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ARBOVIROSES RECORRENTES NO BRASIL: HISTÓRICO, MEIOS DE TRANSMISSÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Por:   •  30/1/2021  •  Artigo  •  6.436 Palavras (26 Páginas)  •  283 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

KAROLINE SILVA ZAMPRONHO

ARBOVIROSES RECORRENTES NO BRASIL: HISTÓRICO, MEIOS DE TRANSMISSÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Teixeira de Freitas

BA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE

KAROLINE SILVA ZAMPRONHO

ARBOVIROSES RECORRENTES NO BRASIL: HISTÓRICO, MEIOS DE TRANSMISSÃO E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Trabalho apresentado no componente curricular Microbiologia: Noções Básicas, sob orientação do Prof.º Dr.º Delio José Mora Amador Junior, para obtenção de aprovação do componente curricular.

Teixeira de Freitas

BA

RESUMO

Nos últimos anos, tem se observado a importância de registrar sobre o aumento das arboviroses transmitidas por mosquitos vetores.  Existe uma grande importância acerca das arboviroses de predominância no Brasil. São vários fatores que disseminaram as arboviroses, modificando assim a ecologia do habitat natural e os reservatórios, propícios a vetores e virulência. Neste contexto, um dos contribuintes para esses fatores é o desenvolvimento econômico da população e a urbanização que foi evidenciada no Brasil a partir da segunda metade do século XX, provocando assim as arboviroses entre as viroses com grande consequência, na saúde pública. Ademais, a expressão arbovirose foi criado na década de 1930, no momento em que diversos vírus foram isolados em artrópodes (daí o nome: ‘ar’thropod ‘bo’rne vírus, vírus carreados por artrópodes), geralmente sendo os mosquitos, mas também carrapatos, pulgas e outros. Este artigo trata-se de uma revisão de literatura, que visa desenvolver sobre dados estudados acerca das arboviroses de importância epidemiológica no Brasil. O artigo também busca sintetizar os principais eventos mais expressivos das arboviroses registrado na história do Brasil.

Palavras-chave: Arboviroses; Dengue; Chinkungunya; Zika; Importância epidemiológica.

INTRODUÇÃO

Houve um grande aumento nas doenças transmitidas por mosquitos vetores, em especial as arboviroses, exemplo disso, dengue, chikungunya, zika e a febre amarela, tem ocorrido em vários países do mundo. Além disso, Lopes, Nozawa e Linhares (2014), afirmam que os arbovírus que causam doenças em humanos e outros animais de sangue quente são membros de cinco famílias virais: Bunyaviridae, Togaviridae, Flaviviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae. As arboviroses são um crescente problema de saúde pública no mundo principalmente pelo potencial de dispersão, pela capacidade de adaptação a novos ambientes e hospedeiros (vertebrados e invertebrados), pela possibilidade de causar epidemias extensas, pela susceptibilidade universal e pela ocorrência de grande número de casos graves, com acometimento neurológico, articular e hemorrágico. A introdução de qualquer arbovírus em área indene ou com a presença do vetor nunca deve ser negligenciada (DONALISIO; FREITAS; ZUBEN, 2017). Além do mais, entre os anos de 1981 a 2006, o número de casos de Dengue se espalhou pelo país chegando a um total de 4.243.049 casos notificados. Nos últimos 3 anos (2015 - 2017), o Brasil sofreu com grandes epidemias de Dengue e com a emergência de arboviroses como a febre Chikungunya e febre Zika. No ano de 2015 houve uma explosão de casos de Chikungunya (38.499 casos notificados) e Zika (214.418 casos notificados) no país (LIMA-CAMARA, 2016).

Arbovírus e arboviroses estão presentes em praticamente qualquer ecossistema onde seja possível a presença de artrópodes. Embora as florestas mais densas e com maior pluviosidade sejam os ecossistemas mais ricos em arbovírus, eles podem ser encontrados também no cerrado. No Brasil, a Mata Atlântica e a floresta Amazônica são os maiores reservatórios de arboviroses. O Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), importante centro de estudos em arbovírus, isolou 187 diferentes espécies de vírus entre 1954 e 1998, a maioria no estado do Pará, Lopes, Nozawa e Linhares (2014) citam que o Brasil é constituído por uma grande extensão terrestre pouco mais de 8.500.000 km2, situado em uma área predominantemente tropical, com extensas florestas na Região Amazônica, além de florestas no leste, sudeste e litoral sul. Apresenta também uma grande região de pântano (Pantanal) no centro-oeste, uma região de savana (Cerrado), na área do planalto central, e uma região seca (Caatinga) no interior nordestino. A maior parte do País tem um clima tropical, sendo um local adequado para a existência do vetor e, portanto, para a ocorrência de arboviroses.

Existe uma escassez de posicionamento da gestão brasileira perante as arboviroses, e muitas outras doenças tropicais que são negligenciadas, pois essas ocorrências de casos ocorrem com predomínio em indivíduos de vulnerabilidades sociais, e esta falta de posição favorece a manutenção de desigualdades e dos fatores que limitam o desenvolvimento humano (RIBEIRO et al., 2019). Algumas doenças se disseminam em meios favoráveis, como as arboviroses, que são doenças causadas por vetores que têm sua presença relacionada às características ambientais existentes no local.

Diante das informações expostas, torna-se relevante este trabalho devido à importância do conhecimento para posteriormente no controle e combate eficazes das doenças em humanos causadas pelas arboviroses. O estudo teve por objetivo disseminar os conhecimentos que ainda são escassos no campo da saúde pública brasileira e, ao rever as formulações teóricas e conceituais, contribuir para pesquisas acerca das arboviroses de importância epidemiológica no Brasil.

METODOLOGIA

O trabalho desenvolvido seguiu os preceitos de uma revisão da literatura, por meio de uma pesquisa bibliográfica realizada, que, segundo Mattos (2015, p.6), “é obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno baseando-se em estudos anteriores”. Realizou-se uma busca da literatura na base de dados Scielo, LILACS, Google Acadêmico, com delimitação de tempo entre o período de 2003 a 2020. Foram selecionados 18 artigos que atenderam a temática para o estudo. Na revisão da literatura, visando aprofundar o conhecimento sobre este assunto, serão abordados questões como a transmissão das arboviroses, manifestações clínicas e as principais arboviroses emergentes no Brasil.

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