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Por:   •  24/10/2014  •  9.851 Palavras (40 Páginas)  •  396 Visualizações

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5. Simulação, Improvisação, Dinâmica de grupos e Trabalho em Duplas na aula de Português como Língua Estrangeira Imprimir E-mail

Escrito por Carolina Clérici - Universidad Nacional de Entre Ríos - ISSN 2316-6894

Resumo

Para se aprender a falar uma língua estrangeira é necessário falar. O tempo de fala do aluno na aula de línguas estrangeiras é reduzido, e menor no caso de turmas numerosas. Pesquisas mostram que depois de cinco ou seis anos numa aula de língua estrangeira o aluno falou, na verdade, aproximadamente duas horas. É preciso aumentar esse tempo. O presente trabalho tenta oferecer ferramentas opções para aumentar o tempo de fala do aluno e assim desenvolver sua competência comunicativa através da simulação, da improvisação, da dinâmica de grupose do trabalho em pares ou duplas.

Palavras-chave: desenvolvimento da oralidade na aprendizagem de línguas, produção oral, procedimentos para desenvolver a produção oral

Abstract

In order to learn to speak another language it is necessary to speak it. The learner’s speaking time in the classroom is reduced and yet scantier in the case of large groups. Research has shown that after five or six years of classroom work the student will have spoken for approximately two hours only. It is necessary to enhance this amount of time. The present article tries to make available some tools to improve the student speaking time and thus help develop a communicative competence through role-playing, improvisation, group dynamics and pair work.

Keywords: oral development in language learning, oral production, procedures for oral development

Introdução

Hubicka (1980), após conhecer uma estatística surpreendente, publicou um artigo pleno de sentidos para os professores de línguas estrangeiras. Disseram-lhe que, durante os cinco ou seis anos de estudo do inglês como língua estrangeira na escola, o aluno médio fala, na verdade, aproximadamente duas horas. O número de horas destinadas ao ensino da Língua Estrangeira (LE), a duração desses períodos, o tamanho da turma, o tempo gasto na administração (passar lista ou fazer a chamada, por exemplo), o tempo de fala do professor, geralmente excessivo, o tempo exíguo empregado para escutar, ler ou escrever mostra que as estatísticas estão certas – os alunos não têm muito tempo para falar a nova língua.

É preciso aumentar o tempo de fala do aluno.Levando em conta que a quantidade de horas destinadas ao estudo da língua não vai ser maior, é necessário tentarmos que a maior quantidade de alunos esteja falando ao mesmo tempo, é preciso que os alunos tenham mais tempo para se comunicar, para poderem desenvolver sua competência comunicativa.

Segundo Harmer (1995, p.50), sempre que houver comunicação, teremos uma dupla: uma pessoa que escuta (ou escreve) e uma pessoa que fala ou lê. Jakobson (1974) já havia desenhado um esquema no qual esclarece que é preciso pelo menos duas pessoas para existir comunicação. Esse tema não é novo, o que é novo (relativamente) é considerar esses aspetos ao planejarmos atividades numa aula de LE. Harmer (op.cit) considera que uma atividade comunicativa e uma atividade não-comunicativa teem as seguintes características:

Atividade Não-Comunicativa

Atividade Comunicativa

Não há desejo de comunicar

Não há propósito de comunicar

Importa a forma, não o conteúdo

Umitem linguístico por vez

Há intervenção do professor

Há controle do material

Há desejo de comunicar

Há propósito de comunicar

Importa o conteúdo, não a forma

Variedadelinguística

Não há intervenção do professor

Não há controle do material

Se analisarmos essas características, vamos perceber facilmente como a simulação, a improvisação, a dinâmica de grupos e o trabalho em duplas são atividades que visam à comunicação real entre os alunos. Quem aderir à Abordagem Comunicativa deverá começar a pensar como pode introduzi-las na aula. O porquê e o como são os eixos deste trabalho.

Semelhançase diferenças

É muito difícil estabelecer diferença entre as quatro maneiras de trabalhar na sala de aula. Às vezes, o trabalho em duplas é uma simulação, ou a dinâmica de grupos se faz em duplas, ou os alunos devem improvisar o final de uma dinâmica de grupos.

Harmer (1995, p.132) considera que o objetivo da simulação é criar o simulacro de uma situação da vida real na sala de aula: os alunos “simulam” o mundo real. O professor pede para eles fingirem que estão no supermercado ou que estão reunidos etc. O que se tenta, artificialmente, é dar aos alunos a possibilidade de praticar alíngua “em contexto”, no mundo real.

Wilkins (1979, p.80-81) afirma que tanto uma simulação quanto uma dinâmica de grupos são

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