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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF FACULDADE DE ECONOMIA

Por:   •  11/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.412 Palavras (18 Páginas)  •  323 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - UFF FACULDADE DE ECONOMIA

 

 

 

 

 

Guilherme Rodrigues da Silva, Vinícius Brandão de Moraes, Alexandra Ferreira Neiva, José Fernando Correa da Silva, Alan Silva do Nascimento e Vinicius Ponte.

 

 

 

 

 

 

 

TELEMEDICINA

 

 

 

 

 

 

 

 

Niterói, Rio de Janeiro

2019

INTRODUÇÃO.

A telemedicina (ou telessaúde), é uma especialidade médica que disponibiliza serviços à distância para o cuidado com a saúde, o que ocorre através de modernas tecnologias digitais que visam promover a assistência médica online a pacientes, clínicas, hospitais e profissionais da saúde. Este intercâmbio de informações acontece através da internet, em plataformas online para acesso pelo computador, celular ou tablet, que garantem alta velocidade no acolhimento.

Um importante suporte para a medicina tradicional, a telemedicina surgiu graças à evolução do conhecimento científico e ao aprimoramento dos recursos tecnológicos, levando a locais distantes o apoio de profissionais qualificados, de forma rápida, descomplicada e eficiente.

A telemedicina tem o grande potencial de melhorar o atendimento em saúde no país, pois facilita os processos ao colocar um maior número de pessoas em contato com a saúde de forma online e bem estruturada, conectadas a profissionais capacitados para esse tipo de assistência.

Ao contrário dos que muitos pensam, a telemedicina não é uma inimiga da medicina tradicional, já que vem, na verdade, para aprimorá-la, e não substituíla,  afinal, ela representa um avanço tecnológico na área médica e de saúde, a qual continua dependendo do lado humano.

ANÁLISE SÓCIOECONÔMICA.

Um dos grandes e principais problemas na área da saúde, é a desigualdade ocasionada pela região geográfica, condições sociais dos pacientes, restrição de oferta de equipamentos, dentre outras coisas. A Telemedicina possui em seu uso, a viabilidade para extinção, por mais que não totalitária, das desigualdades de saúde.

A disparidade das condições de acesso à serviços de saúde no Brasil é bastante ampla. A dimensão da contenção do acesso aos serviços da saúde no que se refere ao contexto socioeconômico, tem envolvimento de questões como distribuição de renda, escolaridade, oferta de equipamentos, gênero, raça, saneamento básico, dimensão geográfica, dentre outras.

Existem hoje vários projetos que utilizam modernas tecnologias de informação e comunicação, com intuito de promover a educação à distância e a telemedicina. Outro objetivo é o avanço da qualidade dos serviços de saúde prestados à população por meio de capacitação permanente.

A institucionalização da telemedicina não significa que o país possua um plano específico, embora existam metas determinadas pelo Ministério da Saúde. Se, por um lado, as desigualdades de recursos e a falta de profissionais na área médica refletemse na indisponibilidade de equipamentos adequados para a telemedicina em todos os locais onde ela se faz necessária, por outro, as tecnologias na área da telemedicina continuam avançando.

O Brasil, evidentemente, é um país onde a telemedicina encontra aplicações ideais. Isso se deve a fatores como sua extensão territorial, envolvendo enormes distâncias, precariedade e custo de transportes terrestres, isolamento das pequenas comunidades (mais de 65% dos municípios brasileiros têm menos de 20.000 habitantes), falta de recursos econômicos dos governos locais, e de boa parte da população, e, principalmente, pela extrema desigualdade numérica e de qualidade da distribuição de recursos humanos e materiais na saúde pública. Portanto, a única maneira conhecida de aumentar a cobertura e disponibilidade dos serviços de saúde,

ao mesmo tempo aumentando a sua qualidade, é utilizar tecnologia, e nesse ponto a telemedicina, com todo seu cortejo de aplicações de sucesso, vem ao socorro dos médicos e outros profissionais de saúde brasileiros, que estão estendendo seu conhecimento a regiões do país onde ele é difícil de chegar.

O desenvolvimento dos serviços privados de telemedicina ocorre inevitavelmente após isso, e isso realmente tem acontecido no Brasil. O maior obstáculo para esse desenvolvimento e adoção ainda é a falta de um modelo adequado de pagamento pelos serviços de telemedicina. No Brasil, é quase inexistente a presença de procedimentos e consultas de telemedicina nas tabelas de honorários e de serviços dos planos e seguradoras de saúde, das cooperativas médicas e da medicina de grupo, sem falar do próprio governo. Enquanto essa situação perdurar, a telemedicina privada ficará restrita apenas aos pacientes particulares, e poucos hospitais terão possibilidade de desenvolver serviços nesse sentido.

A telemedicina brasileira começou a se desenvolver de verdade a partir do lançamento de dois grandes projetos de iniciativa do governo federal, o Projeto de Telessaúde na Atenção Primária, primariamente financiado e coordenado pelo Ministério da Saúde, e a Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através da RNP. Ambos estão amplamente interconectados, no entanto.

Podemos dizer, sem muitas dúvidas a respeito, de que o Brasil é um país que oferece oportunidades ímpares para o desenvolvimento e as aplicações da telemedicina, o que nos permite prever que haverá no futuro próximo uma grande expansão da telemedicina no país.

Como fatores de expansão, podemos citar o aumento do interesse dos governos federais e estaduais em aplicações de telemedicina, especialmente com relação ao portentoso Programa de Saúde da Família (PSF), que conta já com mais de 40 mil equipes em mais de 4.000 municípios brasileiros. Certamente os programas Telessaúde Brasil e RUTE continuarão a crescer e render frutos.

Entre os obstáculos à maior disseminação da telemedicina no Brasil está, sem dúvida, a carência de profissionais especializados. Não existe ainda, em nível de graduação ou pós-graduação, nenhum curso especifico sobre o tema, e o número de profissionais com formação nessa área é ainda extremamente deficiente. Esforços, apoiados pelos órgãos de fomento à pesquisa e ensino, devem ser iniciados com urgência para remediar essa situação.

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