Alcool
Tese: Alcool. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isasimoes1 • 12/5/2014 • Tese • 632 Palavras (3 Páginas) • 356 Visualizações
Quando ingerido, o álcool entra na circulação e vai ao fígado, onde sofre um processo de oxidação, transformando-se em acetaldeído, que tem
grande capacidade de difusão em todos os tecidos e líquidos corporais
Na gestante, o álcool cruza a placenta, via sangue materno, vai para o
líquido amniótico e para o feto. Em cerca de uma hora, os níveis de etanol
no sangue fetal e no líquido amniótico são equivalentes aos do sangue da
grávida. O acetaldeído, por sua vez, cruza a placenta, mas o nível dessa
substância é variável. A placenta humana tem capacidade metabólica limi
tada para metabolização do álcool e o fígado fetal também não possui um
sistema eficaz para metabolizá-lo, de tal forma que a redução dos níveis de
álcool se dá primordialmente pela sua reentrada na circulação materna.
A ingestão do álcool pela gestante provoca vários distúrbios tais como: alterações na transferência placentária de aminoácidos essenciais; hipoxia fetal crônica por vasoconstricção dos vasos placentários e umbilicais; proliferação celular indiferenciada em todo o sistema nervoso central; disfunção hormonal em todas as glândulas de secreção interna; acúmulo de etil-ésteres de ácidos graxos nos vários tecidos do feto secundário a imaturidade das enzimas hepáticas. As consequências finais são o atraso no
crescimento intrauterino e a ocorrência de malformações congênitas.
Danos fetais
Os danos pré-natais, na época da concepção e primeiras semanas, podem ser de natureza citotóxica ou mutagênica, levando a aberrações cromossômicas graves.
No 1º trimestre ocorre o risco de malformações e dismorfismo facial, pois se trata de fase crítica para a organogênese;
2º semestre há o aumento da incidência de abortos espontâneos e, no 3º
trimestre, o álcool lesa outros tecidos do sistema nervoso: o cerebelo, o hipocampo e o córtex pré-frontal. Além disso, causa retardo de crescimento
intrauterino e compromete o parto, aumentando o risco de infecções, descolamento prematuro de placenta, hipertonia uterina, trabalho de parto
prematuro e presença de mecônio no líquido amniótico, que constitui forte indicação de sofrimento fetal
Alterações neurológicas
A pior consequência da ingestão de álcool pela grávida é, sem sombra
de dúvida, o retardo mental, pois o cérebro é particularmente vulnerável
à exposição ao álcool durante a gestação. Além das alterações fenotípicas
descritas na síndrome, o álcool etílico pode produzir efeitos neurotóxicos
no sistema nervoso central dos fetos e da prole recém-nascida. Assim,
ações neurotóxicas, de um modo geral, podem ser morfológicas e/ou
funcionais, comprometendo o sistema
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