Arritmia cardíaca e substâncias que induzem a anormalidade do ritmo do coração
Por: thayllacbq • 2/5/2020 • Pesquisas Acadêmicas • 1.420 Palavras (6 Páginas) • 412 Visualizações
- ARRITMIA CARDÍACA E SUBSTÂNCIAS QUE INDUZEM A ANORMALIDADE DO RITMO DO CORAÇÃO.
As arritmias cardíacas desenvolvem-se devido a frequência anormal de impulsos elétricos por qualquer parte do coração. Esses impulsos são originados por células que se denominam “miócitos cardíacos”, os quais são responsáveis pelos movimentos de contração e relaxamento do coração. Uma pessoa saudável tem em média 60 a 100 (BPM). Menos do que isso chama-se de bradicardia, e mais de taquicardia. Em algumas situações que são consideradas normais, como durante exercícios físicos de alta intensidade, estes batimentos podem ir além da média, podendo chegar a 150 BPM, por outro lado, quando alguém dorme ou está em repouso, a frequência pode ficar abaixo de 60 BPM.
Essa disfunção é causada por vários fatores, os principais estão relacionados a doenças que podem predispor o ritmo descompassado do coração e a utilização de substâncias.
1. 1. Bradicardia
A bradicardia é caracterizada pelo ritmo irregular ou lento do coração, geralmente com menos de 60 BPM. Nesse ritmo, o coração não consegue bombear o sangue rico em oxigênio de forma suficiente para determinado corpo durante uma atividade ou exercício físico. Consequentemente, o indivíduo sofre de tontura, falta de energia crônica, falta de ar, ou até mesmo de desmaios.
A respeito dos sintomas, estes surgem quando os batimentos são menores do que 50 BPM, apresentando quadros de tonturas, síncope, confusão, atividades motoras espontâneas, pode simular crise epiléptica, dor torácica, dispnéia e morte súbita, neste caso, o paciente será submetido para realizar o exame eco cardiograma imediatamente. No caso de o paciente não ter esses sintomas e seus batimentos estiverem irregulares será submetido a um exame físico que irá conter medição do pulso tanto deitado como em pé, ausculta cardíaca e pulmonar, exame neurológico e busca de sinais periféricos de baixo fluxo, pele fria e úmida, livedo, surgimento de “linhas” avermelhadas ou azuladas na pele, e cianose, descoloração azulada da pele e das mucosas.
Existem alguns tipos de bradicardia cada um com sua particularidade partindo do mesmo princípio a diminuição de sua frequência cardíaca, que são:
- A bradicardia sinusal apresenta um ritmo normal do coração, mas com bradicardia, as ondas P (de despolarização atrial), que resultam em sístole atrial ou contração atrial originadas no nó sinoatrial, fazem parte do sistema cardionector, produz seu próprio potencial de ação, geralmente é benigno, porém deve ser tratada com atropina 0,5 miligrama até dois a três miligrama pode ser efetiva e para bradicardias sinusais sintomáticas e persistentes, indica marca-passo;
- Bradicardia atrial é correlativa a bradicardia sinusal, no entanto com a onda P com uma orientação diferente da P sinusal, tornando assim difícil a diferenciação entre as duas no eletrocardiograma;
- Na bradicardia juncional, o ritmo é originado no atrioventricular, sem onda P ou com onda P retrógrada, invertida de baixo para cima;
- Bloqueio atrioventricular é a dificuldade da passagem do estímulo do nó sinusal e dos átrios para os ventrículos, existem várias formas de ser identificada, porém a eletrocardiográfica a mais comum, são classificadas em três graus: bloqueio atrioventricular de 1° grau não tem falha nos batimentos e normalmente tem um intervalo mais logo que o normal maior que 0,2 segundos;
- Bloqueio atrioventricular de 2° grau e bloqueio têm três tipos BAV, bloqueio atrioventricular, Mobitz tipo I, II e. III;
- Bloqueio atrioventricular de 3° grau onde ocorre uma despolarização atrial e ventricular e pode ser irreversível.
1. 2. Medicamentos para controlar as bradicardias
Existem alguns medicamentos que são usados para controlar o desequilíbrio de bradicardias em virtude dos efeitos que são causados no organismo pelas substâncias presentes no indivíduo, esses medicamentos possuem efeito no organismo de acordo com o quadro médico, se além do paciente apresentar a doença, ainda ser classificado como instável indicando os seguintes critérios:
- Alteração do nível de consciência, ou seja, a capacidade de uma pessoa permanecer acordada, alerta ou orientada em relação ao ambiente ao seu redor será comprometida;
- Dispneia, isto é, o sintoma que caracteriza a sensação de desconforto respiratório;
- Dor precordial, angina, que caracteriza um tipo de dor no peito causado pela redução do fluxo sanguíneo para o coração.
De certo deverá ser encaminhado à sala de emergência para que medidas na respectiva ordem sejam tomadas, medicação com o uso de Atropina, substância ativa, é a primeira opção pela disponibilidade e rapidez, sem a necessidade de diluições. Quadros de bloqueios átrio ventriculares graves muitas vezes não respondem a essa substância, assim, o uso da atropina por ser um alterador fraco, na maioria das vezes serve para ganhar tempo enquanto outras medidas são tomadas. De acordo com o Suporte avançado de vida em cardiologia, as próximas condutas podem ser:
- Recomendação da dopamina, que deve ser prescrita na dose de dois a dez µg/kg/min, nessa dose, o efeito é predominantemente adrenérgico;
- Recomendação da adrenalina, que deve ser prescrita na mesma dosagem que a dopamina, os efeitos são estimulantes e adrenérgicos, a adrenalina é mais potente para aumentar a frequência cardíaca.
- 3. Taquicardia
A taquicardia é caracterizada pela irregularidade ou aumento dos batimentos cardíacos, ultrapassando mais de 100 BPM em repouso, em casos de prática de exercícios físicos ou atletas em repouso esse aumento é considerado normal e sem nenhum prejudicial à saúde do indivíduo.
Na maior parte dos casos relatados de taquicardia os sintomas são momentâneos, no entanto em casos que o ritmo acelerado se torna frequente pode levar à falência cardíaca congestiva.
Em relação aos sintomas, geralmente os pacientes apresentam quadros de tonturas, sensação de desmaio, palpitações cardíacas, falta de ar, cansaço, dor no peito e suor em excesso, até mesmo a morte súbita. Geralmente essas manifestações variam de acordo com cada paciente e o grau da doença, o que irá determinar a gravidade do problema são os exames de medição de pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar e um eletrocardiograma, no caso de a arritmia estar instável o passo primordial será estabilizar o paciente.
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