O MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA

DISCIPLINA DE LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO

RELATÓRIO DE AULA PRATICA

MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA

                                         Acadêmico:

 Daniel Chiesa Piccinin

                                

2017/2

1 - INTRODUÇÃO

        A função dos eritrócitos é transportar hemoglobina, a qual é responsável por carrear oxigênio para os tecidos. Os eritrócitos dos mamíferos são anucleados, arredondados e relativamente bicôncavas na maioria dos mamíferos o que causa uma impressão falsa de uma área central mais pálida, pois o observador olha por uma quantidade menos de hemoglobina nessa região da célula.  Nas espécies que possuem eritrócitos com menor dimensão como gatos, equinos, bovinos, ovinos e caprinos, percebe-se menos grau de concavidade e, portanto, pouca ou nenhuma palidez central (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

        No laboratório clinico realizamos a observação de laminas com esfregaço sanguíneo de diferentes espécies, onde cada uma continha alguma alteração morfológica a ser observada.         

        A analise morfológica dos eritrócitos fornece um auxílio importante no estabelecimento do diagnóstico sobre a causa da anemia e, muitas vezes, é útil no diagnóstico de outras disfunções (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

2 - MATERIAL E MÉTODO

        Material: Microscópio, Lamina, Lamínula, Óleo de Imersão.

        Método: Em laboratório foi disponibilizado laminas com esfregaço sanguíneos de diferentes espécies para que fosse observado em microscópio em um zoom de 1000x.

        Segue a baixo uma lista com a identificação da lamina e espécie do animal coletado, junto com as características a serem observadas.

[pic 1]   

Hemácias: 

[pic 2]

(PAULO C. CIARLINI)

Ausência de halo central:

[pic 3]

(MARY ANNA THRALL et. al., 2015). 

Crenação: é o mesmo que plasmólise, perda de água pela célula em meio hipertônico.

 Corpúsculo de Howell-Jolly: São restos nucleares dentro dos eritrócitos. Concentração aumentada de corpúsculos de howell-Jolly está associada á anemia regenerativo, á esplenectomia e á supressão da função esplênica. Esses corpúsculos são inclusões pequenas, arredondadas, de cor azul-escura e tamanhos variáveis (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

Tamanho das hemácias: A variação no tamanho dos eritrócitos é denominada anisocitose. Essa denominação pode ser decorrente da presença de células grandes (macrócitos), células pequenas (micrócito) ou de ambas (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

Theileria equi: : Parasita pertencente ao filo apicomplexa. Babesiose equina é uma das principais parasitoses dos equídeos em consequência aos danos diretos e indiretos que pode acarretar na saúde desses animais (RONCATI et. al. 2011)  

[pic 4]

(MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

O exame microscópico de esfregaço sanguíneo corados, de hospedeiro vertebrados infectados, mostra que algumas das espécies de Theileria apresentam uma forma de pêra característico no interior dos eritrócitos (CLÁUDIO M. BAPTISTA, 2010).

Torócito: São falsos eritrócitos hipocrômicos formados muitas vezes por esfregaços muito espessos (PAULO CÉSAR CIARLIN)

Policromasia: São eritrócitos novos que foram liberados prematuramente. Normalmente são células grandes e com coloração mais azulada do que as células maduras. A presença ou ausência de policromatofilia  é muito importante para determinar a causa da anemia. Se células com policromasia são encontradas significa que a provável causa da anemia seja por perda sanguínea ou a destruição de eritrócitos, com a medula óssea tentando compensar, fazendo uma rápida liberação de células (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

Poiquilocitose: É a denominação dada a eritrócitos com formas anormais. 

Equinócitos: São células espiculadas que têm em sua superfície numerosas pequenas projeções de rombas e afiadas, uniformemente espaçadas e que são relativamente uniformes em tamanho e forma. A formação pode ser um resultado artefatual , decorrente de alteração do pH durante secagem lenta do esfregaço sanguíneo, pode estar associado a doença renal, linfoma, acidente ofídico por cascavel, quimioterapia em cães e depois de exercícios em equinos (MARY ANNA THRALL et. al., 2015) 

Esquistócitos: São fragmentos de eritrócitos.

Acantócitos: São eritrócitos espiculados irregulares, com poucas projeções, de comprimento e diâmetro variáveis, distribuídas aleatoriamente. Acredita-se que sejam proveniente das alterações nas concentrações de colesterol ou de fosfolipídios na membrana do eritrócito (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

Metarrubrícitos: São as células mais maduras da série eritroide que ainda contêm núcleo. O núcleo é muito pequeno, escuro e denso e o citoplasma é policromatofílico ou de cor vermelho-alaranjado semelhante àquela de eritrócitos maduro (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).     

Macrocitose: São os eritrócitos aumentados, maiores que o normal.

Esferócitos: São eritrócitos de coloração escura que perderam a palidez central. Parecem ser pequenos, mas o seu volume é normal (MARY ANNA THRALL et. al., 2015).

Mycoplasma haemofelis: É uma bactéria de forma cocóide e epieritrocitário. Que é o patógeno causador da micoplasmose felina ou micoplasmose haemotrópica felina (MHF) ou até mesmo da anemia infecciosa felina que na maioria das vezes é subclínica, porém em alguns casos ocorre de forma aguda resultando em anemia hemolítica que varia de leve a grave (COELHO et. al. 2011).