Aspectos Epidemiológicos
Tese: Aspectos Epidemiológicos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: welson • 4/5/2013 • Tese • 1.498 Palavras (6 Páginas) • 411 Visualizações
Ofidismo) Aspectos Epidemiológicos
1. Aspectos Epidemiológicos
Dentre os acidentes por animais peçonhentos, o ofidismo é o principal deles, pela sua freqüência e gravidade. Ocorre em todas as regiões e estados brasileiros e é um importante problema de saúde, quando não se institui a soroterapia de forma precoce e adequada.
Agentes Causais: são 4 os gêneros de serpentes brasileiras de importância médica (Bothrops, Crotalus, Lachesis e Micrurus) compreendendo cerca de 60 espécies. Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:
as serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno, localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais), essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas.
presença de fosseta loreal - com exceção das corais, as ser-pentes peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor, denominado fosseta loreal. Vista em posição frontal este animal apresentará 4 orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a denominação popular de "cobra de quatro ventas".
as corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção à regra acima referida, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando coloração viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa.
as serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em todos os ambientes, particularmente próximos às coleções líquidas, têm coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas por "cobras d'água", "cobra cipó", "cobra verde", dentre outras numerosas denominações. Estão relacionadas, abaixo, as espécies consideradas de maior importância médico-sanitária, em face do número ou da gravidade dos acidentes que provocam, nas diversas regiões do país.
Grupo Botrópico: apresentam cabeça triangular, fosseta loreal, cauda lisa e presa inoculadora de veneno.
Serpentes do Grupo Botrópico de importância médica
NOME CIENTÍFICO
NOMES POPULARES
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
B. alternatus (1)
urutu urutu-cruzeira cruzeira
RS, SC, PR, SP, MS e MG
B. atrox (2)
surucucurana
jararaca-do-norte
combóia
jararaca-do-rabo-branco
AC, AM, RR, PA, AP, MA, RO, TO, CE e MT (áreas de floresta)
B. erythromelas (3)
jararaca-da-seca
PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA e MG (áreas xerófitas/caatinga)
B. jararaca (4)
jararaca jararaca-do-rabo-branco
BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS
B. jararacuçu (5)
jararacuçu
BA, ES, RJ, SP, PR, MG, MT e SC
B. leucurus (6)
BA
B. moojeni (7)
jararacão
jararaca
caiçaca
PI, TO, DF, GO, MG, SP, MT, MS e PR
B. neuwiedi (8)
jararaca-pintada
Em todo o país, exceto Amazônia
(1) Poucos relatos de casos. Acidentes graves
(2) Até o presente, é a espécie responsável pela maioria dos registros de acidentes na Amazônia.
(3) Os distúrbios de coagulação são as manifestações mais comumente registradas. Acidentes com poucas alterações locais, geralmente benignos.
(4) Principal agente causal nos estados de MG, ES, RJ e SP. Casos graves ou óbitos são pouco freqüentes.
(5) Acidentes relatados, principalmente em SC. Acidentes graves com casos fatais.
(6) Causa freqüente de acidentes atendidos na cidade de Salva-dor, BA.
(7) Responsável pela maioria dos registros de acidentes no oeste de SP, oeste de MG e dos atendimentos em Goiânia/GO
(8) Amplamente distribuída pelo território nacional, com exceção da Amazônia. Acidentes geralmente com bom diagnóstico.
Grupo Crotálico: cabeça triangular, presença de fosseta loreal, cauda com chocalho (guizo) e presa inoculadora de veneno.
Serpentes do Grupo Crotálico de Importância Médica
NOME CIENTÍFICO
NOMES POPULARES
DISTRIBUIÇÃO
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