BIOÉTICA DISCUTE USO DA INFORMAÇÃO DO GENOMA HUMANO
Seminário: BIOÉTICA DISCUTE USO DA INFORMAÇÃO DO GENOMA HUMANO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: limalimasil • 16/9/2013 • Seminário • 396 Palavras (2 Páginas) • 710 Visualizações
BIOÉTICA DISCUTE USO DA INFORMAÇÃO DO GENOMA HUMANO
O avanço das biociências, nos últimos anos, tem levado as descobertas no campo da genética a
um destaque constante na imprensa internacional. O projeto Genoma Humano, já conta com um
considerável acervo de informações, algumas públicas e abertas - envolvendo redes de
universidades e centros de pesquisa - e outras fechadas a empresas privadas de biotecnologia.
Ao mesmo tempo em que geram expectativas em relação à cura de doenças ou produção de
medicamentos para combatê-las, as pesquisas envolvendo o genoma humano também suscitam
discussões sobre a ética tanto na coleta de dados quanto no uso que se faz das informações
genéticas obtidas nos estudos.
"Há anos biocientistas vêm proclamando que o carro-chefe da luta pelos direitos humanos no
século XXI seria o lema: 'Nossos genes nos pertencem'", diz a médica e pesquisadora Fátima
Oliveira, que trabalha como bolsista da Fundação MacArthur em um projeto de divulgação e
popularização da bioética. Ela menciona casos de patenteamento de DNA de indígenas em 1995,
nos EUA, usado em pesquisa e desenvolvimento de remédios para doenças como a leucemia. A
pesquisadora cita também a venda de DNA de indígenas brasileiros feita em 1996 pela empresa
norte-americana Coriell Cell e a venda das informações genéticas de toda a população da
Islândia, feita pelo próprio governo do país, em 2000, para a empresa norte-americana DeCode.
O interesse dos pesquisadores pelo DNA de determinadas populações está ligado ao grau de
isolamento ou de contato com outros povos. No caso da Islândia, em quase mil anos, a entrada
de novos imigrantes no país foi muito pequena. Para os pesquisadores, isso representa uma
população mais "homogênea", pois a ascendência de um islandês se mantém islandesa por
várias gerações. Eles esperam, com o estudo do DNA da população, descobrir as causas de
doenças genéticas que atingiram gerações passadas de islandeses.
Em relação a povos indígenas, um dos objetivos do estudo do seu DNA é tentar verificar se
certas etnias são mais resistentes a determinadas doenças. Mas esse tipo de pesquisa sempre
esbarra em questões éticas delicadas. "São de domínio público uma série de atitudes antiéticas
de cientistas do PDGH [Projeto da Diversidade do Genoma Humano] na coleta de DNA, sem
consentimento, de populações indígenas", afirma Oliveira. "A
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