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Aves Migratorias

Seminário: Aves Migratorias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  22/9/2014  •  Seminário  •  2.111 Palavras (9 Páginas)  •  281 Visualizações

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Migração de aves

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Corredores de migração de aves, segundo Thompson D. and Byrkjedal, Shorebirds. Colin Baxter, 2001

Espécime de Ciconia ciconia em voo

As migrações são fenómenos voluntários e intencionais com carácter periódico com o objectivo de encontrar alimento e boas condições meteorológicas. Este comportamento não deve ser confundido com as deslocações ocasionais ou com os movimentos dispersantes.

Os factores que desencadeiam as migrações são pouco conhecidos. Em muitas aves observa-se o aumento das várias hormonas que iniciam o processo pré-migratório onde se pode observar a engorda e o crescimento das gónadas. Essas alterações das concentrações hormonais podem ser induzidas por modificações externas como a variação do número de horas de dia, a escassez de alimentos ou das modificações climatéricas.

Durante as migrações algumas aves orientam-se principalmente através da capacidade extraordinária de reconhecer características topográficas, como rios, arvores ou características do litoral. Noutras espécies a migração, durante o dia, parece ser orientada principalmente pela posição do sol e durante a noite pelo eixo estrelar de rotação. Extraordinariamente ainda existem outras espécies que se orientam principalmente através do campo magnético terrestre (esta capacidade foi comprovada através da desorientação dessas aves quando expostas a campos magnéticos artificiais). Quando as condições climatéricas, ou outras, não são favoráveis as aves podem mudar o modo como se orientam. Sabe-se que as aves juvenis ainda não têm o sentido de orientação muito bom, pelo que não é muito raro observar indivíduos juvenis perdidos, enquanto que os indivíduos mais velhos, mesmo quando recolhidos e soltos em outros locais, conseguem orientar-se, mudar a rota e chegar ao sítio certo. Ainda não se sabe muito sobre a orientação das aves, exemplos como o caso de uma pardela que, nos anos cinquenta, foi deslocada da sua toca numa ilha ao largo do País de Gales para ser libertada a quase 5000 quilómetros do outro lado do Atlântico, perto de Bóston. Em apenas 12 dias regressou para a sua toca, tendo inclusivamente chegado antes da carta que os investigadores tinham enviado para o Reino Unido a avisar da libertação da ave. Para fazer este percurso foi necessário, para além de conhecer o local do seu ninho e a orientação dos pontos cardeais, saber a localização exacta onde estão, mesmo que nunca tenham lá estado; esse mecanismo de localização permanece ainda um mistério.

Para as aves conseguirem finalizar as migrações necessitam, para além do sentido de orientação, de varias estratégias como voar apenas de noite aproveitando o dia para se alimentar, ou voar durante o dia para aproveitar as correntes térmicas diminuindo esforço físico ou, acumular reservas de gordura que permite percorrer grandes percursos sem paragens para se alimentar ou, ainda, como os passeriformes, percorrer pequenas distancias diárias, parando frequentemente para se alimentarem.

Muitas aves nidificam em Portugal durante o tempo mais quente e durante o inverno deslocam-se para o norte de África ou ate à África tropical (também conhecida como África subsaariana), mas também há outras que se deslocam de locais a norte de Portugal e passam o inverno em Portugal.

Em muitas das espécies pode existir uma percentagem de indivíduos que são residentes e outra migradoras, um exemplo é a cegonha-branca (Ciconia ciconia) que possui um comportamento endémico da Costa Vicentina: nidifica em rochedos e falécias litorais.

Muitas aves apenas passam por Portugal. Portugal tem uma localização relativamente periférica, no que toca a migradores terrestres. Mesmo assim, como varias espécies se guiam pela linha de costa, existem locais em que se podem observar grandes números de aves migradoras. As zonas húmidas costeiras são locais particularmente adequados para a observação de aves migradoras, uma vez que estas as utilizam para se alimentarem e repor energias antes de prosseguirem viagem. Pela região da ponta de Sagres passam anualmente alguns milhares de aves migradoras, com destaque para as planadoras, como sejam as aves de rapina ou as cegonhas. Dos cabos podem-se ainda observar as migradoras marinhas.

Dependendo das rotas e do modo como cada espécie aviaria migra, são agrupadas em planadoras, marinhas e passeriformes migradores.

Gansos-de-faces-brancas em migração

Índice

1 Aves migradoras planadoras

1.1 Protecção legal

2 Aves migradoras marinhas

2.1 Protecção legal

3 Passeriformes migradores

3.1 Protecção legal

4 Ameaças das Aves Migradoras

5 Referências

6 Ligações externas

Aves migradoras planadoras

Espécime de Pandion haliaetus em voo

Aves planadoras são aves que utilizam essencialmente o voo planado para se deslocarem. Sob esta definição incluem-se os grous, as cegonhas e as aves de rapina diurnas.

O aproveitamento das correntes térmicas (correntes de ar aquecido pela energia solar que sobem graças a diminuição da densidade) permite a estas aves percorrer grandes distâncias com um dispêndio mínimo de energia, mas implica que as migrações ocorram durante o dia. Sobre as grandes massas líquidas a intensidade das correntes térmicas é bastante menor, daí que estas aves evitem fazer grandes deslocações sobre as águas. A dependência das correntes térmicas varia de espécie para espécie e está relacionada com a superfície alar.

As aves que invernam em África têm de atravessar a barreira natural constituída pelo Mar Mediterrâneo. Para as espécies que não dependem das correntes térmicas a migração é, de forma geral, efectuada segundo uma frente ampla e a travessia pode ser feita praticamente a partir de qualquer ponto da costa. São os casos, por exemplo, da Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) ou dos tartaranhões Circus sp.. Para as espécies que dependem das correntes térmicas, as poucas centenas de quilómetros que separam a Europa

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