Biomas Brasileiros: Cerrrado
Por: Larissa Chavantes • 15/10/2016 • Trabalho acadêmico • 820 Palavras (4 Páginas) • 417 Visualizações
Introdução.
O cerrado foi incluído na lista das 25 regiões mais ricas em biodiversidade e ameaçadas do planeta. É a maior savana sul-americana, onde vivem 10.400 espécies de plantas (cerca de metade delas exclusivas) e outros milhares de animais – só de insetos são mais de 90 mil. Dono de uma beleza hostil à primeira vista, o cerrado é também o menos protegido dos ecossistemas brasileiros, com menos de 1,2% em áreas de conservação, é a maior fronteira agrícola do Brasil. O cerrado é o segundo maior ecossistema brasileiro – ocupa 22% do território e só perde para a Amazônia -, mas sua história de devastação e recente. Começou há cerca de 40 anos. O cerrado é um mosaico de tipos de flora, fauna e relevo. Hoje, porém, mais de 70% de sua área foram alteradas e cientistas estimam que só 20% guardem características originais.
O Centro-Oeste é a segunda maior região brasileira, com uma extensão de 1.604.852 quilômetros quadrados, equivalentes a 19% do território nacional. Sua localização geográfica confere-lhe certas particularidades. Ela é a única das regiões brasileiras a fazer limites com as outras quatro (Norte, Nordeste, Sudeste e Sul). Além disso, possui fronteiras internacionais com dois países: a Bolívia e o Paraguai. É a área mais tipicamente tropical do país, com paisagens únicas e inconfundíveis, como as chapadas recobertas pela vegetação do cerrado.
Genericamente, pode-se dividir a vegetação original encontrada no Centro-Oeste em dois grandes tipos: as formações campestres, em que se destaca o cerrado, que domina amplas áreas da região; e as formações florestais, em que o destaque fica para as florestas úmidas encontradas no norte do Mato Grosso.
A vegetação original da região foi alterada e reduzida drasticamente por força da ação do homem. Por isso, o que encontramos nos dias atuais são agrupamentos florestais primários (onde a ação antrópica não ocorreu, ou aconteceu em pequena escala), agrupamentos secundários (formações florestais muito alteradas pela ação humana) e, por fim, o cerrado, muito afetado pelas queimadas e pela intensa utilização de seus solos em atividades agropastoris.
Em principio, a ocorrência de formações florestais ou campestres é explicada pela maior ou menor umidade. No norte de Mato Grosso, onde o período seco é curto, a vegetação é florestal, e nas áreas onde a estiagem é mais prolongada, predomina o cerrado.
Todavia, ocorrem também na região as chamadas “áreas de tensão ecológica”, nas quais outros elementos da natureza, tais como a formação geológica das rochas, a forma e a disposição do relevo e os tipos de solo, têm papel semelhante ao clima para explicar a diversidade vegetal. Essas áreas de tensão ecológica constituem zonas de transição entre duas ou mais formações vegetais. São encontradas, principalmente, no norte do Centro-Oeste – transição entre cerrado e a floresta amazônica – no centro-sul de Goiás e no Pantanal.
Sobrepondo-se a isso, temos ainda uma intensa ação antrópica, que afetou sobremaneira as formações vegetais originais de determinadas áreas.
O cerrado é a formação vegetal característica do Centro-Oeste. Ela é composta de pequenas árvores, arbustos e vegetação herbácea. Os arbustos, árvores de pequeno porte, possuem troncos com casca grossa e galhos retorcidos e constituem a feição mais típica desse tipo de vegetação. Embora possa parecer que o aspecto pobre e triste do cerrado seja explicado pelo período seco relativamente longo, o fator fundamental é a falta de fertilidade natural dos solos, que pode ser agravada pela ação do fogo, dos cupins e a lixiviação (isto é, da lavagem da camada superficial do solo pelas intensas chuvas tropicais). O fogo, durante a estação seca, pode se propagar por combustão espontânea ou pela ação do homem, resultando na queima das raízes das espécies vegetais e contribuindo para degradá-las: os cupins destroem frutos, sementes e raízes; a lixiviação empobrece ainda ais o solo, tornando-o ácido.
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