Anti-sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes

Anti-sépticos, Desinfetantes e Esterilizantes

História

O uso de anti-séptico e desinfetante evolui desde o Antigo Egito, em relação aos processos de embalsamento, inicialmente desenvolvidos com o intuito da preservação do corpo à ressurreição. Os egípcios e outros povos utilizaram varias misturas, tais como óleos voláteis, resinas oleosas, vinhos, vinagres, mel, mura, bálsamo, além do fato de os vinhos e vinagres continuarem a serem utilizados durante a Idade Média ao recobrimento de feridas e, conseqüentemente, evitando a infecção.

A descoberta do cloro na Idade Média foi amplamente utilizada como substância desodorante e anti-séptica, sendo utilizado em 1847-1849 em um hospital vienense quanto à demonstração prática da ação benéfica da anti-sepsia.

Anos mais tarde Pasteur explicou sobre a fermentação bacteriana e a existência de agentes infectantes como responsáveis por processos patológicos. Coube a Lister, em 1865, a divulgação dos métodos de esterilização de bandagens, compressas cirúrgicas, instrumental cirúrgico e anti-sepsia das feridas.

A infecção e uma resultante do desequilibro entre os microrganismos existentes em nosso organismo a as defesas naturais adquiridas pelo nosso corpo. A fim de evitar a infecção e que usamos as substancias químicas para destruir ou diminuir a quantidade de micróbios nos tecidos e materiais.

As infecções hospitalares devem ser evitadas porque acarretam perdas financeiras e comprometem todo o tratamento medico dos pacientes. Segundo estatísticas do Center of Disease Control (CDC), 5% dos pacientes que são hospitalizados adquirem uma infecção que não estava incubada nem presente no momento da internação. A prevenção das infecções hospitalares depende em parte do uso eficiente de anti-sépticos, desinfetantes e de outros procedimentos de esterilização, combinados com outras medidas que limitem a transmissão de infecções.

Do ponto de vista operacional, as substancias germicidas empregadas para diminuir os níveis de microrganismos nos tecidos e em ambientes podem ser classificadas em saneantes, anti-sépticos, desinfetantes e esterilizantes , classificação baseada na atividade local de aplicação e ação dos germicidas.

Terminologia

Assepsia é o conjunto de medidas empregadas para impedir a penetração e crescimento de germes em um ambiente, tornado-o livre de agentes infectantes.

Germicida é, no sentido amplo e útil, o agente capaz de destruir microrganismos. Os germicidas são mais bem definidos como bactericida, fungicida, virucida e amebicida .

Desinfetantes são substâncias utilizadas para destruir todas as formas de vida vegetativas de microrganismos em superfícies inanimadas. Atualmente, os mais utilizados são os halogênios e derivados, fenóis sintéticos e aldeídos. Saneante e uma espécie especifica de desinfetante que diminui as quantidades de microrganismos em ambientes e matérias a níveis considerados seguros pela saúde publica. Os principais saneantes são as soluções de hipoclorito de sódio e quaternários de amônio.

Os anti-sépticos são usados para tratamento e profilaxia antimicrobiana em tecidos e mucosas do organismo humano e animal. Há uma variedade enorme de drogas anti-sépticas, como alcoóis, ácidos, halogênios e derivados, oxidantes, corantes, sais de metais pesados, surfactantes, derivados fenólicos, biguanidas etc.

Anti-sépticos

Os agentes anti-sépticos são aqueles utilizados para destruir microrganismos ou inibir sua reprodução ou metabolismo.

É aplicado principalmente nas superfícies cutâneas de mucosas e em feridas infectadas a fim de esterilizá-las.

Sendo que em feridas vale lembrar que o uso de anti-séptico pode retardar a cicatrização podendo danificar os tecidos.

Empregos dos Anti-sépticos

Os anti-sépticos são usados quer isoladamente quer incorporados a detergentes, sabões, desodorantes, aerossóis, talcos, dentifrícios, conservantes, antiinfeciosos urinários e diversas outras preparações. São usados para matar bactérias, esporos, fungos, vírus e protozoários em infecções locais e para preparar a pele em intervenção cirúrgica.

Efeitos adversos dos anti-sépticos

Os anti-sépticos não são desprovidos de efeitos tóxicos. A aplicação tópica pode irritar a pele e as mucosas. A absorção destas drogas acarreta toxicidade sistêmica.

Tipos e Classificações

Ácido salicílico

Cristais brancos, geralmente aciculares, ou pós-cristalinos branco, esponjosos. Tem sabor a princípio adocicado, passando a acre. É estável ao ar, inodoro. Aquele obtido a partir do salicilato são de cor ligeiramente amarelada ou rósea, com um leve odor de hortelã. Pode ser natural ou sintético.

Metenamina

Pó cristalino branco, ou cristais lustrosos incolores, inodoro. Sua reação é liberada quando o composto entra em contato com suor ácido.

Usados em infecções do trato urinário, na infecção de microrganismo Proteus e o outro das Pseudomonas .

Tem de ser usado junto com ácidos (cloreto de amônia, ácido ascórbico) quando em microrganismos sai na uréia.

Cloridrato de clorexidina

É tanto desinfetante e anti-séptico de amplo espectro. Pós-cristalinos branco, fotossensíveis, pouco solúveis em água. Usado principalmente no tratamento de infecções da pele causadas por germes Gram positivos e Gram negativos. Empregado em cirurgia e higienização. Não são aconselháveis aplicar em mucosas, feridas e ulcerações profundas, por exercer ação histolítica.

Cloreto de benzalcônio

Pó amorfo ou gel branco ou branco amarelado de odor aromático e sabor amargo, solúvel em água. Exerce ação contra bactérias Gram positivos e Gram negativo, fungos e alguns protozoários. É também usado para esterilizar instrumento cirúrgico.

Como anti-séptico tópico em mucosas, pele intacta, ferida e ulcerações leves. Por ser detergente catiônico, é inativado por sabões e outras substâncias aniônicas, daí ser necessário eliminar todos os traços de sabões antes de ser aplicado.

As diluições no caso de emprego em pele intacta, feridas leves e abrasões é