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Livro: Morfologia Urbana E Desenho Da Cidade- José M. R. Garcia Lamas

Trabalho Universitário: Livro: Morfologia Urbana E Desenho Da Cidade- José M. R. Garcia Lamas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  25/9/2013  •  849 Palavras (4 Páginas)  •  4.739 Visualizações

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Parte I- Introdução, Parte II – Cap. 2.1 A morfologia urbana e 2.2 A forma urbana.

Lamas inicia o livro dizendo que o desenho urbano exige um domínio profundo de duas áreas de conhecimento: o processo de formação da cidade e a reflexão sobre a forma urbana. E sem esse conhecimento da morfologia urbana e da história da forma urbana, estamos arriscando a desenhar a cidade sem conteúdo disciplinar. Hoje, desenhar a cidade e nela intervir é também compreender e conhecer a cidade antiga e a cidade moderna, as suas morfologias e processos de formação.

A morfologia urbana supõe a convergência e a utilização de dados recolhidos por áreas disciplinares diferentes (economia, sociologia, história, geografia, etc.) a fim de explicar a cidade como fenômeno físico e construído para a total compreensão da forma urbana e do seu processo de formação, ou seja, o estudo da forma e do meio urbano. Um estudo da morfologia urbana ocupa-se da divisão do meio urbano em partes e da articulação destes entre si. Um estudo morfológico deve tomar em consideração os níveis ou momentos de produção do espaço urbano, deve também identificar os níveis de produção da forma urbana.

O conhecimento de “forma” aplica-se a todo espaço construído em que o homem introduziu a sua ordem e refere-se ao meio urbano, o objeto final da concepção é a forma. A noção de forma urbana para o meio urbano é a arquitetura, ou seja, um conjunto de objetos arquitetônicos ligados entre si por relações espaciais. A forma da cidade equivale á maneira como se organiza e se articula a sua arquitetura, porque é através da cidade que melhor se pode definir e caracterizar o espaço urbano. Portanto a forma urbana é o modo como se organizam os elementos morfológicos que constituem e definem o espaço urbano, relativamente aos aspectos de organização funcional (o uso que é destinado e uso que dele se faz), quantitativos (organização quantitativa como densidades, fluxos), qualitativos (conforto e comodidade) e aspectos figurativos (comunicação estética).

Nos vários contextos históricos os elementos morfológicos são semelhantes: rua e praça, edifícios, fachadas e planos marginais. As diferenças resultam do modo como esses elementos se posicionam, se organizam e se articulam entre si para constituir o espaço urbano. A forma terá de se relacionar com a função de modo a permitir o desenvolvimento eficaz das atividades que nela se processam.

Se os três princípios básicos da arquitetura – função, construção e arte – estão sempre presentes na arquitetura e na cidade, já o peso que cada um deles assume no processo criativo pode sofrer alterações entre duas posições extremas. Uma posição “funcionalista”, segundo a qual a forma física que corresponde logicamente aos problemas funcionais do contexto é bela, uma vez que a beleza é uma qualidade e esta ligado a todo sistema bem resolvido, “FORM FOLLOWS FUNCTION”. Ou então o “antifuncionalismo”, que aceita a concepção da forma seja ditada por outros objetivos, para criar emoção ou o embelezamento da estrutura. Ou seja, a própria função também se adapta á forma, ou a mesma função pode coexistir e processar-se em formas diferentes, “FUNCTION FOLLOWS FORM”.

Por exemplo, qualquer equipamento como cinemas ou os teatros, deve antes do mais, funcionar, ou seja, centram-se

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