Sistema Nervoso Autônomo

Lista de figuras

FIGURA 1: Diferentes funções do Sistema Nervoso Parassimpático e do Sistema Nervoso Simpático...............................................................................................Página 8

FIGURA 2: Respostas de órgãos efetores a impulsos vegetativos e catecolaminas circulantes............................................................................................................Página 12

Resumo

O Sistema Nervoso Autônomo é um sistema com nervos com fibras sensoriais e motoras que conferem o controle às funções vegetativas fundamentais ao equilíbrio dinâmico do metabolismo como por exemplo: a contração da musculatura lisa das vísceras, a secreção glandular, os ritmos cardíaco e respiratório.

Este sistema é dividido em Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático, dois conjuntos distintos de nervos que controlam, em geral, os mesmos órgãos de forma antagônica, ou seja, um corrige os excessos do outro. Os nervos simpáticos têm ação excitatória sobre tais órgãos, colocando o organismo em estado de alerta em situações de estresse. Os nervos parassimpáticos atuam inibindo a atividade destes órgãos, levando o organismo a um estado de relaxamento.

Palavras-chave: Sistema Nervoso Autônomo, Sistema Nervoso Simpático, Sistema Nervoso Parassimpático, Neurotransmissores, Receptores.

Introdução

O Sistema Nervoso Autônomo regula muitas funções importantes, e os processos ocorrem, geralmente, inconsciente. Esse sistema é divido em dois: Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático. Os dois sistemas tem efeitos nos mesmos órgãos e tecidos de forma antagônica e determinam o estado dos sistemas orgânicos.

1. Sistema Nervoso Autônomo

O Sistema Nervoso Autônomo regula funções importantes, tais como: digestão, respiração, metabolismo, secreção, temperatura corporal, metabolismo da água, entre outros. (KOLB, Erich; 1984)

O Sistema Nervoso Autônomo pode também ser conhecido como Sistema Nervoso Vegetativo, por suas funções serem controladas em nível subconsciente, ou seja, são funções automáticas, não dependem de nossa vontade.

Esse sistema é independente do restante do sistema nervoso, apesar de se chamar Sistema Nervoso Autônomo, pois ele é interligado com o hipotálamo (coordena a resposta comportamental) o que garante a homeostasia (equilíbrio e a conservação dos elementos fisiológicos e do metabolismo através de mecanismos de regulação). Esse sistema também é o local de grande quantidade de drogas e é essencial para a homeostasia.

A organização estrutural do ramo eferente do Sistema Nervoso Autônomo consiste em um afluxo constituído de dois neurônios, em que os axônios pré-ganglionares que surgem dos corpos celulares no eixo cérebro-espinhal fazem sinapses com fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios autônomos, fora do Sistema Nervoso Central.

No sistema nervoso, os neurônios podem ser diferenciados bioquimicamente de acordo com os diferentes neurotransmissores sinápticos que secretam. Assim temos neurônios adrenérgicos, colinérgicos, dopaminérgicos, serotoninérgicos que secretam noradrenalina, acetilcolina (ach), dopamina e serotonina, respectivamente (SIQUEIRA BATISTA, 1994).

A maioria dos neurônios vegetativos secretam Acetilcolina ou Noradrenalinas como neurotransmissor e a Acetilcolina e a Noradrenalina possuem receptores pós-sinápticos diferentes. Todos esses neurotransmissores secretados pelo sistema nervoso autônomo estimulam um órgão alvo ligando-se a um receptor pós-sináptico.

As funções automáticas são realizadas por duas divisões do sistema nervoso autônomo: Sistema Nervoso Simpático e Sistema Nervoso Parassimpático (FIGURA 1).

FIGURA 1: Diferentes funções do Sistema Nervoso Parassimpático e do Sistema Nervoso Simpático

LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002.

Os dois sistemas tem efeitos opostos em órgãos e tecidos e determinam o estado dos sistemas orgânicos. (COLVILLE, Thomas; BASSERT, Joanna; 2010) Mas o sistema nervoso simpático e o parassimpático podem ter algumas exceções e podem não ter ações opostas ao estimular um órgão efetor, como por exemplo: nas glândulas salivares, os dois aumentam a secreção, mas de maneira diferente: o sistema nervoso parassimpático estimula uma secreção mais fluida e copiosa, enquanto o sistema nervoso simpático estimula uma secreção viscosa, densa e rica em enzimas. (GUYTON, 2002)

2. Sistema Nervoso Simpático

O Sistema Nervoso Simpático origina-se da medula espinhal toracolombar. Possui axônios pré-ganglionares curtos e pós-ganglionares longos. Os axônios pré-ganglionares desse sistema nervoso deixam a medula espinhal por meio das raízes ventrais do primeiro ao terceiro ou quarto nervo espinhal lombar. Os axônios pré-ganglionares passam através de um ramo comunicante e entram na cadeia ganglionar simpática paravertebral, onde a maioria faz sinapse com um neurônio pós-ganglionar. Esses axônios pós-ganglionares estendem-se até um dos órgãos viscerais ocos ou entram nos nervos espinhais e seguem para estruturas mais distais. Alguns axônios pré-ganglionares passam através dos gânglios paravertebrais e fazem sinapse com neurônios pós-ganglionares em gânglios pré-vertebrais mais distais. (CUNNINGHAM, James G.; 1999)

O Sistema Nervoso Simpático também pode ser chamado de Sistema Toracolombar por ser originado na medula espinhal toracolombar e é responsável por mobilizar as respostas do corpo ao estresse. Ele é o responsável por:

Dilatar as pupilas; Aumentar a frequência cardíaca; Dilatar os brônquios para aumentar o fluxo de ar disponível; Impedir e inibir a circulação de alimentos no sistema digestivo; Aumentar a secreção de renina nos rins; Promove a ejaculação, dentre outras funções.

2.2 Neurotransmissores e receptores:

Esse sistema usa a Noradrenalina como seu neurotransmissor-chave. Os neurônios