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SISTEMA DIGESTORIO PEQUENOS

Por:   •  18/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.905 Palavras (20 Páginas)  •  705 Visualizações

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SISTEMA DIGESTORIO PEQUENOS

Conteúdo abordado

  • Cirurgia do esôfago
  • Cirurgia do estômago
  • Cirurgia do intestino delgado
  • Cirurgia do intestino grosso

Esôfago

  • Considerações gerais
  • Elevada capacidade de dilatação
  • Mucosa robusta e estriada
  • Submucosa muito vascularizada
  • Camada muscular eficiente (lisa/estriada de acordo com a espécie animal)
  • Ausência de serosa na região cervical
  • Prejuízo à cicatrização! Evitar cirurgias!
  •  Técnicas alternativas
  • Endoscopia
  • Pontos de maior estenose: entrada do tórax e base do coração
  • Ponto de parada de corpos estranhos
  • Indicações cirúrgicas
  • Corpos estranhos
  • Perfurações
  • Carnívoros ingerem alimentos pouco triturados, fragmentos ósseos...
  • Neoplasias => Raras

Técnicas cirúrgicas

  • Esofagotomia cervical
  • Decúbito dorsal
  • Incisão cutânea mediana (final da laringe até porção cranial do manúbrio)
  • Incisão e retração da tela subcutânea (m. esfíncter superficial do colo)
  • Afastar os mm. Esterno-hioideos
  • Deslocar a traqueia para a direita (esôfago cervical localizado à esquerda)
  • Cuidado com o feixe vasculo-nervoso (tronco vagossimpático, a. carótida) e n. laríngeo recorrente.
  •  Incisão longitudinal do esôfago (região vitalizada)

  • Esofagorrafia cervical
  •  Dupla camada interrompida
  • Mucosa e submucosa (nó intra-luminal)
  • Muscular e adventícia (nó extra luminal)
  • Material de sutura • Polipropileno / nylon 3-0 ou 4-0 com agulha atraumática
  • Esofagotomia torácica
  • Toracotomia
  • Região cranial ao coração => 3º e 4º espaço intercostal esquerdo
  • Base do coração => 4 e 5º espaço intercostal direito
  • Região caudal ao coração => 9º espaço intercostal esquerdo
  • Esofagectomia
  • Baixa incidência cirúrgica

Estômago

  • Considerações gerais
  • Localização anatômica: região epigástrica, acesso por incisão ventral mediana pré-retro-umbilical.
  • Vascularização: ramos da a. celíaca, que percorrem as duas curvaturas (maior e menor).
  • Indicações cirúrgicas
  • Corpos estranhos
  • Dilatação-vôlvulo gástrica
  • Disfunções de esvaziamento
  • Neoplasias => Raras

Técnicas cirúrgicas 

  • Gastrotomia
  • Incisão cutânea pré umbilical ou pré-retro-umbilical
  •  Abertura da cavidade abdominal
  • Exposição do estômago
  • Proteção com compressas
  • Fixação do estômago (pinças gástricas / pontos de ancoramento) => Incisão do estômago
  •  Incisar entre as curvaturas maior e menor
  • Incisar inicialmente com bisturi e ampliar com tesoura
  • Remoção do corpo estranho com pinças
  • Gastrorrafia (duas opções)
  • Sutura simples interrompida (mucosa e submucosa ou todas camadas)
  • Sutura invaginante seromuscular em dupla camada (Cushing)
  •  Sutura invaginante seromuscular em dupla camada (Cushing)
  • Material de sutura 2-0 ou 3-0 absorvível
  • Ácido poliglicólico
  • Poliglactina 910 (Vicryl®)
  • Gastrectomia
  •  Realizada na curvatura maior do estômago
  • Indicações
  • Necrose gástrica
  • Neoplasias –
  • Padrão de sutura em duas camadas
  •  Simples contínua (todas as camadas)
  • Dupla invaginante de Cushing (serosa e muscular)
  • Outras técnicas
  • Gastropexia
  •  Dilatação-vôlvulo gástrica
  • Pós-operatório das cirurgias de estômago
  • Fluidoterapia
  • Jejum hídrico e alimentar 2-3 dias
  • Reintroduzir alimentação gradativamente

Intestino Delgado 

  • Considerações gerais
  • Intestino delgado: 80% do total
  •  Duodeno: porção mais fixa do ID
  • Jejuno: maior porção do intestino delgado, com fixação mais ampla (maior mobilidade).
  • Íleo: presença de vaso anti-mesentérico
  • Vascularização do intestino delgado diferente do intestino grosso
  •  Vasos percorrem o mesentério na forma de leque
  • Indicações cirúrgicas
  • Corpos estranhos
  •  Intussuscepção
  • Traumatismos perfurantes
  • Aderências
  •  Hérnias encarceradas
  • Neoplasias
  • Biópsia
  • Avaliação da viabilidade intestinal
  • Lesões por oclusão venosa/avulsão dos vasos mesentéricos
  • Critérios clínicos básicos
  • Coloração
  • Peristaltismo
  • Pulso arterial sugestivo

Técnicas cirúrgicas 

  • Enterotomia
  • Celiotomia e exposição do segmento comprometido
  • Isolar a cavidade abdominal com compressas
  • Isolamento do segmento com pinças de Doyen ou manualmente para evitar contaminação
  • Incisar o intestino na borda anti-mesentérica, de preferência cranial ao corpo estranho.
  • Remoção do corpo estranho com pinça
  • Enterorrafia
  • Remover a mucosa evaginada com tesoura
  • Padrão de sutura interrompido simples com nós extra luminais (submucosa deve estar envolvida)
  • 3-4mm de intervalo
  •  Fio de nylon 3-0 ou 4-0 – Proteger com omento
  • Obs.: Sutura invaginante tende a estenosar o lúmen intestinal!
  • Enterectomia e enteroanastomose
  • Remoção de um segmento do ID
  • Indicada em caso de necrose / neoplasias.
  • Diversas técnicas
  • Enteroanastomose término terminal (ideal)
  • Enteroanastomose término-lateral
  • Enteroanastomose látero-lateral

  • Enterectomia e enteroanastomose término-terminal
  • Lúmens iguais: maior facilidade
  • Isolamento do segmento
  • Ligadura dos vasos mesentéricos
  • Secção intestinal com bisturi em ângulo reto
  • Remoção das bordas com tesoura
  • Sutura com pontos interrompidos simples
  • Primeiro ponto (borda mesentérica)
  • Segundo ponto (borda anti-mesentérica)
  • Demais pontos no intervalo
  • Sutura do mesentério
  • Fio de nylon 3-0 ou 4-0
  •  Proteger com omento
  • Lúmens desiguais: mais difícil
  • Diversas técnicas
  • Seccionar o segmento dilatado em ângulo reto e o segmento menor em ângulo oblíquo (45 a 60 graus)
  • Método de sutura idêntico ao anterior
  • Enteroanastomoses término-lateral e latero-lateral
  • Pouco utilizadas devido à maior dificuldade de realização

Intestino Grosso 

  • Considerações gerais
  • Vascularização diferente em relação ao intestino delgado: os vasos do IG correm paralelos ao intestino
  • Cicatrização mais lenta
  • Indicações cirúrgicas
  • Megacólon
  • Fecalomas
  • Intussuscepção
  • Neoplasias
  • Biópsias

Técnica cirúrgica 

  • Colotomia
  • Proceder a colotomia de maneira semelhante à enterotomia do intestino delgado
  • Colorrafia (duas opções)
  • Sutura em dois planos (mais segura)
  • Primeiro: mucosa e submucosa, pontos interrompidos simples
  • Segundo: seromuscular de Cushing
  • Sutura em um único plano
  • Sutura interrompida simples pegando todas as camadas
  • Colectomia e enteroanastomose
  • Ligadura adequada dos vasos cólicos (conforme resumido na figura a seguir)
  • Incisão e ressecção do segmento desejado
  • Sutura em padrão interrompido simples Fia de nylon ou polipropileno 3-0 ou 4-0
  •  Proteger com omento
  • Enterocolostomia
  • Utilizado em casos de necrose intestinal entre o intestino delgado e grosso (intussuscepções)
  •  Grande disparidade entre os lúmens
  • Anastomose término terminal

SISTEMA URINARIO PEQUENOS

Anatomia Cirúrgica

  • Rins
  • Organização:
  • Cápsula
  • Córtex
  •  Medula
  • Seio renal: Pelve (recessos); Ureter; Artéria renal; Veia renal; Gordura
  • Detalhe da pelve dos cães: recessos
  • Ureteres
  • Bexiga
  • Uretra
  • Maior em machos (tem mais chance de parar calculo)
  • Menor em femeas (maiores chances de infecções)
  • Avaliação pré-operatória
  • Radiográfica
  • Urografia excretora
  • Uretrocistografia
  • Ultrasonográfica
  • Bioquímica sérica
  • Uréia
  • Creatinina
  •  Estabilização clínica

Bexiga - cistotomia

  • Cistotomia: incisão cirúrgica na bexiga.
  • Indicações principais:
  • Urolitíase
  • Neoplasias
  •  Posicionamento: decúbito dorsal
  • Sondagem uretral

Técnica cirúrgica:

  • Cistotomia
  • Celiotomia ventral mediana retro-umbilical
  • Exposição da bexiga retro-flexionada
  • Isolamento da bexiga com tampões umedecidos
  • Suturas de sustentação no ápice da bexiga
  • Incisão preferencialmente na face dorsal, evitando os ureteres e vasos sanguíneos maiores
  • Sutura em duplo padrão invaginante (Cushing + Cushing), com fio absorvível sintético.

  • Cistectomia: remoção de um segmento da bexiga. Reparo de ruptura da bexiga.

  •  Cistorrafia semelhante à realizada após a cistotomia:
  • Duplo padrão invaginante (Cushing + Cushing), com fio absorvível sintético.
  • Lavagem abdominal com solução fisiológica aquecida.

Uretra - uretrostomia

  • Uretrostomia: criação de uma fístula permanente na uretra, que tem sua mucosa suturada junto à pele.
  • Indicações principais:
  • Urolitíase em cães e gatos machos
  • Estenose uretral
  • Neoplasia uretral ou peniana; trauma grave
  • Neoplasia prepucial que exija penectomia
  • Cães:
  • Uretrostomia pré-escrotal
  • Uretrostomia escrotal (mais utilizada)
  • Uretrostomia perineal (evitar, se possível)
  • Gatos:
  • Uretrostomia perineal com penectomia

Uretrostomia escrotal em cães         

Técnica cirúrgica: 

  • Preparo da região
  • Incisão cutânea ao redor do escroto
  • Orquiectomia
  • Sondagem uretral
  •  Incisão mediana sobre a uretra
  • Deslocamento lateral do m. retrator do pênis
  • Incisão de 3 – 4 cm no lúmen uretral
  • Fixação da uretra à pele com fio não absorvível sintético 4-0 ou 5-0
  •  A sonda uretral deve ser mantida até cicatrizar

Uretrostomia perineal e penectomia em gatos Técnica cirúrgica: 

  • Preparo da região
  • Incisão cutânea ao redor do prepúcio e escroto
  • Orquiectomia
  • Divulsão do pênis, secção dos músculos ísquiocavernosos e excisão do m. retrator do pênis
  • Incisão mediana dorsal da uretra
  •  Sutura da uretra na pele
  • Ressecção da glande
  • Sonda uretral deve ser mantida até cicatrizar

Rins - nefrotomia 

  • Indicações principais:
  • Remoção de cálculos alojados na pelve renal
  •  Exploração da pelve renal associada a neoplasia ou hematúria
  • Extremamente traumática (técnica pouco utilizada)
  • Hemorragia severa

Nefrectomia

  • Nefrectomia: excisão do rim.
  •  Indicações principais:
  • Neoplasia renal
  • Trauma grave (hemorragia, vazamento de urina)
  • Pielonefrite resistente à terapia
  • Hidronefrose
  • Posicionamento: decúbito dorsal

Técnica cirúrgica 

  • Celiotomia ventral mediana pré-retro-umbilical (rim direito mais difícil – cranial)
  •  Posicionamento do cirurgião: lado oposto
  •  Deslocamento visceral (exposição)
  • Incisão do peritônio (entre o rim e a veia cava) e retração medial do rim
  • Dissecção do hilo renal (a. renal, v. renal e ureter)
  • A artéria e a veia renais são ligadas separadamente e com ligadura dupla (fio não absorvível sintético 0 ou 1)
  • O ureter é ligado próximo à bexiga, e removido juntamente com o rim

SISTEMA REPRODUTOR PEQUENOS

Conteúdo abordado

  • Orquiectomia
  • Ovario-salpingo-histerectomia (OSH)
  • Histerotomia
  • Mastectomia (conceitos introdutórios)

Orquiectomia

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