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A Procura da Água

Por:   •  20/3/2019  •  Resenha  •  597 Palavras (3 Páginas)  •  160 Visualizações

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Diversas autoridades no mundo todo já advertiam o problema que a crise hídrica no planeta poderia causar às populações humanas, entre elas conflitos e guerras entre diversas nações. Dentre esses conflitos – apesar de conflitos relativos à disputa pela água existirem a milhares de anos – está a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e seus vizinhos.

A própria água já foi utilizada como arma. No Iraque, Saddam Hussein usou represas para interromper o fluxo de água dos rios Tigre e Eufrates até os pântanos da Mesopotâmia, devido a insurgência de xiitas do sul do Iraque conta o seu regime.

Há muito sofrimento decorrente da escassez de água, além do seu impacto no funcionamento dos ecossistemas e sobre a vida selvagem. Apesar de todos esses problemas, esse problema não se verifica em todas as regiões do planeta. Entretanto, metade das cidades do mundo com um número grande de habitantes se situa nesses lugares com problemas hídricos. E muitas dessas cidades não conseguem assegurar o fornecimento de água necessário para sustentar sua crescente população.

A principal pergunta ao se tentar resolver o problema da falta de água é: reduzir a demanda ou encontrar novas fontes? O custo para poupar ou fornecer a água é o que mais influencia nos planos para acabar coma falta de água. Também a impactos ou benefícios ambientais que também precisam ser calculados em qualquer plano hídrico, que, além das dificuldades financeiras há conseqüências sociais que devem ser levados em conta. Algo que agrava ainda mais essa situação é a crescente corrupção entre governos e fornecedores privados. Segundo o Global Corruption Report 2008, a sedução de aproveitar projetos de grande orçamento para ganho privado pode impedir as autoridades de explorar uma gama maior de alternativas, como a conservação da água. Especificamente, tomadores de decisões corruptos podem favorecer projetos em que se concentrem os pagamentos de propinas e que possam ser facilmente apropriados por eles ou por seus parceiros escolhidos em detrimento de projetos menores que dispersam mais amplamente o pagamento de propinas.

De quem é a responsabilidade sobre a questão da água? A responsabilidade não é somente dos governos, mas também dos cidadãos e das empresas privadas. Mas, é importante saber que as estruturas e funções dos governos precisam ser ajustadas sob medida às regiões e até a fontes de água específicas.  Para essa estruturação de participação de todos, existe o sistema de governança hídrica, que é o equilíbrio na gestão hídrica entre governo, setor privado e sociedade civil, que se bem implementado, trás oportunidades e esperança consideráveis na gestão da água.

Quando a chuva é abundante, e os rios inundam as imensas várzeas, é época de prosperidade. Milhares de charcos espalhados pelas bacias hidrográficas passam de marrom a verde, as plantas explodem em flores, a população de peixes aumenta e inúmeras aves aquáticas se reproduzem. Nos anos de devastação - períodos entre chuvas -, os ecossistemas entram em repouso e a fisiologia adaptativa das espécies nativas, aprimorada durante milhares de anos de evolução, é posta a prova. Tem havido muito mais devastação do que prosperidades nas últimas décadas. A construção de reservatórios no sec. XX, embora tenha aumentado a capacidade de captar águas dos rios para irrigação, por exemplo, faz a vazão dos rios minguarem e praticamente eliminou as cheias naturais, tão importantes para a saúde ecológica dos rios e charcos das bacias hidrográficas.

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