A Onda (Filme)
Artigos Científicos: A Onda (Filme). Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rodrigo • 3/6/2014 • 358 Palavras (2 Páginas) • 584 Visualizações
A primeira versão do filme A ONDA foi feito para televisão americana em 1981, e regravado na Alemanha em 2008 com cerca de uma hora a mais de duração. Baseado no romance de Todd Strasser, que por sua vez foi baseado integralmente em um incidente real ocorrido em uma escola secundária norte-americana em 1967, em Palo Alto, Califórnia. Mostra como nasce e se propaga a ideologia fascista entre as pessoas.
A temática é a ditadura, a autocracia e o fascismo, ou como em uma sociedade tolerante em relação ao autoritarismo é capaz de emergir uma organização totalitária capaz dominar corações e mentes da maioria, rechaçar e eliminar minorias e dissensos.
O roteiro é inteligente, é uma iniciativa inovadora e perigosa de um professor libertário que deseja demonstrar aos seus alunos como funciona um regime autoritário em sua forma mais total. Diante da dificuldade de se fazer entender e desafiado por alguns dos estudantes que creem ser o autoritarismo algo do passado, ele propõe uma experiência pedagógica arriscada que consiste em reproduzir na sala de aula um pequeno movimento fascista.
Sendo declarado o "líder deste novo movimento", passa a exortar a disciplina, poder e unidade em nome da "comunidade", fazendo valer o poder superior do grupo sobre todas as pessoas. Logo professor e estudantes criam juntos, slogans, uniformes, uma saudação e um símbolo para o seu novo movimento.
Ainda que haja dissidências a maior parte dos estudantes passam a obedecê-lo cegamente e logo a experiência sai de controle com o fanatismo do fascismo se espalhando para além das salas de aula em atos de vandalismos pelas ruas. O professor, ao ser alertado por um dos alunos, percebe que não deixou claros os objetivos do movimento e ao tentar consertar a situação, ocorre uma tragédia.
É um filme excelente e mostra bem quanto o fanatismo é perigoso, mesmo se for uma ideologia bem intencionada sempre tem os radicais que estragam tudo. Instiga uma reflexão sobre de como a transmissão do conhecimento deve ser realizada com cautela e muita coerência, a fim de que o ódio proveniente de questões subjetivas de não atinja o aluno que ainda está num processo de formação intelectual.
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