ATPS De Sistemática Vegetal I Etapa
Artigo: ATPS De Sistemática Vegetal I Etapa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: felipetadeu2011 • 25/5/2014 • 2.536 Palavras (11 Páginas) • 320 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL
Atividades Práticas Supervisionadas
Briófitas e Pteridófitas
1º Semestre/2013
INTRODUÇÃO
Os organismos do reino Plantae originaram-se a partir de ancestrais aquáticos, provavelmente do grupo de algas verdes. Assim, a história evolutiva das plantas está relacionada à ocupação gradual do ambiente terrestre e à independência de água para a reprodução.
Entre as plantas reconhecem-se quatro grandes grupos: as Briófitas, as Pteridófitas, as Gimnospermas e as Angiospermas. O presente trabalho visa a diferenciação entre os primeiros grupos de plantas: as briófitas e as pteridófitos.
Assim como as algas, as briófitas são organismos fotossintetizantes avasculares. Porém, seus gametas estão sempre protegidos por estruturas multicelulares, denominadas de arquegônios e anterídios. O arquegônio envolve a oosfera (gameta feminino), enquanto que o anterídio envolve os anterozóides (gametas masculinos). Estas estruturas protegem os gametas da dessecação e representam um avanço para sobrevivência ao ambiente terrestre. Porém, ainda são bastante dependentes da água, pois seus gametas masculinos apresentam flagelos, e precisam nadar num meio aquoso para alcançar a oosfera. São formas macroscópicas e delicadas, atingindo apenas alguns centímetros de comprimento. O gametófito constitui-se na fase dominante. Podemos reconhecer os antóceros, as hepáticas e os musgos. Estes últimos apresentam estruturas que lembram raízes, caules e folhas, porém estas não possuem xilema e floema, e portanto, não podem ser assim denominadas.
As Pteridófitas são organismos fotossintetizantes e vascularizados (presença de raiz, caule e folhas). Assim como nas briófitas, seus gametas estão sempre protegidos por arquegônios e anterídios. São geralmente maiores que as briófitas e apresentam o esporófito como fase dominante. As pteridófitas podem ser distintas das demais plantas vasculares terrestres pela ausência de sementes. Estão distribuídas em quatro filos atuais. São exemplos de pteridófitas as cavalinhas, os licopódios, as selaginelas e as samambaias. Estas últimas, geralmente possuem folhas compostas (frondes) com esporângios organizados em soros.
AS BRIÓFITAS
De todas as plantas não traqueófitas (sem vasos condutores), os musgos são as mais familiares mas existem outros grupos importantes, como os antóceros e as hepáticas. Atualmente considera-se que o termo briófita é mais corretamente aplicado aos musgos, não incluindo os restantes grupos. Por uma questão de facilidade, vamos manter a designação de briófita para todas as plantas não traqueófitas, fazendo as devidas salvaguardas sempre que necessário.
As briófitas foram as primeiras plantas a deixar o meio aquático e a colonizar o meio terrestre. No entanto, estas plantas mantêm uma grande dependência da água líquida para a sua sobrevivência, sendo, por isso, consideradas os “anfíbios das plantas”.
São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem em lugares úmidos e sombrios. Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a condução de nutrientes. Por esta razão são chamadas de plantas avasculares. Os nutrientes são transportados de célula a célula por todo o vegetal através da osmose. Por não apresentarem sistema vascular, as briófitas têm seu tamanho limitado a centímetros. O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas.
De modo geral, as briófitas são extremamente sensíveis à poluição, sofrendo uma drástica redução de variabilidade nessas zonas.
O musgos, antóceros e as hepáticas são os principais representantes das briófitas. O conjunto de musgos forma uma espécie de "tapete" esverdeado, observado comumente nos solos, muros e barrancos úmidos. Podem formar uma ampla cobertura sobre o solo, protegendo-o contra a erosão.
As briófitas não tem raízes. Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. Também não possuem verdadeiro caule. Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta vasos para a condução da seiva. Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes achatadas do caulóide.
REPRODUÇÃO:
A reprodução das briófitas apresenta duas fases: uma assexuada e outra sexuada.Os musgos verdes que podemos ver num muro úmido são plantas sexuadas que representam a fase chamada de gametófito, isto é, fase produtora de gametas.
O gametófito masculino produz gametas móveis, com flagelos, chamados de anterozóides. Já o feminino produz gametas imóveis, chamados de oosferas. Levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera. Da união de um anterozóide com uma oosfera, surge o zigoto, que, sobre a planta feminina cresce e forma um embrião, que se desenvolve originando a fase assexuada chamada de esporófito, isto é, fase produtora de esporos.
O esporófito possui uma haste e uma cápsula, no interior da qual formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode formar uma espécie de "broto" chamado de protonema. Cada protonema, por sua vez, desenvolve-se e origina um novo musgo verde (gametófito).
A RELAÇÃO DAS BRIÓFITAS COM A ÁGUA:
As briófitas enfrentam os mesmos problemas de sobrevivência que as plantas vasculares no ambiente terrestre. A água é essencial para o metabolismo, mas é um suprimento limitado errático no ambiente acima do solo. Briófitas e plantas vasculares exemplificam dois padrões alternativos de adaptação a essas condições. As briófitas têm de utilizar a água onde e quando ela está disponível acima do solo, enquanto as plantas vasculares possuem raízes e um sistema de condução eficiente.
Muitas briófitas estão confinadas a ambientes úmidos, mas algumas são capazes de tolerar
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