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A Leishmaniose é uma doença parasitária

Por:   •  16/11/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  651 Palavras (3 Páginas)  •  350 Visualizações

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Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença parasitária advinda de um protozoário do gênero Leishmania da família Trypanosomatidae encontrados em regiões com clima quente, ela necessita de dois hospedeiros obrigatórios sendo um vertebrado (mamíferos) e um invertebrado (Phlebotomus) por se tratar de um parasita dixênico, o vetor da leishmaniose é sempre um flebotomínio popularmente conhecido como Mosquito-palha, que ao inocular o indivíduo ou o animal parasitado retira junto com o sangue os parasitas, que passarão a evoluir no interior do tubo digestivo sofrendo muitas modificações. De modo geral a leishmaniose pode ser dividida em Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) ou Leishmaniose Visceral (LV).

Com ênfase na leishmaniose visceral americana (LVA) que é popularmente conhecida como calazar e é causada pelo protozoário Leishmania chagasi que é transmitido pelo Lutzomyia longipalpis. Esse tipo de leishmaniose é caracterizado por hepatoesplenomegalia, que é o aumento do tamanho do fígado e do baço já que a leishmaniose tem ação em células do sistema imune do organismo, apresentado também febre irregular e prolongada, sinais clínicos que podem ser observados como perda de pêlos, anemia, apatia e caquexia.

A LVA incide sobre tudo nos países das América central e sul sendo encontrado também no México, por ser regiões que apresentam condições climáticas favoráveis como o clima quente e úmido. Características epidemiológicas também favorecem o desenvolvimento desses parasitas, como o crescimento das áreas urbanas sobre tudo, o desmatamento que avança em meio ao habitat natural do Lutzomyia longipalpis, a falta de saneamento básico que propicia a disseminação do vetor no ambiente urbano e a propagação da doença, alguns desses fatores ligados à atuação do homem sobre a natureza.

As transformações no ambiente provocadas pelo intenso aumento populacional consequentemente o aparecimento de regiões subdesenvolvolvidas. O esvaziamento rural acarretam a expansão das áreas endêmicas e o aparecimento de novos focos. Este fenômeno leva a uma redução do espaço ecológico da doença LVA, facilitando o aparecimento de novos casos. O aparecimento de casos autóctones facilita de forma geral o estudo da incidência e prevalência dessa doença, já que é o caso confirmado que foi detectado no mesmo local onde ocorreu a transmissão.

No Brasil, até o final do século passado a LVA era uma doença que acometia apenas áreas rurais, atualmente com o expansionismo das cidades ela se destaca nas localidades urbanas como regiões do Nordeste, Norte, Centro-oeste e Sudeste do Brasil, apresentado raríssimos casos no Sul, fator esse que e muito influenciado pelo clima.

O ministério da Saúde determinou critérios de transmissão de LVA humana entre os anos de 2007 e 2011 nos municípios brasileiros, estabelecendo assim categorias de transmissão da doença, que são as seguintes: “sem transmissão”, “transmissão esporádica”, “transmissão moderada” e “transmissão intensa”. Com base nessas categorias adotou-se outra classificação que leva em conta incidências baixa, moderada e alta.

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