A Nudez No Cinema
Artigos Científicos: A Nudez No Cinema. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marianaabel • 30/8/2013 • 793 Palavras (4 Páginas) • 730 Visualizações
A nudez no cinema
“Nudez: 1 Estado de nu; desnudez. 2 Ausência de vestuário. 3 Estado das plantas ou ramos a que caíram as folhas. 4 Ausência de ornatos, de vegetação etc. 5 Privação. 6 Simplicidade.”, de acordo com o dicionário Michaelis da Língua Portuguesa.
A nudez sempre fez parte do mundo da Arte. Desde a antiguidade, onde o homem se expressava através de pinturas rudimentares, ela já marcava presença. No cinema, o nu conquistou seu espaço há tempos, adquirindo diferentes significados em sua trajetória.
A curiosidade humana em explorar, não apenas seu corpo, mas também a intimidade das outras pessoas que o cerca, sempre esteve presente entre os indivíduos, e é a partir dessa característica natural que a forma humana, em seu estado mais bruto, passou a se inserir e ganhar repercussão nas artes visuais.
As pioneiras cenas de nudez (completas) no cinema surgiram a partir de 1916, ato que foi visto como ousado diante da época, realizado pelas atrizes Annette Kellerman (em “Daughter of The Gods”) e June Capríce (em “The Ragged Princess”). Já nas telas brasileiras, a primeira cena nu frontal a ser exibida foi protagonizada pela atriz Norma Bengell (em “Os Cafajestes”, do diretor Ruy Guerra), no ano de 1962, ganhando destaque de símbolo sexual no país. Apenas dois anos depois, com o golpe militar de 1964, a exibição de nudez passou a ser censurada e banida dos filmes. Nos Estados Unidos, houve também a imposição da censura, a partir do Código de Hays, que ditou à Hollywood normas específicas, como a proibição de selinhos que tivessem a duração superior a oito segundos, e a permissão de um casal aparecer em uma cama apenas se ambos estivessem fazendo o uso completo de vestimentas e se um deles estivesse com um de seus pés apoiados no chão.
A nudez, em seu início, era explorada sem a presença de contato físico, valorizando o nu por si só. Normalmente, aparecia apenas se fizesse parte do contexto da trama. Era realizada como forma de expressão, tentativa da quebra de preconceitos e do falso moralismo existente na sociedade. Porém, com o passar do tempo e a diminuição da censura, essa essência significativa e artística diante do corpo sofreu alterações, e atualmente, muitas vezes o nu é exposto apenas para exibir corpos, reafirmar modelos de beleza a serem seguidos, perdendo seu teor de Arte. A sensualidade que se era valorizada acaba simplificando-se em sexualidade, algumas vezes, chega a tender para o campo da pornografia. Vale lembrar que sensualidade se difere de sexualidade. A primeira é cercada de admiração e ar de mistério, é uma espécie de descobrimento visual mais vagaroso e líquido. A segunda, já está ligada de forma mais direta ao ato sexual, suas características sem o plano de teatralização, constitui-se em um formato mais sólido.
Apesar de a nudez ser considerada mais comum na contemporaneidade, seu grau de aceitação e a visão diante dela varia não só do Ocidente para o Oriente (mais conservador), como de país para país, comunidade para comunidade. Há locais que permitem cenas mais visuais do que outras, como por exemplo, os Estados Unidos em relação ao Brasil ou a Alemanha. Na América do Norte, há maior tolerância com cenas de violência do que com cenas que exploram o corpo, opondo-se ao trabalho cinematográfico brasileiro, por exemplo, no qual explorar e expor
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