliza a transmissão de luz (fotões), e o eletrônico, que transmite eletrões (Alberts, et al., 2019), possuindo, o primeiro, um poder de resolução menor do que o segundo. Ou seja, no ótico duas estruturas aparentam estar juntas, a partir de 0,2 micrómetros de distância, e no eletrônico apenas ocorre a partir de 1 nanômetro. Por isso, na Histopatologia, é necessário apenas o uso da microscopia ótica, já que é feita uma análise mais geral do tecido. Enquanto na Citopatologia, utiliza-se ambos, sendo o eletrônico necessário para diferenciar as células e os seus componentes celulares (Young, et al., 1979).
A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi a revisão de texto, ao qual o objetivo foi analisar e verificar a importância destas duas áreas científicas no diagnóstico anatomopatológico. Assim, foi realizada uma análise sobre a Histopatologia e a Citopatologia, centrando nas suas técnicas, além de exemplificar as amostras, e como se diferenciam estas áreas. Referindo no final, alguns artefatos que ocorrem durante as técnicas e medidas de segurança necessárias para a preservação da saúde dos técnicos de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica.
Histopatologia
Em meados do século XVIII o médico Rudolf Virchow observou, pela primeira vez, que estruturas teciduais se modificavam quando apresentavam algumas doenças, iniciando assim o estudo dessas alterações. Desde então, houve o desenvolvimento de técnicas, que evoluíram a área de Histopatologia (Nunes & Cinsa, 2016). A interpretação histopatológica é extremamente importante para determinar o diagnóstico de benignidade e malignidade, tendo o poder de diferenciar os diferentes graus de cancro e determinar os mecanismos e o avanço molecular específico dos tumores (Neto, 2012).
Técnica Histológica
A técnica histológica é uma técnica de diagnóstico que permite a observação microscópica dos tecidos (Rubin, 2005). Para essa análise, é necessário submeter o material biológico a diversos estímulos, envolvendo diversos procedimentos, entre eles: a colheita do material, macroscopia, fixação, processamento, inclusão, microtomia (corte), coloração e montagem. (Caputo, et al., 2014).
Colheita
A técnica histológica começa com a colheita da amostra, ou seja, é feita uma remoção do tecido que necessita ser mais profundamente estudado. Essa extração pode ser feita em um organismo vivo, por meio de biópsia (Fig. I) ou peça cirúrgica. Já se o tecido provier de um organismo morto, a colheita do mesmo será feita através de uma necropsia. Após esse procedimento, cada uma das amostras deve ser devidamente identificada, com um número de protocolos que vão acompanhá-las até o final do processo (Caputo, et al., 2014). Para que a colheita seja feita com qualidade, a manipulação das peças deve ser feita com cuidado, caso o contrário, pode haver uma alteração na morfologia do tecido (Nunes & Cinsa, 2016).
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