A derrocada darwiniana
Por: Franklin Ribeiro • 8/5/2017 • Artigo • 636 Palavras (3 Páginas) • 309 Visualizações
A derrocada darwiniana
O mecanismo darwiniano é extremamente exigente. Para que este ocorra é necessário, entre outros fatores, novas e aleatórias informações genéticas, novas e funcionais proteínas, novas instruções às células, máquinas e mecanismos moleculares agindo intrincadamente para que sejam então, consequentemente, manifestados nos seres vivos ao ponto de gerar diferenças competitivas expressivas. Tudo isso para que haja chance, de fato, à competição direta e consequente sobrevivência do mais apto. E todo e qualquer surgimento, modificação e remoção de partes que compõem os elementos biológicos devem, do ponto de vista darwinista, surgir de pequenas e graduais alterações, derivadas de variações aleatórias no código genético.
A premissa de Darwin supracitada na imagem expressa bem o desafio à sua teoria. Porém, esforços científicos majoritariamente partem seus estudos de pressupostos preliminarmente definidos, de que somente causas naturais não guiadas podem explicar fenômenos biológicos. A partir disso já é possível perceber que o terreno começa a ficar escorregadio, e o pensamento circular. Como o único mecanismo natural e não guiado lógico e possível é o darwinista (que é o princípio de que modificações aleatórias combinadas com seleção natural geram eventualmente seres aperfeiçoados), é óbvio concluir que toda e qualquer teoria concorrente não irá ser inclusa em causas naturais não guiadas.
Toda causa possui um efeito. Somos inteligentes o suficiente para distinguir o que é causado por meios naturais e o que é causado por meios intencionais e guiados. Mesmo que admitamos que intenção deriva de mente (que deriva de um cérebro ‘’natural’’), ainda assim podemos classificar fenômenos nessas duas categorias, devido à disparidade notória entre fenômenos aleatórios e fenômenos guiados. E por sinal, não existe uma terceira via. Ou o efeito é causado por fenômenos naturais não guiados, ou por ação intencional, guiada.
Agora vamos analisar a frase de Darwin num contexto prático. Se algum fenômeno biológico for a princípio considerado irredutivelmente complexo (como, por exemplo, o célebre flagelo bacteriano), qual seria o ponto final das ciências naturais com relação às origens desse objeto para que a inferência seja, de fato, a sua complexidade irredutível e que, nas palavras do próprio Darwin, prove a ruína da teoria darwinista?
Pois é, não existe esse ponto final. Parafraseando o bioquímico norte-americano Michael Behe: “Como é que nós falseamos a afirmação de que foi a seleção natural que produziu o flagelo bacteriano? Se esse mesmo cientista fosse para o laboratório e eliminasse os genes do flagelo, desenvolvesse a bactéria por um longo período, e nada acontecesse, bem, ele diria que talvez não tivéssemos começado com a bactéria certa, talvez não tenhamos esperado tempo suficiente, talvez precisemos uma população maior, sendo assim seria muito mais difícil de falsear a hipótese Darwiniana’’. E é exatamente isso que ocorre. A pressuposição de que as causas devam, por decreto científico, serem naturais tornam a teoria darwinista não falseável. E isso acaba levando a comunidade científica a defender hipóteses pouco factíveis e convincentes.
Um exemplo clássico é exatamente o do flagelo bacteriano. O biólogo darwinista Kenneth Miller explica que a aparente complexidade irredutível do flagelo é refutada devido ao fato de haver estruturas semelhantes (e no caso, mais simples) ao flagelo exercendo papeis distintos, e isso seria indício de que o objeto possui das duas uma, ou parentesco direto com a estrutura mais simples, ou descendência comum a outro mecanismo desconhecido do passado. E assim, o caso é praticamente dado como encerrado, com base apenas nessa débil argumentação. Quem entende um pouco de bioquímica e microbiologia tem ciência de que essas estruturas são significantemente distintas, e que não há nenhuma evidência que explique satisfatoriamente como pequenas e graduais variações (proteína por proteína, funcionalidade por funcionalidade) podem ter dado conta de transmutar um mecanismo biológico em outro funcionalmente e estruturalmente distintos. Esse é um dos exemplos, dentre vários outros em que a comunidade científica fecha um dos olhos em nome do credo darwinista.
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