24 Horas Apos A Morte
Ensaios: 24 Horas Apos A Morte. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tembler • 29/3/2014 • 1.552 Palavras (7 Páginas) • 1.737 Visualizações
Capitulo 1 – Primeiras horas
Características
1.1 Algor Mortis
Ocorre nos primeiros minutos, geralmente de 3 a 7 minutos, células sem suprimento de oxigênio começam a morrer, e as primeiras são as cerebrais, logo após a temperatura do corpo começa a cair gradualmente até que se iguale a temperatura do ambiente em questão, variando de um a dois graus por hora, também é por esse meio que legistas descobrem a hora aproximada da morte, porem, existem fatores que interferem no resfriamento do corpo, como a umidade do local, as vestimentas do cadáver, que pode conservar o calor corporal por mais tempo, a massa e a quantidade de gordura contida no corpo, que influencia pelo fato da gordura ser um isolante natural, a temperatura corporal no momento da falência também influencia, como por exemplo, uma pessoa que morre de febre, demora mais para resfriar do que uma que morre de frio.
1.2 Pallor Mortis
É a descoloração na pele e a perda de sua elasticidade devido a falta de sangue nos capilares e nas veias. Ocorrem poucos minutos após a morte, e é mais conhecida como Palidez Cadavérica, sendo mais visível em pessoas brancas.
1.3 Tache Noire
Ocorre na córnea e é visto até dois dias após a falência, em que aparece uma mancha amarelada quando as pálpebras são deixadas abertas e que vai ser tornando preto-avermelhado.
1.4 Rigor Mortis
Ocorre cerca 3 a 4 horas após o falecimento, em que os músculos involuntariamente tendem a se tornar rígidos, isso acontece pois, quando vivos, os músculos precisam fornecer oxigênio para as células que contem as proteínas Actina e Miosina, que permitem a movimentação muscular. A duração do Rigor Mortis varia de 24 a 48 horas e geralmente, os músculos menores como a língua, se enrijecem primeiro. A temperatura ambiente também pode interferir no processo, em lugares frios, a rigidez pode não acontecer.
1.5 Livor Mortis
Ocorre devido à posição do cadáver e a gravidade, em que todo o sangue do defunto tende a se acumular nas partes mais baixas do corpo, obtendo-se uma coloração pálida na parte superior do corpo e uma coloração roxa na parte inferior. Os órgãos também tendem a adquirir essa coloração devido a gravidade. Quando pressão é colocada sobre a área roxa, a coloração volta a ter um tom pálido.
Capítulo 2 – Morte Molecular e Decomposição
2.1 Putrefação
Com o fim da atividade circulatória, o sistema imunológico também vai morrendo, e isso é como um convite para bactérias quem tem sua atividade influenciada por umidade e temperatura. O primeiro sinal da Putrefação ocorre na pele, sendo visível uma flacidez e descolamento e alteração na coloração, variando de marrom-avermelhado a uma mistura das cores verde marrom e cinza, devido à hemoglobina. Começa-se então a produção de gazes e resíduos naturais, tais como o dióxido de carbono, metano, acido butírico etc. Essa mistura de gazes e fluídos dão origem ao odor fétido característicos de cadáveres em decomposição. Esse odor atrai moscas de insetos que depositam seus ovos, que por sua vez se transformam em larvas, que se alimentam da carne pútrida. Após horas no estado de putrefação, o cadáver fica com a pele tão podre que chega a se liquefazer.
2.2 Saponificação
Em alguns casos, quando as bactérias não conseguem terminar seu trabalho durante a putrefação devido à acidez excessiva, a própria gordura corporal se transforma em uma massa espessa, a adipocera, sendo esse estado quase que uma preservação natural e sendo mais comum sem pessoas obesas, porem sendo um evento raríssimo ate nas mesmas, sendo necessário um ambiente específico, com alta temperatura e umidade. Ocorrendo de 5 a 6 messes após a morte, o cadáver pode durar até anos devido à adipocera que se forma no tecido subcutâneo do corpo, com o intuito de conservar músculos e órgãos e nervos.
2.3 Mumificação
O penúltimo processo post-mortem é a mumificação, na qual o couro do corpo encolhe, atribuindo assim a aparência de papiro (papel de aparência enrugada originado da planta de mesmo nome, criado pelos egípcios). Neste processo, a pele e tendões secos envolvem os ossos, ocorrendo após a Saponificação, porem necessitando também de temperatura e umidade favoráveis. Esse processo mesmo mudando completamente a aparência do cadáver, o mesmo ainda mantem os atributos anatômicos, como a altura.
2.4 Ossificação
O ultimo estágio da “vida” de um cadáver. Nesse estágio o corpo perde totalmente a umidade e toda a massa corporal, pele e afins vão sumindo, restando apenas a ossada, e assim como os outros estágios, também necessita de temperatura e umidade favoráveis. É um processo muito lento e demorado, em que no decorrer dos anos o cadáver se torna lar de vários insetos.
Capitulo 3 – Necropsia
3.1 Definição e usos no dia-a-dia
A autopsia ou necropsia tem por sua principal função esclarecer a causa mortis, que seria como e se foi homicídio, atendendo mais a área forense das investigações criminais, mas não deixando de ser usada no meio clínico.
O termo principal criado para esta modalidade criminalística foi autopsia, em que auto significava de si mesmo e psia visão, sendo uma visão de si mesmo, que no caso seria seu semelhante. Mas esse termo foi trocado para necropsia, em que necro significava negro ou escuro e psia visão, sendo uma visão do escuro, da morte.
Quando em homicídios ou suicídios a necropsia é necessária, pois procura esclarecer a causa mortis. Quando são encontradas lesões suspeitas e substâncias que não pertencem ao corpo, como em envenenamento, inicia-se uma necropsia para descobrir pistas sobre como essa pessoa em questão morreu, podendo-se descobrir ate mesmo quem a matou em caso de homicídio.
Consta-se dois tipos de necropsias, a clínica e a forense.
Na necropsia forense, é feita para descobrir a causa mortis quando a morte é súbita e repentina, sem antecedentes de má saúde. Também pode ser realizada caso a família do morto
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