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Homeostase da família

Tese: Homeostase da família. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/10/2014  •  Tese  •  579 Palavras (3 Páginas)  •  426 Visualizações

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Passar por quaisquer tipo de perda é muito doloroso, especialmente a morte de pessoas queridas. É inerente ao ser humano como um todo renegar a existência da morte, muito embora, todos nós saibamos que a mesma é inevitável e que mais cedo ou mais tarde ela chegará, seja para a própria pessoa, um ente querido, um amigo ou até mesmo para um bichinho de estimação, que muitas vezes é criado sem diferença de qualquer outro componente da família (2010). No que tange a família, a morte muitas vezes chega inesperadamente abalando a todos.

A homeostase de uma família sempre será alterada seja pela chegada de um novo ser ou pela perda de um dos membros, obviamente, que são vivências diferentes, mas as mesmas não deixam de alterar a unidade emocional familiar seja de forma amena ou de forma devastadora. O olhar sistêmico da família nos mostra que quando um dos membros passa por alguma turbulência, seja um evento doloroso como a morte ou não, todo o sistema familiar é afetado e a dinâmica familiar precisa ser funcional, ter flexibilidade e ajuda mútua para passar por esse momento de maneira a não ter sintomas significativos que possam impedir a retomada à vida. Uma família extremamente disfuncional, geralmente mergulha em sofrimento, tendendo a perpetuá-lo, não conseguindo se readaptar, negando o fato.

A morte abrange perdas que envolvem questões físicas, funcionais e emocionais. No que tange as perdas físicas temos o exemplo de quando um filho sai de casa para se casar, já as perdas funcionais temos o falecimento de um dos pais e as emocionais a ausência de um membro considerado divertido pela família. Para Carter & McGoldrick (1995), a morte e uma doença grave de qualquer membro da família rompem o equilíbrio familiar. O grau de ruptura no sistema familiar é afetado por vários fatores, sendo os mais significativos: – contexto social e étnico da morte; – história de perdas anteriores; – timing da morte no ciclo de vida; – natureza da morte ou da doença grave; – posição e função da pessoa no sistema familiar; – abertura do sistema familiar. Cada tipo de morte tem implicações na reação e no ajustamento familiar, podendo a mesma ser esperada (doença terminal) ou inesperada (homicídios e morte súbitas). Na morte inesperada não há tempo para despedir-se do morto e nem tão pouco de resolver problemas de relacionamento e, assim, a família reage com choque, não havendo o luto antecipatório. Existe, ainda a perda ambígua, ou seja, algum dos membros da família que desaparece e ninguém sabe onde estar ou algum familiar que se encontra em estágio vegetativo que não morre, mas também não está vivo e, assim seus familiares não podem vivenciar o luto, pois a pessoa não morreu . Essa situação de incertezas pode beneficiar o surgimento de sintomas devido a circunstância da ambigüidade, acarretando a disfuncionalidade da família.

O profissional deve ter muito tato ao lidar com a família, não esquecendo, de fazer uma avaliação de como a mesma se configura, valorizar os sistemas de crenças relacionados á superação do sofrimento ocasionado pela morte. O Enfermeiro deve estar atento se aquela determinada família ou um dos membros tem o sentimento de que fez pouco por aquela pessoa e que, portanto, poderiam ter evitado aquela morte, trazendo dentro de si a culpa.

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