Panorama da Bovinocultura de Corte
Por: Marcela Lacerda • 24/2/2019 • Resenha • 659 Palavras (3 Páginas) • 433 Visualizações
Introdução
Uma das atividades mais importantes do agronegócio nacional é o sistema agroindustrial da pecuária, em 2015 este representou cerca de 6,8% do PIB brasileiro. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo e é o segundo maior produtor e exportador de carne bovina. Segundo dados do IBGE, em 2015 o país possuía 215,2 milhões de cabeças e a principal característica para esse crescimento é a heterogeneidade nos sistemas de produção e comercialização do gado (CARVALHO et al., 2017).
Dados do IBGE em 2016 mostram que o Centro-Oeste liderou o plantel de bovinos, com o total de 34,4%, crescendo 3,3% com relação ao ano anterior. Isso se da devido a presença de grandes áreas que são favoráveis a criação extensiva, juntamente a proximidade de grandes centros de produção de grãos. A instalação de frigoríficos nesta região facilita o escoamento da produção.
A Região Norte possui o segundo maior rebanho quando comparada as outras regiões, com 47,9 milhões de cabeças, crescendo 1,7% com relação a 2015. O Sudeste possui um crescimento de 0,8% e o Sul 0,5%, enquanto que o Nordeste sofreu uma redução de 2,1% (IBGE, 2016).
O estado do Mato Grosso possui o maior plantel, representando 13,9% do total, possuindo 30,3 milhões de cabeças, enquanto que Minas Gerais representa 10,8%, Goiás 10,5% e o Mato Grosso do Sul 10% do número total (IBGE, 2016).
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Exportações
Com relação as exportações, segundo o ultimo relatório do CNA Brasil, a expectativa para o ano de 2018 é de que o comercio mundial de carne bovina cresça 5%, chegando a 10,5 milhões de toneladas. O aumento das exportações da carne bovina deverá ser impulsionado por uma demanda global melhorada e pelos preços competitivos, a expectativa é que o Brasil aumente as exportações com menores preços. Para o ano de 2018 espera-se um aumento de 9% com o aumento da demanda da China. Nos EUA o aumento deverá ser de 6% com aumento da demanda do Japão, México, Canadá e Coreia do Sul (CNA Brasil, 2017).
A produção global da carne bovina deverá ter um crescimento de 2% para o ano de 2018, chegando a 63 milhões de toneladas. Isso se da devido ao crescimento de produção dos EUA e Brasil principalmente. A maior produção no Brasil se deve ao aumento do peso da carcaça, maior demanda interna e uma melhora nas exportações (CNA Brasil, 2017).
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Mercado Interno
Dados referentes ao ano de 2016 mostram que a crise econômica brasileira reduziu a demanda por carne bovina, cenário que elevou o estoque de carne dentro do país. Em tempos de crise e desemprego em alta, a substituição da carne vermelha por carne de frango e suína fica ainda mais pressionada (CNA Brasil, 2016).
Refletindo o ambiente econômico desfavorável, as indústrias tiveram dificuldades para escoar a produção causando uma pressão pela queda de preços do boi gordo. Em contrapartida, a baixa oferta de animais terminados limitou uma desvalorização ainda maior da arroba nos últimos meses. O período de entressafra e o confinamento menor do que no ano passado são alguns dos fatores que sustentaram, também, o valor da arroba (CNA Brasil, 2016).
Os dados do consumo per capita de carne bovina no Brasil mostram evolução, ainda que modesta. No ano 2000 o consumo médio por habitante era de 24,50kg ao ano e em 2017 está estimado em 26,47kg ao ano, um crescimento em torno de 8,0% no acumulado do período (FORMIGONI, 2017) .
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