As Células da Glia ou Neuróglia

Células da Glia ou Neuróglia

No tecido nervoso há, além das células neuronais, as células neuróglicas (células da glia ou neuróglia). Essas células lábeis cumprem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios, sendo a última, sua principal função. Não possuem as propriedades dos neurônios, portanto, não são estimuladas por estímulos elétricos ou químicos e não transmitem estímulos ao longo de seus prolongamentos. Estima-se que haja no sistema nervoso central (SNC) dez células da glia para cada neurônio, mas devido ao seu reduzido tamanho, elas ocupam a metade do volume do tecido nervoso. Elas digerem em forma e função, cada uma desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do tecido nervoso,

As células da glia presentes no SNC são os astrócitos, os oligodendrócitos, as células da micróglia e as células ependimárias. No sistema nervoso periférico (SNP), há células equivalentes que alguns autores incluem na classificação de células da glia e outros consideram como uma categoria separada. Essas células são as células satélites e as células de Schwann.

Células satélites ou anficítos envolvem o pericário dos neurônios dos gânglios sensitivos e do sistema nervoso autônomo (SNA). Elas mantêm um microambiente controlado em torno do neurônio, permitindo isolamento elétrico e uma via para trocas metabólicas. Aquelas dos gânglios autônomos do intestino podem ainda participar na neurotransmissão e ajudar a coordenar as atividades dos sistemas nervoso e imune.

As células de Schwann circundam os axônios do SNP formando uma capa membranosa, chamada bainha de mielina e secretam fatores neurotóficos. Estão relacionadas à regeneração de fibras nervosas. A bainha de mielina atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio.

Os oligodendrócitos estão presentes na substância cinzenta e em muito maior quantidade na substância branca do SNC. Desempenham função equivalente à das células de Schwann, porém, formam bainhas de mielina sobre os neurônios que ficam no encéfalo e na medula espinhal.

Células ependimárias atuam como um epitélio de revestimento nas paredes dos ventrículos cerebrais, no aqueduto cerebral e no canal central da medula espinal. Nos ventrículos cerebrais, um tipo de célula ependimária recobre tufos de tecido conjuntivo, que se projetam da pia-máter, constituindo os plexos corióideos, estruturas responsáveis pela formação do liquor cefalorraquidiano.

Astrócitos ligam os neurônios aos capilares sanguíneos e a pia-máter. As suas principais funções são a sustentação e isolamento. Estas células participam também da regulação de diversas atividades neuronais. Podem influenciar a atividade e a sobrevivência dos neurônios, devido à sua capacidade de controlar constituintes do meio extracelular, absorver excessos localizados de neurotransmissores e sintetizar moléculas neuroativas. Dividem-se em, astrócitos protoplasmáticos localizados na substância cinzenta e possuem prolongamentos mais espessos e curtos que se ramificam muitas vezes. E em, astrócitos fibrosos  que é encontrado na substância branca e possui prolongamentos finos e longos que se ramificam pouco.