A Obra De Arte Na Era Da Reprodutividade Técnica
Artigos Científicos: A Obra De Arte Na Era Da Reprodutividade Técnica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: werllenholanda • 5/5/2013 • 370 Palavras (2 Páginas) • 701 Visualizações
Walter Benjamin, em "A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica", exibe a evolução da reprodutibilidade da arte. Abordando as formas de reprodução, como a xilografura e a litografia, desempenhadas por artesãos, mostra que na fotografia o processo de cópia cabia agora ao olho, e não às mãos.
O que não está contido na reprodução é o "aqui e agora" da obra autêntica, banalizando o singular, pois quando uma obra passa a ser multiplicada, sua existência se torna serial e não única.
Essas novas técnicas de reprodução alteram o caráter da obra de arte. Se de alguma forma a obra de arte sempre foi reprodutível, o fato é que a cópia já não é vista como imperfeição ou falsidade. A possibilidade de reproduzir indefinidamente uma obra - processo que começara com a xilogravura e atingira seu ápice com o cinema - torna obsoleta a idéia de cópia.
Aura, uma figura singular, tem seu conceito abalado pela reprodução de imagens (como a fotografia e o cinema). A reprodutibilidade seria o fim da arte aurática, do culto ao objeto único e da autenticidade. A obra de arte reproduzida é cada vez mais a reprodução de uma obra de arte criada para ser reproduzida.
Como o cinema foi feito para a reprodução, para o coletivo, o impacto sobre o conceito de unicidade da obra é colocado em questão. Para Benjamin, isso é algo positivo, visto que ele afirma que o cinema aumenta a possibilidade de libertação da arte, desmascarando a ideologia elitista.
A mudança pela qual passa a obra de arte faz com que ela se aproxime dos espectadores por conta de seu poder de reprodução. Aumenta seu valor de exposição. A obra de arte perde, assim, sua aura.
A fotografia supera o valor de culto, pois nunca as obras de arte foram tão reprodutíveis como hoje. Se a fotografia e o cinema foram o primeiro abalo na idéia de autenticidade artística, a internet a destrói de vez. Uma obra de arte criada para a rede é infinitamente reproduzível.
Como toda forma de arte conhece épocas críticas, é necessário abordar o movimento dadaísta, que tentava atingir o objetivo de inviabilizar qualquer contemplação pela desvalorização sistemática. Com isso, teria favorecido o aparecimento de efeitos que o público procura no cinema.
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