A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO CALLITHRIX NA AMÉRICA DO SUL
Por: Juliana Machado • 26/9/2018 • Relatório de pesquisa • 1.723 Palavras (7 Páginas) • 294 Visualizações
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
GABRIELA LUZ
JULIANA MACHADO
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO CALLITHRIX NA AMÉRICA DO SUL
Ciências Biológicas,
2018.
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
GABRIELA LUZ
JULIANA MACHADO
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO GÊNERO CALLITHRIX NA AMÉRICA DO SUL
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Orientadora: Profº Dr. Ricardo
Ciências Biológicas, 2017.
1 INTRODUÇÃO
Primeiramente, o gênero Callithrix compreendia treze espécies de pequenos primatas arborícolas, encontradas nas regiões Amazônicas, Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Posteriormente, o gênero passou a ter somente seis espécies (C. jacchus, C. penicillata, C. aurita, C. flaviceps, C. geoffroyi e C. kuhlii). A presença de Callithrix jacchus tem ocorrência na Caatinga, C. penicillata habita principalmente áreas de Cerrado e as demais espécies, C. aurita, C. flaviceps, C. geoffroyi e C. kuhlii são típicas de Mata Atlântica.
Callithrix é um gênero da ordem Primata e da família Callitrichidae. Possui diversos nomes populares em cada região onde o animal é encontrado, sendo eles: sagui-do-nordeste, sagui-de-tufo-branco, sagui, mico-estrela, sagui-comum, mico, nico. Este animal é endêmico do Brasil, encontrando-se presente nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte como espécie nativa; nos estados da Bahia, Maranhão, Sergipe e no nordeste do Tocantins como espécie residente, mas sem origem confirmada e nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina como espécie introduzida, (Rylands et al. 2008). Essa espécie originalmente se estendia do Sul até o rio São Francisco e nas redondezas do Rio Grande. O gênero foi introduzido pelo homem no sudeste e sul do Brasil, através da venda ilegal de filhotes retirados da mata.
Fazem mais de dez anos que a distribuição de Callithrix não é revisada, por isso atualmente existem um grande número de novos registros de ocorrência, que foram publicados em literaturas especializadas e que precisam ser incluídos nos estudos biogeográficos das espécies do gênero.
A população os compra como animais de estimação, porém quando atingem a idade adulta eles podem adquirir comportamento agressivo, pois são animais silvestres e não domesticados, assim esses animais acabam sendo soltos ou então fogem para as matas e para as pequenas cidades. Eles habitam florestas semideciduais, florestas deciduais, florestas ombrófila densa, florestas ripárias, manchas de caatinga arbórea e caatinga arbustiva, (Rylands et al. 2008).
As populações de Callithrix exóticas em grande parte dos locais é maior que as populações de espécies nativas, que são espécies ameaçadas de extinção. As medidas das condições do corpo e demografia indicam que as espécies exóticas são extremamente saudáveis. Possuem adaptação dentária que os diferencia e possibilita que eles perfurem o tronco das árvores e se alimentem do exsudato, porém ao perfurarem essas árvores esses indivíduos as matam, por muitas das vezes e se tornam pragas para o ambiente.
O pelo varia de acordo com a espécie e é uma característica habitualmente usada para nomear esses animais pela população leiga. Apresentam comportamentos próprios do gênero, como a catação social, a vocalização, a aproximação de seres do mesmo grupo, o descanso, o forrageio, a alimentação especifica e o deslocamento pelas árvores. Dificilmente descem ao solo para dessa maneira evitarem serem predados mais facilmente, preferindo então viver nos galhos intermediários e nas copas das árvores. Sua alimentação é constituída quase totalmente por insetos, filhotes de aves, moluscos, filhotes de mamíferos, lagartos e anfíbios pequenos, ovos, sementes, frutas, flores e etc. (Humboldt, 1812).
Os Saguis são animais que competem por recursos alimentares, principalmente durante o inverno que é quando esses recursos se tornam escassos. De maneira correlacionada os limites entre as áreas de ocorrência das espécies, coincidem não somente com a presença de grandes rios, mas também com a transição de formações vegetais diferentes e que os potenciais adaptativos provavelmente influenciam a distribuição através da exclusão competitiva. O projeto de Conservação da Fauna do JBRJ, juntamente com diversas instituições ambientais nacionais e estaduais, tem avaliados formas de controlar as populações exóticas, pesquisando a ecologia e comportamento desses animais.
Estão presentes em 3 biomas, sendo eles, o Cerrado, a Caatinga e a Mata Atlântica. O Cerrado é considerado o segundo maior bioma e abrange os estados do Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins, ocupa também uma pequena área de outros seis estados. Tem clima predominantemente tropical sazonal e vegetação caracterizada por árvores de troncos retorcidos, gramíneas e arbustos. A Caatinga ocupa a maior parte da região nordeste do Brasil, estando no Ceará, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio grande do Norte, Alagoas e Sergipe, sendo encontrado também em pequenas partes do Maranhão e de Minas Gerais. Apresenta um clima semiárido típico do sertão nordestino, tem vegetação arbustiva de médio porte com galhos retorcidos e presença de cactos. A Mata Atlântica apresenta a totalidade de três estados brasileiros, o Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina e ocupa grande parte do Paraná e pequenas partes de outros onze estados, como São Paulo. Apresenta clima tropical- úmido de maneira predominante com temperaturas altas e grande índice pluviométrico, a vegetação é caracterizada pela presença de árvores de grande e médio porte que formam uma floresta fechada e densa.
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