PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM CÃES POSITIVOS PARA PARVOVIROSE EM TESTES RÁPIDOS (ELISA E IMUNOCROMATOGRÁFICO)
Por: Isabel Wistuba • 30/3/2017 • Monografia • 2.275 Palavras (10 Páginas) • 711 Visualizações
FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ
TRABALHO CIENTÍFICO DO CURSO
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM CÃES POSITIVOS PARA PARVOVIROSE EM TESTES RÁPIDOS (ELISA E IMUNOCROMATOGRÁFICO)
ISABEL BITENCOURTT WISTUBA
ORIENTADORA: PROFª. GISELE LUDWIG TESSEROLLI
CURITIBA
NOVEMBRO 2012
FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ
TRABALHO CIENTÍFICO DO CURSO
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM CÃES POSITIVOS PARA PARVOVIROSE EM TESTES RÁPIDOS (ELISA E IMUNOCROMATOGRÁFICO)
ISABEL BITENCOURTT WISTUBA
Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Faculdade Evangélica do Paraná na disciplina de TCC I.
Orientadora: Gisele Ludwig Tesserolli
CURITIBA
NOVEMBRO 2012
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 OBJETIVOS 5
2.1 OBJETIVO GERAL 5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 5
3 HIPÓTESES 5
4 REVISÃO DA LITERATURA 5
5 METODOLOGIA 7
6 CRONOGRAMA 9
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO 10
8 CONCLUSÃO 13
REFERÊNCIAS 13
ANEXOS 14
1 INTRODUÇÃO
A Parvovirose Canina é uma doença provocada por um DNA vírus, que para se multiplicar necessita de células de intensa divisão celular. Este vírus se propaga por via hematógena e tem predileção por células da medula óssea, tecido linfóoide e pelas células da mucosa intestinal (ANDRADE, 2008). Este é um dos motivos pelo qual a doença é caracterizada por gastroenterite hemorrágica (TILLEY et al., 2003).
Entre 1980 e 1984 o vírus sofreu mutações e deu origem a dois tipos de cepas: CPV-2a e CPV-2b. No Brasil segundo ANDRADE, 2008, temos a cepa CPV- 2b como a mais atuante em cães, sendo que esta é considerada mais adaptável em canídeos do que a CPV-2a. Esta é uma das doenças infecciosas mais comuns dos cães.
O principal método usado em hospitais veterinários como ferramenta laboratorial diagnóstica em casos suspeitos é o teste rápido de ELISA, porém como a eliminação do vírus é cíclica, tem períodos em que o vírus não pode ser detectado nas fezes, podendo revelar resultado falso-negativo. Em animais vacinados recentemente, entre 5 a 12 dias antes do teste, pode-se encontrar um resultado falso-positivo(SCHULTZ et al., 2008). Outro teste usado é o de imunocromatografia que detecta o antígeno do vírus. Nos dois métodos pode ser detectado o vírus da cepa CPV- 2 b (ETTINGER et al., 2000).
O hemograma irá permitir avaliar o nível de acometimento sistêmico que a doença está causando, o que será importante para o esquema diagnóstico (TILLEY et al., 2003).
Entre as alteração hematológicas a leucopenia, que pode-se traduzir em neutropenia, monocitopenia e eosinopenia severa, é indicativa de um mau prognóstico (VIEIRA, 2011).
No presente trabalho, objetivou-se determinar as características hematológicas em cães enfermos com o vírus da Parvovirose Canina diagnosticados positivos pelos testes rápidos através dos métodos de ELISA ou de imunocromatografia. As amostras de fezes ou swab retal foram recebidas no Labsan Laboratório Clinico Veterinário, e oriundas de pacientes atendidos no Centro médico Veterinário Vetsan®, ambos em Curitiba- PR.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar os resultados dos hemogramas em cães positivos para o Parvovírus Canino em teste de ELISA ou Imunocromatografia.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar o eritrograma abordando a contagem total de eritrócitos, o hematócrito e a hemoglobina.
Avaliar alterações no resultado da proteína plasmática.
Avaliar o leucograma, abordando a contagem total de leucócitos e seu diferencial.
3 HIPÓTESES
Cães acometidos com parvovirose clínica apresentam pancitopenia e hipoproteinemia.
4 REVISÃO DA LITERATURA
O Parvovírus canino é um vírus de disseminação cosmopolita, pequeno (de vinte a vinte e cinco nanômetros), formado por uma única cadeia de DNA, de simetria icosaédrica, não envelopado e que provavelmente todos os canídeos são suscetíveis a ele (OLIVEIRA et al., 2009). O Parvovírus canino tipo 2 é a causa primária de infecções intestinais e sistêmicas em cães até 6 meses de idade. Nos últimos 20 anos o vírus sofreu alterações genéticas nos cães, desenvolvendo novas variantes. Em 1980 foi descoberto o CPV- 2a e em 1984 uma outra variante foi encontrada, a CPV- 2b. Estas variações foram adaptações genéticas que possibilitaram ao vírus uma maior eficácia em sua replicação e sua disseminação. O CPV- 2 é extremamente estável e resistente a influencias do meio, podendo ficar inativo em objetos, roupas, pisos, por mais de 5 meses. Nos Estados Unidos o CPV- 2b substituiu fortemente antigas variantes isoladas ao passo que na Europa tanto o CPV- 2a e o CPV- 2b predominam (ETTINGER et al., 2000). No Brasil o CPV- 2b é o mais encontrado(ANDRADE, 2008).
Vacinas produzidas com CPV- 2b protegem infecções contra as duas cepas do Parvovírus Canino (ANDRADE, 2008).
O período de viremia após a ingestão do vírus é de dois a quatro dias, crescendo com maior intensidade nos tecidos linfáticos. Esta infecção é acompanhada de linfopenia. Em seguida teremos uma infecção intestinal e os sinais clínicos. No terceiro dia pós-infecção teremos o acometimento de células da cripta do intestino delgado, isto precede a eliminação viral pelas fezes que acontecerá entre o terceiro e o quarto dia, alcançando seu pico máximo quando os primeiros sinais clínicos acontecerem. Entre o oitavo e o décimo segundo dia o vírus para de ser eliminado em quantidades detectáveis (TILLEY et al., 2003).
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