CANCER DE MAMA
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CEFPS
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E SERVIÇOS
CURSO DE TÉCNICO EM ENFERMAGEM
CANCER DE MAMA:
A CURA É POSSÍVEL, CONHECER É NECESSÁRIO.
CAICÓ/RN
2014
FERNANDA ALVES MOTA
JAINARA SILVA DANTAS
CANCER DE MAMA
A CURA É POSSÍVEL, CONHECER É NECESSÁRIO.
Trabalho apresentado a Professora da disciplina Metodologia do Trabalho Cientifico e da pesquisa em saúde do curso Técnico em Enfermagem do Centro de Formação Profissional e Serviços, vinculada a linha de pesquisa assistência de enfermagem nas diversas especialidades como requisito para avaliação da disciplina.
Orientadora: Kledyanne Cristina
CAICÓ/RN
2014
DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todos os nossos familiares que foram importantes para nós em todo o trajeto de nossas vidas e sem as quais talvez não tivéssemos conseguido alcançar nossos objetivos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos principalmente a Deus, pelo dom da vida, como também nossos pais, amigos, nossos colegas e professores pela força que nos deram, e em especial a professora da referida disciplina, Kledyanne Cristina, que a todo instante nos dá incentivo e força para que continuemos essa batalha.
EPIGRAFE
“Desistir”... Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério. É que tem chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.
Cora Coralina
SUMÁRIO
1– INTRODUÇÃO........................................................................................... 8
2-DIAGNÓSTICO........................................................................................... 9
3 – TIPOS DE CÂNCER DE MAMA........................................................... 10
3.1- Tumor invasivo ou não........................................................................... 10
3.2 – Avaliação Imunoistoquímica................................................................ 10
3.3 – Tipo histológico..................................................................................... 11
4 – ESTADIAMENTO DA DOENÇA........................................................... 12
5 –FATORES DE RISCO.............................................................................. 13
5.1 – Histórico familar.................................................................................... 13
5.2 – Idade......................................................................................................... 13
5.3 Menstruação precoce........................................................................................... 13
5.4 Menopausa Tardia............................................................................................... 14
5.5 Reposição Hormonal............................................................................................ 14
5.6 Colesterol Alto...................................................................................................... 14
5.5- Reposição Hormonal................................................................................ 14
5.6- Colesterol Alto......................................................................................14
5.7- Obesidade..............................................................................................14
5.8- Ausência de Gravidez..........................................................................14
5.9- Lesões de Risco.....................................................................................14
6- TRATAMENTO......................................................................................15
7- CONCLUSÃO.........................................................................................16
8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................17
ANEXOS.......................................................................................................18
INTRODUÇÃO
O câncer de mama é um assunto sempre muito abordado pela mídia, pois se trata de um dos tumores mais temidos pelas mulheres devido a sua ocorrência crescente e seus efeitos, que afetam psicologicamente, sexualmente e fisicamente a vida de muitas mulheres.
Apesar de ter cura quando descoberto em fase inicial, no Brasil, o câncer de mama vem crescendo de forma alarmante sendo o que mais causa a morte entre as mulheres, seus sintomas muitas vezes são silenciosos, pois o câncer de mama não dói, porém é possível identificá-lo através de nódulos ou alterações na mama, apesar de toda informação veiculada, algumas mulheres acreditam em muitas crendices populares, comprometendo dessa forma um diagnóstico precoce, dificultando e retardando o tratamento, esteja atenta a essas informações sobre o que são realmente verdades e o que é mito sobre câncer de mama.
Pessoas com histórico de câncer de mama na família têm cerca de 80% de chances a mais de desenvolverem a doença, para estas os cuidados com a prevenção devem ser redobrados. Infelizmente nenhuma mulher está imune ao câncer, mesmo aquelas que não tenham histórico de doença na família, portanto é mito pensar que quem não tem herança genética não desenvolverá a doença, as chances de risco caem de 80% para 12%, mas os cuidados com a prevenção devem ser mantidos sempre. Por isso exames como a mamografia, por exemplo, devem ser feitos ao menos uma vez por ano, pois é o principal meio para um diagnóstico eficaz e precoce da doença, para mulheres com histórico familiar deve ser feito a partir dos vinte e cinco anos de idade, fora isso esse exame deve fazer parte da rotina médica feminina a partir dos quarentas anos, o autoexame é de extrema importância, porém sozinho não basta, pois não é capaz de identificar os vários tipos de tumores, sendo necessário consultar um médico para realizar exames clínicos e a mamografia. (Rafael Kaliks, oncologista clínico do Albert Einstein e Diretor Científico do Instituto Oncoguia- 2014)
2. DIAGNÓSTICO
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente.
A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram.
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. Entretanto, ele não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde por meio da palpação e, menos ainda, a mamografia.É fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.
A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Em geral são feitas duas chapas de cada mama: uma de cima para baixo e uma de lado. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame. Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.
Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009, toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade. Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.
Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem que podem ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama. Nesse material da biópsia é que a equipe médica identifica se as células são tumorosas ou não. Caso seja feito o diagnóstico, os médicos irão fazer o estudo dos receptores hormonais para saber se aquele tumor expressa algum ou não, além de sua classificação histológica. O tratamento para o câncer de mama vai ser determinado pela presença ou ausência desses receptores na célula maligna, bem como o prognóstico do paciente.
3. TIPOS DE CANCER DE MAMA
Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico para o câncer de mama leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão):
3.1 Tumor invasivo ou não
Um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos - a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo. Já o câncer de mama invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer de mama in situ tem potencial para se transformar em um câncer de mama invasor.
3.2 Avaliação Imunoistoquímica
Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio. Existem três tipos de receptores hormonais para o câncer de mama: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando o câncer de mama.
A progesterona e o estrógeno são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver. Já o HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando que chegou o momento da divisão celular. Na mama, cada célula possui duas cópias do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas células. Porém, em algumas pacientes com câncer de mama, ocorre o aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células da mama. Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células.
3.3 Tipo histológico
O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer de mama. Os tipos histológicos de câncer de mama se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. Os tipos mais básicos de câncer de mama são:
• Carcinoma ducta in situ: é o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. Ele afeta os ductos da mama, que são os canais que conduzem leite. O câncer de mama in situ não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, mas pode ser multifocal, ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na mesma mama. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
• Carcinoma ductal invasivo: ele também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer de mama do tipo ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos. Esse carcinoma pode crescer localmente ou se espalhar para outros órgãos por meio de veias e vasos linfáticos. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
• Carcinoma lobular in situ: ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de invasão dos tecidos adjacentes. É um tipo de câncer de mama que frequentemente é multifocal. O carcinoma lobular in situ representa de 2 a 6% dos casos de câncer de mama.
• Carcinoma lobular invasivo: ele também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar. Geralmente apresenta receptores de estrógeno e progesterona na superfície das células, mas raramente a proteína HER-2.
• Carcinoma inflamatório: raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a mais rara. O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na mama e frequentemente tem uma grande extensão. O câncer de mama do tipo inflamatório também começa nas glândulas que produzem leite. As chances dele se espalhar por outras partes do corpo e produzir metástases são grandes.
• Doença de Paget: é um tipo de câncer de mama que acomete a aréola ou mamilos, podendo afetar os dois ao mesmo tempo. Ele representa de 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma mamário, sendo portando uma forma mais rara. Ele é caracterizado por alterações na pele do mamilo, como crostas e inflamações – no entanto, também pode ser assintomático. Existem duas teorias para explicar a origem da doença de Paget da mama: as células tumorais podem crescer nos ductos mamários e progredir em direção à epiderme do mamilo, ou então as células tumorais se desenvolvem já na porção terminal dos ductos, na junção com a epiderme.
4. Estadiamento da doença
O câncer de mama é dividido em quatro estadios ou estágios, conforme a extensão da doença, que vão do 0 ao 4:
• Estadio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre curável;
• Estadio 1: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila;
• Estadio 3: nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo;
• Estadio 4: tumores de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há comprometimento das glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticado em estadio 3 ou 4.
5. Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:
5.1 Histórico familiar
Os critérios para identificar o risco genético que uma mulher tem de sofrer um câncer de mama são:
• Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
• Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
• Dois parentes de primeiro grau com câncer de mama, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
• Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
• Um parente de primeiro grau com câncer de mama e um ou mais parentes com câncer de ovário
• Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
• Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama
• E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário.
5.2 Idade
As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas de câncer de mama. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente.
5.3 Menstruação precoce
A relação entre menstruação e câncer de mama está no fato de que é no início desse período que o corpo da mulher passa a produzir quantidades maiores do hormônio estrógeno. Esse hormônio em quantidades alteradas facilita a proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor. Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células mamárias, maior é a probabilidade de um tumor. Se a primeira menstruação ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno por mais tempo no decorrer da vida.
5.4 Menopausa tardia
A lógica nesse caso é a mesma do caso acima - enquanto a menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.
5.5 Reposição hormonal
Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Mas essa reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona - pode aumentar as chances de câncer de mama. Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário. Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada.
5.6 Colesterol alto
O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.
5.7 Obesidade
O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno. O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30. A redução de apenas 5% do peso já cortaria quase pela metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos de câncer de mama. A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima do peso entre 50 e 75 anos de idade.
5.8 Ausência de gravidez
Mulheres que nunca tiveram filhos têm mais chances de ter câncer de mama devido a ausência de amamentação. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea.
5.9 Lesões de risco
Já ter apresentado algum tipo de alteração na mama não relacionada ao câncer de mama também pode aumentar as chances do surgimento de tumores. Dessa forma, pequenos cistos ou calcificações encontrados na mama, ainda que benignos, devem ser acompanhados com atenção. Pacientes que já tiveram câncer de mama têm mais chances de apresentar outro tumor - nesse caso, o câncer de mama é chamado de câncer recidivo, ou um câncer de mama que sofreu uma recidiva.
6. TRATAMENTO
Os tratamentos para o câncer de mama resumem-se em clínicos e cirúrgicos. Os cirúrgicos envolvem os tratamentos conservadores, aqueles que preservam a mama como as tumorectomias, quadrantectomias e os radicais - conhecidos como mastectomias. A maioria dos cânceres de mama podem “metastatizar” para a axila, portanto a avaliação axilar pode ser feita através do linfonodo axilar ou dissecção axilar quando a sentinela possui células neoplásicas. Hoje em dia, há uma modalidade conhecida como oncoplásticas, ou seja, tratamentos conservadores que usam técnicas de cirurgia plástica para o tratamento do câncer de mama.
Com isso obtém-se um tratamento oncologicamente eficaz e permite-se um efeito estético satisfatório para a paciente, mesmo porque este tratamento permite igualar cirurgicamente a mama contralateral. Nos casos das mastectomias é importante salientar que todas as mulheres têm o direito da reconstrução mamária. O tratamento clínico envolve vários tipos de medicamentos chamados quimioterápicos e hormonioterápicos, cada qual com sua função e efeito colateral. Além disso, existe a radioterapia que deve ser empregada na sequência do tratamento cirúrgico, conservador ou em casos específicos de câncer avançado.
De maneira geral é importante dizer que hoje, o tratamento é muito individualizado, portanto cada caso será estudado particularmente e receberá um tratamento específico. Portanto, não se assustem se alguém passar por um tratamento diferente do seu. Lembre-se: cada caso é um caso!
CONCLUSÃO
Os dados epidemiológicos disponíveis permitem considerar o câncer como problema de saúde pública no Brasil. As causas de câncer são variadas, podem ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. Mas o câncer da mama, quando descoberto no início, tem prognóstico otimista, devido a avanços no diagnóstico e no tratamento.
Muitas vezes a paciente mantém segredo sobre sua doença por medo de ser estigmatizada e rejeitada devido ao preconceito da sociedade em relação a não aceitação ao câncer de mama, por ainda estar este associado ao estigma de morte. Pode, com isto, protelar a procura do tratamento necessário, vindo, sem dúvida, a prejudicar sua saúde e prognóstico. Mas com o suporte fornecido pela família, amigos, profissionais de saúde e pela religião, a paciente pode sentir-se mais fortalecida, vir a aceitar a doença e seu tratamento, e assim tornar-se mais autoconfiante, aumentando sua capacidade de enfrentamento, e buscando a reabilitação. Esses apoios exercem efeitos sobre o sistema imunológico, influenciando na recuperação e melhoria da qualidade de vida.
O objetivo deste trabalho foi alcançado, ampliando o conhecimento em relação ao câncer de mama envolvendo prevenção, diagnóstico, tratamentos disponíveis e até a obtenção de cura. A sociedade tem se conscientizado sobre a gravidade da doença e as chances de cura se tratada precocemente, assim como está ocorrendo melhorias no sistema de saúde com disponibilização de exames em populações carentes. A ciência pesquisa novos medicamentos com alvos mais específicos, menos efeitos colaterais e com exames e diagnósticos mais precisos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HARRISON, Tinsley Randolph. Manual de medicina, 15ª edição, 2002
INCA. O que é Câncer. Disponível em: Acesso em 04 de abril de 2014.
VARELLA, Drauzio. Mastectomias x Cirurgias Conservadoras da Mama. Disponível em: Acesso em 05 de abril de 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO CÂNCER. Espaço da Mama. Estadiamento
do Câncer de Mama. Disponível em: <www.abcancer.org.br/espacodamama/estadio.htm>. Acesso em: 05 de abril de 2014.
ANEXOS
ANATOMIA DOS SEIOS
AUTO EXAME DA MAMA
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