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A teoria da evolução de Charles Darwin

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Por:   •  7/4/2014  •  Tese  •  2.593 Palavras (11 Páginas)  •  559 Visualizações

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Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários outros pesquisadores (alguns nem tanto...) criaram teorias para tentar explicar a evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet (1744-1829).

Também conhecido como Chevalier de Lamarck, o naturalista francês que ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que hoje chamamos de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809).

A teoria de Lamarck baseou-se em dois princípios básicos: o conceito de que é uma característica intrínseca dos seres vivos evoluírem para um nível de complexidade e perfeição cada vez maiores, motivo pelo qual Lamarck acreditava que os seres haviam evoluído de microorganismos simples originados de matéria não viva (teoria da geração espontânea, bastante popular na época de Lamarck), para organismos mais complexos; O segundo princípio foi o do “uso e desuso”, que o foi o ponto crucial da teoria de Lamarck e dizia, basicamente, que o que não é usado atrofia e o que é usado se desenvolve sendo passado para as gerações futuras. Ou seja, órgãos, membros e outras características dos seres vivos que fossem usadas acabariam se desenvolvendo e passando de geração para geração. Ocorrendo a transmissão hereditária das características adquiridas.

Entretanto a publicação em 1859 de “A origem das espécies” , de Charles Darwin, abalou o fundamento principal da teoria de Lamarck afirmando que a evolução das espécies se daria pelo processo de seleção natural e não pelo uso e desuso. Segundo a teoria de Darwin algumas pequenas variações nos organismos surgiriam ao acaso e, caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros organismos estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus descendentes. Ou seja, na teoria de Lamarck o uso acarretaria a evolução, já na teoria de Darwin a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural.

Para simplificar, vamos usar um exemplo bastante comum para explicar a teoria de Lamarck: imagine que as girafas, antigamente, tinham pescoços bem menores que o das girafas atuais e que, por isso, elas tivessem que esticar seus pescoços repetidamente para alcançar as copas das árvores e se alimentar. Esse movimento constante de estiramento do pescoço (uso) teria causado um alongamento no pescoço das primeiras girafas e, por isso, seus descendentes teriam nascido com pescoços mais longos que seus pais e assim sucessivamente até originar as girafas de pescoço longo que vemos atualmente.

Já Darwin explicaria de outra forma: segundo sua teoria entre as girafas de antigamente com pescoços pequenos teriam nascido, aleatoriamente, alguns indivíduos com pescoço mais longo o que faria com que conseguissem alcançar a comida na copa das árvores. Já as girafas que nasceram com pescoço pequeno não conseguiriam alcançar a comida e morreriam de fome ou simplesmente ficariam em desvantagem na hora de acasalar. Assim, apenas as girafas de pescoço longo conseguiriam procriar transmitindo suas características para seus descendentes e estes para as próximas gerações.

Aqui, ambas as teorias concordam que as características seriam transmitidas para as gerações posteriores e gradativamente sendo aperfeiçoadas. Ou seja, Lamarck não estava completamente errado, mas seu erro foi crucial para que sua teoria caísse por terra.

O fato é que a teoria de Lamarck caiu em descrédito e a teoria da evolução de Darwin, hoje chamada de “Teoria da Evolução Sintética” é que foi aceita como verdadeira pelos cientistas.

Lamarck e a primeira grande teoria da evolução

O primeiro cientista a desenvolver uma teoria da evolução considerada completa foi o francês Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet,Cavalheiro de Lamarck (1744-1829) no início do século 19, ao longo de sua obra e com maior repercussão através do seu livro Filosofia Zoológica (Philosophie Zoologique) de 1809.

Lamarck, assim como seus contemporâneos, acreditava na lei da geração espontânea, para ele os primeiros seres a habitarem o planeta seriammicroorganismos originados de algo “não-vivo”.

Mas como a partir de seres tão simples pode-se chegar a organismos multicelulares e complexos? A resposta seria que há uma tendência intrínseca nos organismos que leva a níveis organizacionais cada vez mais complexos com o passar do tempo. Assim, seres simples tenderiam a evoluir a seres complexos resultando no homem.

Muito bem, mas e como isso acontece? Ai está um “pulo do gato” de sua teoria, a lei do uso e desuso. Resumidamente é “o que não se usa atrofia, o que se usa fortalece”, ou seja, estruturas e órgãos que são utilizados com mais freqüência e intensidade tornam-se mais desenvolvidos e adaptados às necessidades que o meio, ou a natureza, impõe e aquilo que não tem serventia e não é utilizado atrofia e se reduz. Isso explicaria as diferenças das estruturas como dentes, mandíbulas, patas, olhos ou estômago entre as mais diversas espécies de animais.

E como isso pode mudar uma espécie? Lamarck responde a isso afirmando que estas características desenvolvidas pela necessidade de adaptação ao meio são transmitidas aos seus descendentes, empregando o conceito da herança dos caracteres adquiridos. O exemplo clássico é o do pescoço das girafas, para tanto vamos imaginar que as “girafas” antigas possuíssem pescoço pequeno, bem menor que os das atuais, e, para comer as folhas das copas de árvores elas deveriam esticar e repetidamente continuar esticando cada vez mais seu pescoço, e esse esforço direcionado levaria ao alongamento gradativo. Assim, o alongamento do pescoço (uso) seria transmitido para os seus descendentes. Seus filhotes teriam pescoços mais longos que as gerações anteriores e com o passar do tempo, e muito alongamento de pescoço, geração após geração, as girafas de pescoço curto se transformariam nas de pescoço longo, as atuais.

Assim, através de ajuste ao meio, a herança dos caracteres adquiridos transmitida as gerações seguintes, tendo o uso e desuso como mecanismo, aliado a tendência natural de aperfeiçoar-se, levaria evolução das espécies.

Um ponto importante na teoria de Lamarck, que posteriormente seria chamada de lamarckismo, é o fato dele não mencionar qualquer utilidade ás modificações que os seres sofreram, ou seja, um bico de um pássaro não se torna mais forte para quebrar uma castanha, ou os olhos de um predador não se tornam mais acurados para visualizar sua presa, e, sim de tanto quebrar castanhas e por espreitar as presas essas estruturas se desenvolvem...

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