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Animais E Plantas Uma Relaçao De ?

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Por:   •  22/11/2014  •  Artigo  •  477 Palavras (2 Páginas)  •  359 Visualizações

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Estudar a interface entre plantas e animais é fundamental para compreender e conservar a biodiversidade da Terra, já que o sistema formado pelas espécies vegetais e os animais que delas se alimentam - em especial artrópodes - corresponde a mais da metade de diversidade biológica existente. Mas, enquanto as pesquisas nessa área são trabalhosas e avançam lentamente, o ritmo de degradação ambiental e a perda de biodiversidade tende a se acelerar.

A análise foi feita pelo professor Thomas Lewinsohn, do Departamento de Biologia Animal da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) durante o último dia do South American Compositae Meeting.

A reunião internacional encerrada na última quarta-feira (7//12) teve como objetivo apresentar os mais recentes desenvolvimentos na sistemática, biogeografia, evolução e conservação de Compositae na América do Sul.

Compositae é a maior família de plantas existente, também conhecida com Asteraceae. Suas quase 30 mil espécies, espalhadas em todos os continentes, nos mais variados biomas, têm um papel importante em inúmeros ecossistemas e alto interesse econômico.

A família compreende espécies de plantas conhecidas como o girassol, a alface, a margarida e o crisântemo e se caracteriza por possuir inflorescências em capítulos - um conjunto de flores reunidas em um receptáculo comum.

De acordo com Lewinsohn - que estuda desde a década de 1980 a interface entre Compositae e insetos endófagos que se desenvolvem no interior dos capítulos - a revisão do Código Florestal brasileiro, aprovada no Senado na última terça-feira (6/12), poderá contribuir para a perda de biodiversidade, atingindo particularmente o sistema que envolve essa família de plantas.

A revisão do código vem sendo criticada pela comunidade científica paulista, que já a classificou como o mais grave retrocesso ambiental em meio século.

"Determinadas áreas deverão ser mais sacrificadas por essas mudanças no Código Florestal. Áreas consideradas muito vulneráveis, que são protegidas pela versão ainda existente do código, que está sendo modificada, incluíam topos de morros, áreas em cotas acima de 600 metros, áreas com grande declividade, áreas inundáveis, dunas, restingas e áreas costeiras. As Compositae estão presentes exatamente nesses locais", disse Lewinsohn à Agência FAPESP.

A legislação continuará protegendo essas áreas, segundo Lewinsohn, mas abrirá exceção para situações consolidadas. "Situação consolidada é o novo eufemismo para situação ilegal. Uma das coisas que o novo código está fazendo é legalizar ocupações urbanas e ocupações de culturas em áreas de grande risco e áreas vulneráveis. São situações ilegais que se tornaram um fato consumado. Em vez de resolver o problema, legaliza-se o incorreto. A sinalização que foi dada é: continue infringindo a lei e aguarde a próxima anistia", afirmou.

Os estudos sobre a interface entre plantas e animais, segundo Lewinsohn, ajudam a entender a importância da conservação da biodiversidade. Por essa interface, segundo ele, passam diversos processos importantes para a manutenção dos ecossistemas e que acabam afetando diretamente a qualidade de vida humana e a capacidade de obter recursos naturais de interesse.

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