CRÂNIO, MANDÍBULA, ESCÁPULA E ÚMERO.

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA DISCIPLINA DE ANATOMIA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

CRÂNIO, MANDÍBULA, ESCÁPULA E ÚMERO.

Nome: Eloise Antoniolli

Turma: A

Professor: Marcell Hideki Koshiyama

Data da(s) aula(s): 05/08/2015 e 12/08/2015

REALEZA 2015

1. ASSUNTO DA AULA

-Crânio;

-Mandíbula;

-Escápula;

-Úmero.

1. OBJETIVO

Estudar a Anatomia Comparada das estruturas anatômicas que compõem o crânio, o cíngulo torácico e o braço dos animais domésticos.

1. MATERIAL

- Crânio de carnívoro;

- Crânio de ruminante;

- Crânio de equino;

- Crânio de suíno;

- Mandíbula de carnívoro;

- Mandíbula de ruminante;

- Mandíbula de equino;

- Escápula de carnívoro;

- Escápula de equino;

- Escápula de ruminante;

- Escápula de suíno;

- Úmero de carnívoro;

- Úmero de equino;

- Úmero de ruminante;

- Úmero de suíno.

1. DESCRIÇÃO DAS PEÇAS ANATÔMICAS

• Crânio:

- Incisivo (vista dorsal): 

• É o osso mais rostral do crânio, se encontra dorsalmente ao osso nasal, o qual quando se encontram formam o processo nasal do osso incisivo, e caudalmente ao osso maxila. Nele estão os dentes incisivos superiores, em todas as espécies exceto nos ruminantes.

- Nasal (vista dorsal): 

• Nos ruminantes o osso nasal relaciona-se em sua parte dorsal ao osso frontal, em sua parte mediana ao osso lacrimal e a maxila e em sua parte ventral liga-se ao osso incisivo. O osso nasal está em posição rostral aos ossos frontais e ocupa menos da metade do comprimento do crânio.
• Nos equinos relaciona sua parte ventral ao osso incisivo, sua parte mediana com a maxila, e parte mais dorsal do osso liga-se ao osso lacrimal e o osso frontal. Em equinos o osso nasal está em posição rostral aos ossos frontais e formam a maior parte do teto da cavidade nasal.
• Nos carnívoros o osso nasal está em posição rostral aos ossos frontais, e liga-se na sua parte ventral com o osso incisivo, na parte medial com a maxila e na dorsal ao osso frontal.
• Nos suínos o osso nasal está em posição rostral aos ossos frontais, e relaciona sua parte dorsal ao osso frontal e maxila, e sua parte mediana ao osso incisivo.

- Maxila (vista lateral):

• Nos ruminantes o osso maxila apresenta o forame infraorbitário situado dorsalmente ao primeiro dente pré-molar. É ligado cranialmente ao osso incisivo, dorsalmente ao osso nasal, dorsocaudal ao osso lacrimal, caudalmente ao osso zigomático, na sua região ventral estão abrigados os dentes pré-molares e molares dos ruminantes. O osso maxila de ruminante é mais curto, porém mais largo que o do equino.
• Nos equinos o osso maxila apresenta o forame infraorbitário situado dorsalmente ao terceiro dente pré-molar. Liga-se cranialmente ao incisivo, dorsalmente ao osso nasal, dorsocaudal ao osso lacrimal, caudalmente ao osso zigomático e na sua região ventral estão abrigados os dentes pré-molares e molares. O osso maxila do equino é mais comprido, porém menos largo que o do ruminante.
• Nos carnívoros o osso maxila apresenta o forame infraorbitário situado ventralmente aos dentes molares. Conecta-se cranialmente ao osso incisivo, dorsalmente com o osso nasal, caudalmente com os ossos zigomático, lacrimal e frontal, ventralmente estão os ossos pré-molares e molares. Nos carnívoros a presença dos dentes caninos abrigados no maxila.
• Nos suínos o osso maxila apresenta o forame infraorbitário situado centralmente. Liga-se cranialmente ao incisivo, dorsalmente ao osso nasal, dorsocaudal ao osso lacrimal e frontal, caudalmente ao osso zigomático e na sua região ventral estão abrigados os dentes pré-molares e molares e nele existe a presença de caninos.

- Lacrimal (vista lateral):

• Nos ruminantes o osso lacrimal está situado na parte rostral da órbita, ligado cranialmente ao osso maxila, dorsalmente ao osso nasal e frontal, caudal a órbita e ventral ao osso zigomático. O lacrimal dos ruminates apresenta-se mais alongado no sentido longitudinal, devido às órbitas serem mais afastadas do osso nasal.
• Nos equinos o osso lacrimal está situado na parte rostral da órbita, ligado cranialmente ao osso maxila, dorsalmente ao osso nasal e frontal, caudal a órbita e o osso frontal, e ventral ao osso zigomático e o maxila.
• Nos carnívoros o osso lacrimal está ligado cranialmente ao osso maxila, dorsalmente ao osso frontal, caudal a órbita e ventral ao osso zigomático. Em carnívoros o osso lacrimal é muito pequeno.
• Nos suínos o osso lacrimal está ligado cranialmente ao osso maxila, dorsalmente ao osso frontal, caudal a órbita e ventral ao osso zigomático. Em suínos A face externa do lacrimal é multo rugosa.

- Zigomático (vista lateral) :

• Nos ruminantes fica abaixo da órbita óssea, em sua face mais cranial existe o maxila, na dorsal o osso lacrimal e a órbita, caudalmente o osso temporal. Ruminantes apresentam um osso muito desenvolvido e sua crista não está no bordo inferior, passou a acompanhar a arcada orbitaria.
• Nos equinos fica abaixo da órbita óssea, em sua face mais cranial existe o maxila, na dorsal o osso lacrimal e a órbita, caudalmente o osso temporal. Em equinos o osso zigomático recobre apenas a parte fronto-ventral da orbita ocular.
• Nos carnívoros fica abaixo da órbita óssea, em sua face mais cranial existe o maxila, na dorsal o osso lacrimal e a órbita, caudalmente o osso temporal. A crista zigomática é muito reduzida em carnívoros, à base do osso é estreita e articula-se com a base do maxilar superior. A arcada orbitaria continua aberta.
• Nos suínos fica abaixo da órbita óssea, em sua face mais cranial existe o maxila, na dorsal o osso lacrimal e a órbita, caudalmente o osso temporal. Suínos não apresentam crista zigomática.

- Frontal (vista dorsal e lateral) :

• Nos ruminantes na parte lateral do osso frontal, acima da órbita óssea temos o forame supraorbitário, limita-se na vista dorsal, ventralmente com o osso nasal e lacrimal, dorsal com o osso parietal, na vista lateral limita-se ventralmente com o osso parietal, cranialmente com o osso nasal e lacrimal. Ruminantes tem o osso frontal muito extenso, aproximadamente a metade do comprimento do crânio e se desenvolve mais lateralmente para o surgimento do corno.
• Nos equinos na parte lateral do osso frontal, acima da órbita óssea temos o forame supraorbitário, limita-se na vista dorsal, ventralmente com o osso nasal e lacrimal, dorsal com o osso parietal, na vista lateral limita-se ventralmente com o osso parietal, cranialmente com o osso nasal e lacrimal. Em equinos está situado no limite entre o crânio e a face.
• Nos carnívoros na parte lateral do osso frontal, acima da órbita óssea temos o forame supraorbitário, limita-se na vista dorsal, ventralmente com o osso nasal e lacrimal, dorsal com o osso parietal, na vista lateral limita-se caudalmente com o osso parietal, cranialmente com o osso maxila. A face superior é bem marcada e dividida pelas ramificações do parietal nos carnívoros.
• Nos suínos na parte lateral do osso frontal, acima da órbita óssea temos o forame supraorbitário, limita-se na vista dorsal, ventralmente com o osso nasal e lacrimal, dorsal com o osso parietal, na vista lateral limita-se ventralmente com o osso lacrimal, cranialmente com o osso nasal, ventralmente com o osso lacrimal e caudal com parietal. O frontal do suíno é largo e mais quadrangular do que nos outros animais

- Temporal (vista lateral):

• Nos ruminantes situa-se na parte mais ventral da lateral do crânio, liga-se rostralmente com o osso zigomático, dorsalmente com o temporal. Possui uma porção petrosa e outra escamosa.
• Nos equinos é a maior parte da parede lateral do crânio, situado caudalmente com o occipital, dorsalmente com parietal e cranialmente com o zigomático.
• Nos carnívoros está situado caudalmente com o occipital, dorsalmente com parietal e cranialmente com o zigomático.
• Nos suínos está situado caudalmente com o occipital, dorsalmente com zigomático e cranialmente com a órbita.

- Parietal:

• Nos ruminantes não entram na formação do teto do crânio, liga-se rostralmente com o zigomático, caudalmente com o osso occiptal, dorsalmente com o osso frontal, e ventralmente com o temporal.
• Nos equinos formam maior parte do teto do crânio, liga-se caudalmente ao osso occiptal e interpariental, ventralmente com o osso temporal, rostralmente com osso frontal. Está na parte de cima do crânio.
• Nos carnivoros formam maior parte do teto do crânio, liga-se caudalmente ao osso occiptal e interpariental, ventralmente com o osso temporal, rostralmente com osso frontal e órbita. Está na parte de cima do crânio.
• Nos suínos formam maior parte do teto do crânio, liga-se caudalmente ao osso occiptal, ventralmente com o osso temporal, rostralmente com osso frontal. Está na parte de cima do crânio.

- Occiptal:

• Nos ruminantes forma a parte ventral da superfície caudal do crânio, separado da protuberância cornual pelos ossos parietais. Encontra-se nele o forame magno que em ruminantes é mais largo, e lateralmente encontram-se os côndilos occiptais.
• Nos equinos está na parte mais caudal do crânio, formando a parede caudal, em sua parte ventral encontra-se o forame magno. Em suas partes laterais estão os côndilos occipitais, que se articulam com o atlas.
• Nos carnívoros parte mais caudal do crânio, formando a parede caudal, em sua parte ventral encontra-se o forame magno e lateralmente os côndilos occiptais.
• Nos suínos parte mais caudal do crânio, formando a parede caudal, em sua parte ventral encontra-se o forame magno e lateralmente a ele estão os côndilos occipitais.

- Palatino (vista ventral):

• Nos ruminantes é extenso, situado na parte ventral do crânio, liga-se cranialmente com o osso maxila, caudalmente com o pterigoide e vômer. Nele a o forames palatino maior.
• Nos equinos está situado na parte ventral do crânio, liga-se rostralmente com o osso maxila, caudalmente com o pterigoide e vômer.
• Nos carnívoros o palatino também é extenso, situado na parte ventral do crânio, liga-se cranialmente com o osso maxila, caudalmente com o pterigoide e vômer. Nele a o forames palatino maior.
• Nos suínos está situado na parte ventral do crânio, liga-se rostralmente com o osso maxila, caudalmente com o pterigoide e vômer e têm forames palatinos maiores.

- Pterigóide:

• Nos ruminantes o osso pterigoide é mais largo do que em equinos, formando a maior parte das coanas. Sua face lateral é quase totalmente unida ao osso palatino.
• Nos equinos são lâminas encurvadas, situadas em cada lado das coanas, liga-se sua face lateral com o palatino e vômer.
• Nos carnívoros são lâminas encurvadas (parecem asa), situadas em cada lado das coanas, liga-se sua face lateral com o palatino e vômer.
• Nos suínos são lâminas encurvadas, situadas em cada lado das coanas, liga-se sua face lateral com o palatino e vômer.

- Esfenóide:

• Nos ruminantes os ossos esfenóides são curtos, que se encontram na parte ventral do crânio, ligando-se lateralmente ao osso temporal.
• Nos equinos está situado na base do crânio, e se liga lateralmente com o osso temporal.
• Nos carnívoros são ossos curtos, que se encontram na parte ventral do crânio, ligando-se lateralmente ao osso temporal.

• Nos suínos está situado na base do crânio, e se liga lateralmente com o osso temporal.

• Mandíbula:

Está localizada na porção inferior da face, formada por duas placas ósseas unidas pela região central na sínfise mentoniana, na parte rostral da mandíbula estão os dentes incisivos e o forame mentoniano. Na porção central estão os dentes pré-molares e molares, o corpo da mandíbula, a fossa massetérica e o ângulo da mandíbula, na porção dorso caudal estão o forame mandibular, o ramo da mandíbula, o processo coronoide, incisura mandibular e o processo condilar.

...