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Princípios do Preparo Cavitario

Por:   •  16/10/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.013 Palavras (5 Páginas)  •  437 Visualizações

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FACULDADE PITÁGORAS DE BETIM[pic 1]

AVALIAÇÃO PARCIAL

 Odontologia Pré-Clínica em Oclusão e Dentística Turno: Manhã

Nome: Gleyce Lacerda Pacelli - 3º período

Professor (a): Lara Melina Leite Lima de Paula

Princípios do Preparo Cavitário em Restauração de Amálgama e suas Características

Tratamento biológico e mecânico da lesão de cárie e outros tecidos duros do dente, com objetivo de eliminar tecido cariado, promover acesso a cavidade de forma que permita receber e reter o material restaurador, para preservar essas estruturas de uma forma resistente e duradoura.

Em 1908, Black elaborou as primeiras normas para se confeccionar um preparo cavitário, denominado princípios gerais do preparo cavitário.

Naquela época acreditava-se que a lesão era doença e a cura seria a sua total remoção, assim se tinha formas padronizadas e dimensões desnecessariamente grandes.

Princípios Gerais para realização dos preparos Cavitário

  • Abertura e forma de contorno da cavidade;
  • Forma de retenção;
  • Forma de resistência;
  • Forma de conveniência;
  • Remoção da dentina cariada;
  • Acabamento das paredes em esmalte;
  • Limpeza da cavidade.

Abertura e forma de contorno da cavidade

Remover o esmalte sem apoio dentinário, expondo a lesão de cárie, facilitando sua visualização, essa abertura é feita com instrumentos rotatórios em alta velocidade, o esmalte por ser muito duro é utilizado pontas diamantadas para conseguir romper sua dureza e assim visualizar a lesão, tomando cuidado para preservar as estruturas de suporte dos dentes como: cristas marginais, pontes de esmaltes, arestas e vertentes de cúspides, a menos que tenham sido tomadas pela cárie.

Importante:

  • O esmalte não pode ficar sem suporte de dentina, pois fica frágil e pode quebrar.
  • O ponto de contato do antagonista não pode ser entre o dente e o preparo pode ser direto no preparo, mas não na interface (entre o dente e o preparo), para descobrir esse ponto de contato utiliza a pinça Miller e papel carbono, pedindo que o paciente morda o carbono, o limite da restauração não pode ser onde apareceu a marca que é o ponto de contato.

Forma de Retenção

Determina os limites, o formato e o desenho da cavidade para receber o preparo, para que o material restaurador (amálgama) fique retido dentro desta cavidade, para não ter movimento da restauração.  

Quando a profundidade é igual ou maior que a largura, as paredes são retentivas por se só.

Quando a largura é maior que a profundidade, a restauração pode sair, sendo necessário fazer uma retenção.

Nesses casos as paredes vestibular e lingual tem que ser ligeiramente convergente para a oclusal do dente, dessa forma a restauração ficará presa.

Já na mesial e distal tem que ficar com paredes retas, pois o esmalte não pode ficar sem suporte de dentina.

Retenção mecânica: com a ponta diamantada fina, faz uma canaleta no ângulo diedro, pois ajuda a travar a restauração, dando mais retenção.

Fazer furos no preparo com uma esférica para que formem pinos de amálgama, também chamados de amálgama pim.  

Forma de Resistência

É a forma dada a cavidade de modo que, tanto o dente como o material restaurador, resista aos esforços mastigatórios, variação volumétrica dos materiais restauradores, diferença no coeficiente de expansão térmica do dente e do material restaurador. A amálgama necessita de espessura de 1,5mm, para que sua resistência seja adequada, pois pode fraturar quando confeccionado em camadas finas.  

A forma de resistência estava fundamentada em princípios mecânicos, tais como:

  • Todo esmalte sem apoio deve ser removido;
  • O ângulo cavo superficial deve ser de 90° (     )o mínimo é de 70º. Quando isso não for possível, as paredes devem ser ligeiramente convergentes para a oclusal;[pic 2][pic 3]
  • Parede pulpar e cervical planas, paralelas (      )  entre si e perpendicular (  ) ao longo eixo do dente, promovendo uma distribuição das forças que incidem sobre os dentes.  [pic 4][pic 5]
  • Todas as cavidades para amálgama devem apresentar ângulos internos arredondados, a fim de dissipar as tensões que incidem sobre o conjunto dente-restauração (      ).[pic 6]

Forma de Conveniência

Possibilitar a instrumentação adequada da cavidade e a inserção do material restaurador.

Se a cárie estiver abaixo da relação de contato nas faces proximais, é indicada a preservação da crista marginal. Utiliza-se o acesso vestibular ou lingual (slot horizontal – desgaste), se atingir o ponto de contato, ou você rompe a crista marginal ou você faz um túnel pela oclusal, faz um túnel até a cárie com muito cuidado para não deixar esmalte sem suporte, se ficar sem suporte terá que remover.

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