BIOPRODUTO DERIVADO DO PROCESSO FERMENTATIVO DE PROTOTECA MORIFORMIS, ORGANISMO GENETICAMENTE MODIFICADO E MELHORADO
Por: Helder Jolair Sarturi • 2/3/2016 • Trabalho acadêmico • 4.312 Palavras (18 Páginas) • 479 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
BIOPRODUTO DERIVADO DO PROCESSO FERMENTATIVO DE PROTOTECA MORIFORMIS, ORGANISMO GENETICAMENTE MODIFICADO E MELHORADO
DISCENTE: HELDER JOLAIR SARTURI
CUIABÁ, MT
OUTUBRO/2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE NUTRIÇÃO
CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
BIOPRODUTO DERIVADO DO PROCESSO FERMENTATIVO DE PROTOTECA MORIFORMIS, ORGANISMO GENETICAMENTE MODIFICADO E MELHORADO
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Prof. Eduardo Eustáquio de Souza Figueiredo
CUIABÁ, MT
OUTUBRO/2015
INTRODUÇÃO
Atualmente chegamos a cerca de 7,3 bilhões de pessoas no mundo (ONU, 2015), com perspectivas de aumento da população no próximos anos, 9,7 mil milhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100, (ONU DESA, World Population Prospects; 2015). Esta realidade mostra que para suprir as necessidades alimentícias da população mundial, é importante aumenta a produtividade e ou melhorar as condições dos alimentos tornando-os mais nutritivos.
Uma das alternativas para este possível caos é a utilização de técnicas de engenharia genéticas na obtenção de alimentos mais resistente, nutritivo, com alto rendimento, os quais aumentariam a produtividade e supririam parte da população mundial. Historicamente, o homem tem modificado profundamente a forma e as características da maioria das espécies cultivadas. Estas mudanças foram amplamente realizadas com o intuito de promover uma melhor adaptação e aumento de produtividade num contexto de campos cultivados em contraste ao ambiente natural, de forma que as metodologias disponíveis para atingir tais melhorias, fossem elas aumento da produtividade ou mudanças na qualidade dos alimentos, cresceram dramaticamente em número e sofisticação técnica (BARLING, et al, 1999; BELZILE, et al, 2002).
A biotecnologia, definida como o conjunto de processos tecnológicos que permitem a utilização de material biológico para obtenção de bens e/ou serviços com finalidade econômica, vem sendo sistematicamente aplicada no aperfeiçoamento da agricultura (Capalbo et al. 2009).
Os OGMs surgiram em 1973 quando os cientistas Cohen e Boyer, que coordenavam um grupo de pesquisas em Stanford e na University of Califórnia davam o passo inicial para o mundo da transgenia. Eles conseguiram transferir um gene de rã para uma bactéria, o primeiro experimento ocorrido com sucesso usando a técnica do DNA recombinante. Essa técnica posteriormente passou a ser chamada de engenharia genética (Alves, 2004). De acordo com Furtado (2003) “Essa conquista tem sido comparada à domesticação do fogo e à descoberta da fissão nuclear, entre outros eventos de grande impacto sobre o destino humano”.
Os organismos geneticamente modificados (OGMs) são manipulados de modo a favorecer características desejadas pelo homem, sofrendo alterações no genoma realizadas através da tecnologia do DNA recombinante ou engenharia genética (Xavier, 2009). Segundo o mesmo autor, estas técnicas, referentes à biotecnologia, vêm apresentando um desenvolvimento rápido, o que tem contribuído para a obtenção de novos produtos, antes considerados impossíveis.
Os OGMs, são organismos que foram modificados com a introdução de um ou mais genes (da mesma espécie ou não), por meio de técnica de engenharia genética (Alves, 2004). Segundo o mesmo, a palavra transgênico é utilizada para designar um ser vivo que foi modificado geneticamente, recebendo um gene ou uma seqüência gênica de um ser vivo de espécie diferente.
A transgenia é um caso particular de modificação genética em que uma sequência de DNA, total ou parcial, de um organismo (exógeno) é transferida para outro organismo de espécie distinta daquele, portanto sexualmente incompatível (Capalbo et al. 2009).
Os organismos transgênicos podem ser classificados em três gerações, segundo a ordem cronológica de aparecimento das culturas e a característica apresentada por cada geração (Guerrante, 2003).
1ª Geração- estão reunidas as plantas geneticamente modificadas com características agronômicas resistentes a herbicida, a pestes e a vírus. Formam o primeiro grupo de plantas modificadas. Foram disseminadas nos campos na década de 80 e até hoje compõem o grupo de sementes GMs mais comercializadas no mundo.
2ª Geração- Nesse grupo estão incluídas as plantas cujas características foram melhoradas tanto quantitativamente como qualitativamente. Compreende um grupo de plantas pouco difundido no mundo, porém, os campos experimentais já são significativos.
3ª Geração- Representado por um grupo de plantas destinadas à síntese de produtos especiais, como vacinas, hormônios, anticorpos e plásticos. Estes vegetais estão em fase de experimentação e brevemente estarão no mercado.
Os primeiros experimentos com cultivos geneticamente modificados (GM) foram feitos em 1986, nos Estados Unidos e na França (Santos, 2001). A utilização de cultivos GM para fins comerciais e em grande escala iniciou-se em 1996, nos Estados Unidos, com a introdução da soja RR (soja tolerante ao herbicida glifosato). Em 2007, os cultivos GM estavam presentes em 23 países, os quais têm grande peso na economia regional e mundial, sendo 11 países desenvolvidos e 12 em desenvolvimento (James, 2008).
O Brasil é um país com grande potencial para o desenvolvimento da biotecnologia agrícola, detentor de uma mega biodiversidade que é fonte de um grande número de moléculas para prospecção (genes, peptídios e metabólitos). Aliado a isso, o país possui um forte sistema nacional de pesquisa agrícola voltada para o melhor aproveitamento de suas vantagens naturais: clima tropical e subtropical, diferentes biomas e germoplasma selecionado e adaptado de grande variabilidade (Valois, 2001; Traxler, 2000).
Para disponibilizar à sociedade produtos seguros obtidos pela biotecnologia, uma avaliação de biossegurança dos produtos gerados deve ser rigorosamente estruturada e executada. Esta avaliação dimensiona riscos potenciais e suas probabilidades de ocorrência. Os riscos potenciais incluem aspectos ambientais e efeitos sobre a saúde humana e animal (Capalbo et al. 2009).
REVISÃO DE LITERATURA
As algas eucarióticas são conhecidas como os mais primitivos representantes do reino Plantae. As algas do gênero Prototheca foram descritas em 1894 pela primeira vez, morfológica e fisiologicamente, por Krüger (1894), são microrganismos unicelulares semelhantes às algas do gênero Chlorella. As duas espécies denominadas na ocasião como Prototheca zopfii e P. moriformis, embora fossem diferenciadas principalmente pela ausência de clorofila em sua composição, apresentavam semelhanças quanto à morfologia e forma de reprodução do gênero Chlorella (SUDMAN, 1974; PORE et al., 1983). As algas do gênero Prototheca perderam, durante a filogênese, o pigmento clorofila e a capacidade de realizar a fotossíntese, havendo mudança para uma nutrição heterotrófica (COSTA et al., 1992).
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