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Casos: Artes Online. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 2/3/2015 • 510 Palavras (3 Páginas) • 196 Visualizações
São pequenos caramujos de água doce, bastante comuns, geralmente encontrados como invasores indesejados em aquários, introduzidos inadvertidamente junto com plantas ornamentais. Bastante prolíficos, quando há alimento disponível formam grandes populações, sendo consideradas pragas pela maioria dos aquaristas. Entretanto, na maioria das vezes estas explosões populacionais são decorrentes de um excesso de alimentação, ou seja, é muito mais “culpa” do aquarista do que do caramujo em si.
Pertencem à família Physidae, com cerca de 80 espécies de distribuição mundial. Seu nome vem do grego, “Physa”, que significa bolsa ou saco, uma alusão ao formato da sua concha. São encontrados em todos os continentes, exceto Antártida. São menos cosmopolitas do que outras famílias de gastrópodes límnicos, mas têm um grau de adaptabilidade maior, sendo encontrados em maiores altitudes, e tanto em locais tropicais quanto de clima frio. Ocorrem inclusive em ambientes boreais, como pequenas lagoas da Sibéria e Canadá. Não habitam águas negras ricas em tanino, como os rios da bacia amazônica.
Assim como as demais famílias de caramujos dulcícolas, sua taxonomia é bastante confusa e controversa, muitas classificações antigas se baseavam somente em detalhes das suas conchas, levando a muitos erros de identificação. Existem artigos de revisão recentes que propõe uma nova classificação baseada na anatomia dos órgãos reprodutores, em especial o pênis (Taylor, 2003), e DNA mitocondrial (Wethington e Lydeard, 2007). Embora criteriosa, estas novas classificações ainda não são totalmente aceitas, desta forma tentaremos utilizar aqui uma classificação mista.
São caramujos de espiralização sinistra, o que significa que quando vistos por baixo (por exemplo, quando caminham no vidro do aquário), com a ponta da concha para baixo, a abertura se localiza do nosso lado direito. Têm o pé com a borda posterior pontuda, tentáculos longos e delgados. Estes detalhes permitem uma diferenciação fácil dos caramujos “Lymnaea”, com os quais são muito confundidos. Outro caramujo que pode ser confundido com o Physa é um pequeno planorbídeo, Plesiophysa (duas espécies brasileiras, P. dolichomastix com 7 mm e P. guadeloupensis de 4 mm). Geralmente a distinção é fácil, pelo formato da concha, e menor tamanho.
Semelhante aos “Ramshorn” e “Lymnaea”, são caramujos pulmonados, necessitando retornar à superfície de tempos em tempos para respirar ar. Possuem uma cavidade pulmonar revestida de manto ricamente vascularizada na porção direita do seu corpo, que utilizam para trocas gasosas. Por este motivo, sobrevivem em águas estagnadas e pobres em oxigênio. Acredita-se que sejam caramujos terrestres que tenham migrado de volta para a água, num processo evolutivo similar aos golfinhos e baleias. Como os demais pulmonados, não possuem opérculo. Estes caramujos têm duas formas de irem até a superfície, a primeira é escalando alguma planta ou outro objeto submerso. Outra forma é o chamado “spinning”, onde o caramujo libera na água um filete de muco, que percorre a coluna d´água até se fixar no filme superficial, pela tensão. Daí o caramujo “escala” este filete invisível, parecendo caminhar à meia-água. O termo “spinning” vem do nome de uma técnica de pesca, onde uma isca rotativa é usada, que é lançada e tracionada, da mesma forma que o muco do caramujo.
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