Artes
Dissertações: Artes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: eric.maritns2010 • 26/3/2015 • 1.594 Palavras (7 Páginas) • 253 Visualizações
Faculdade Oswaldo Cruz - Faiter
Curso de Comunicação Social
Habilitação: Publicidade e Propaganda 1º ano
Fotografia
Prof.: Guilherme Vieira
Apostila 5
Conteúdo: UNIDADE II
Estudo dos componentes da linguagem fotográfica:
Enquadramento e composição
UNIDADE II
Enquadramento
O enquadramento consiste em recortar a realidade com o visor.
Uma mesma cena pode ser fotografada de inúmeras maneiras.
O posicionamento do fotógrafo diante de uma cena é o primeiro passo para o enquadramento de uma foto. Enquadrar uma cena é organizar no visor da câmera todos os elementos geométricos que formam sua realidade plástica, dispondo-os de forma clara e objetiva. O bom enquadramento portanto é a capacidade do fotógrafo de perceber geometricamente a realidade, trabalhando a dinâmica das superfícies, massas e linhas. E essa capacidade tem de ser introjetada a ponto de se transformar em algo quase instintivo, que acontece junto com o desenrolar da cena, em um diálogo simultâneo sobre as várias possibilidades de composição. Basta o fotógrafo chegar um pouquinho para o lado, levantar mais a cabeça ou se abaixar para mudar inteiramente a perspectiva da imagem, e com isso talvez até o seu significado. Os únicos ângulos que interessam para a fotografia, segundo Cartier-Bresson, são ângulos geométricos de composição da imagem. Isso quer dizer que às vezes basta um leve movimento do corpo para se obter o melhor enquadramento de uma cena.
Existem algumas regras básicas de enquadramento, tais como não cortar o pé de quem está em primeiro plano, ou a cabeça de quem está atrás; a necessidade de um primeiro plano de apoio para a tomada de grande angular, ou ainda que o personagem olhe para a câmera, no caso de retrato. Mas de fato todas as regras vêm sendo transgredidas pelo talento, uma vez que a boa foto é produto da precisa organização plástica de todos os elementos constitutivos, aí incluídos até os defeitos. A única regra definitiva é a limpeza da imagem, a não ser quando a informação principal for justamente a confusão e a desorganização.
Algumas dificuldades de enquadramento só são solucionadas pelo uso de outras objetivas ou recursos técnicos. Cada objetiva permite uma serie de soluções óticas especificas, determinando também o grau de aproximação física do fotógrafo em relação à cena enfocada.
O bom enquadramento é o resultado da conjugação dos dados de conteúdo com as soluções óticas da lente utilizada, e deve ser definitivo. O autor deve ser o único a decidir sobre como será a foto e qualquer um que recortar a foto (no ampliador ou num programa de computador) estará alterando a vontade do autor. Deve-se ter muito cuidado com o que se corta de uma foto, pois o que fica de fora não volta mais. Se o fotógrafo tem a possibilidade de ampliação manual ou acesso à programas para manipulação da imagem digital, é preferível que seu enquadramento seja um pouco mais aberto. Assim, ele pode recortar a foto depois de pronta. Agora, se o enquadramento for menor do que o desejado, o que ficou “de fora” está perdido, não se recupera.
Imagem total
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imagem imagem
cortada resultante
O ângulo em que se tira uma fotografia é muito importante, pois ele pode mudar totalmente o significado de uma foto.
Por exemplo, se uma foto é tirada de baixo para cima, o objeto fotografado parece munido de poder, grandioso. Se este objeto é fotografado de cima para baixo, ele parece fraco, em uma posição de inferioridade. Algumas fotos só são possíveis com tipos específicos de lentes e de formas de posicionamento especiais do fotógrafo, como uma foto aérea ou aquática.
O ângulo de tomada adquire uma natureza ideológica quando a posição da câmera em relação ao objeto implica uma relação de poder. Às vezes, o fotógrafo não tem a possibilidade de se posicionar da maneira que gostaria, diminuindo a quantidade de possíveis ângulos para uma foto. No enquadramento frontal, o ângulo de tomada é praticamente ignorado, como se o receptor da foto estivesse realmente no local (ou seja, a realidade aparece mais como ela é). O fotógrafo deve trabalhar o ângulo a seu favor, para produzir o sentido que deseja.
Enquanto inclui a noção de determinada proporcionalidade da figura humana dentro dele, o enquadramento é chamado de plano.
Os planos têm como função:
• Informar;
• Orientar o olhar do espectador, selecionando o que deve ser mostrado a ele;
• Criar um clima dramático;
• Criar um contexto significativo.
Os diferentes tipos de planos podem ser divididos em ambientais, de expressão corporal ou de diálogo e psicológicos ou de intimidade.
a) planos ambientais: neles, o ambiente prevalece sobre a figura humana.
• Plano Geral ou panorâmica: mostra um grande panorama. Nele a figura humana se perde, mal é reconhecida.
• Plano de Conjunto: Uma rua, uma praça, um espaço relativamente grande. A figura humana, até certo ponto, já é mais notável.
• Plano de Meio Conjunto: um canto da praça, uma sala de aula, um barzinho. As pessoas são reconhecíveis, individualmente, mas o grupo ou o ambiente prevalece.
b) planos de expressão corporal ou de diálogo: são assim denominados porque seu objeto principal é o corpo humano.
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