Homeostase
Por: Vanessa Fernandes • 17/3/2016 • Trabalho acadêmico • 682 Palavras (3 Páginas) • 508 Visualizações
HOMEOSTASE
Homeostase é a capacidade do organismo de apresentar uma situação físico-química característica constante, dentro de determinados limites, diante de alterações interagidas com o meio ambiente.
O organismo mobiliza os mais diversos sistemas, como o sistema nervoso central, o endócrino, o excretor, o circulatório e o respiratório. Os responsáveis pelo controle são o sistema nervoso e as glândulas endócrinas.
Os sistemas homeostáticos exibem certas propriedades:
- São extremamente estáveis.
- Toda a sua organização, interna, estrutural e funcional, contribui para a manutenção do equilíbrio.
- São imprevisíveis (o resultado de uma determinada ação pode mesmo ser o oposto do esperado).
Seguem-se alguns dos mais importantes exemplos de regularização homeostática, regidos por componentes essenciais: Orgãos sensoriais (sensíveis à detecção de mudanças), efetuadores (recebimento e processamento de informações) e de processamento e integração (efetuam tarefas necessárias para o restabelecimento das funções).
- A regulação da quantidade de água e minerais no corpo, conhecida como osmo regulação. Tem lugar principalmente nos rins.
- A remoção de resíduos metabólicos, conhecida como excreção. Tem lugar em órgãos excretórios como os rins e os pulmões.
- A regulação da temperatura corporal, realizada principalmente pela pele e pela circulação sanguínea. No caso de aumento de temperatura do corpo, as glândulas sudoríparas são levadas a liberar mais suor; pois recebem o comando dos impulsos nervosos; dessa forma, o corpo é esfriado. Os músculos esqueléticos tremem para produzir calor quando a temperatura corporal é muito baixa. Outra forma de gerar calor envolve o metabolismo de gordura.
- A regulação dos níveis de glicose no sangue, realizada principalmente pelo fígado e pela insulina segregada pelo pâncreas. Por este equilíbrio que o cérebro e todo o corpo são mantidos. Pois quando a glicose está abaixo do nível, isso pode causar danos, como inconsciência ou até mesmo a morte. Já o contrário – muita glicose no sangue – pode prejudicar os vasos sanguíneos e provocar grande perda de água pela urina.
- No sistema circulatório. Nos processos de contração e relaxamento alternados do coração, onde o sangue é enviado a todo o corpo, chegando até aos capilares, onde, por fim, ocorrem as trocas. Nessa etapa, os nutrientes e oxigênio são transferidos ao líquido intersticial, e, por meio deste, são transferidos os resíduos celulares para o sangue. Então, as células, absorvem esses nutrientes e oxigênio e depositam seus resíduos nesse líquido.
- Sistema Nervoso. Capacitam o organismo a perceber as variações do meio (interno e externo), efetuados pelos neurônios, que são células receptora e transmissoras dos estímulos do meio, possibilitando a execução de respostas adequadas. Assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao longo de um fio condutor, chamado impulso nervoso.
Quando ocorre a mudança de uma variável, o sistema pode reagir segundo dois tipos de feedback:
- O feedback negativo é a reação pela qual o sistema responde de modo a reverter a direção da mudança. Visando a manter estáveis as variáveis, permite a manutenção da homeostase. Por exemplo: quando a concentração corporal de dióxido de carbono aumenta, os pulmões são estimulados a aumentar a sua atividade e expelir mais dióxido de carbono. A termorregulação, quando a temperatura corporal sobe, ou desce, receptores na pele e no hipotálamo sentem a alteração, desencadeia uma ordem no cérebro que dá início a uma reação no sentido de gerar ou libertar calor, conforme seja o caso.
No feedback negativo, o órgão X estimula o órgão Y, cuja função inibe ou paralisa a atividade do órgão X. Em outras palavras, o estímulo bloqueia o seu próprio "estimulador".
- No feedback positivo, a resposta amplifica a mudança da variável. Isto tem um efeito desestabilizador, pelo que não contribui para a homeostase, é menos comum nos sistemas naturais do que o feedback negativo, mas tem as suas aplicações. Por exemplo: nos nervos, um potencial elétrico limite desencadeia a geração de um potencial de ação muito mais elevado, ou a coagulação do sangue e vários eventos na gestação.
O feedback positivo é quando um órgão y estimula um órgão x, e este, através de produtos da sua atividade, retroestimula o órgão y, intensificando sua ação. Um mecanismo destes, isoladamente, levaria à exaustão ou esgotamento energético do sistema. Por isso, o feedback positivo está sempre acoplado a feedbacknegativo.
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