CIÊNCIAS BIOLÓGICAS FILOGENIA DO FILO STREPTOPHYTA
Por: Brena Carla • 10/12/2018 • Trabalho acadêmico • 1.139 Palavras (5 Páginas) • 186 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CAMPUS DE IPORÁ
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FILOGENIA DO FILO STREPTOPHYTA
Alunos (as): Brena Carla Vasconcelos Cassiano,
Gabriel Santos Ferreira,
Lívia Aguiar Rosa Leite,
Lorena de Oliveira Queiroz,
Natália Bruna Eduardo Queiroz e
Nathalia Barroso Santos.
Iporá/ Goiás
Junho-2018
INTRODUÇÃO
As Streptophyta são uma grande linhagem de plantas verdes, que consiste de alguns organismos tradicionalmente considerados algas verdes mais as plantas verdes mais familiares encontradas, principalmente, no ambiente terrestre. Esta linhagem inclui as algas verdes classificadas nas Charophyceae, mas alguns membros desta classe estão, de fato, mais estreitamente relacionados com as plantas superiores do que com outros membros da classe. Especificamente, Chara e algas relacionadas (Ordem Charales) e Coleochaete e algas relacionadas (Ordem Choleochaetales) são provavelmente as algas verdes viventes mais próximas das plantas terrestres. Estudos ultraestruturais e morfológicos foram os primeiros que sustentaram a relação destas ordens de algas verdes com as plantas terrestres (Embryophyta). As ordens foram colocadas na classe Charophyceae e mantiveram-se dentro das algas verdes: Divisão Chlorophyta no sentido clássico.
Análises recentes sugeriram que as Charophyceae constituem um grupo parafilético e, portanto, as ordens originalmente nele circunscritas são incluídos nas Streptophyta. Estudos moleculares posteriores confirmaram amplamente esta relação estreita e o que os primeiros dados ultraestruturais e morfológicos haviam sugerido, ou seja, que as Charophyceae são um grupo parafilético. Especificamente, Charales e Coleochaetales estão mais relacionadas com as plantas terrestres. O ramo Charales/Coleochaetales/Embryophyta ainda não foi resolvido, pois os estudos moleculares e morfológicos não mostraram qual alga verde é o táxon irmão das plantas terrestres.
A maior parte da taxonomia da família em estudo ainda está baseada na morfologia, tanto para separar gêneros quanto espécies e categorias intraespecíficas. Apesar do uso da morfologia ser básico e prático e constituir o método usado por mais de 250 anos na taxonomia clássica Wheeler (2004), Pavlinov (2006) afirmou que o uso da biologia molecular (taxonomia não clássica) parece exibir, atualmente, uma certa pretensão de abordagem e constituir “a melhor” em refletir a diversidade taxonômica, o qual é contraproducente. Pelo contrário, a principal tarefa da taxonomia não clássica é descrever, resumidamente, a diversidade taxonômica, já que elabora um espectro particular de classificações complementárias. As pesquisas florísticas permitem tanto conhecer a composição da biodiversidade de espécies em uma área geográfica determinada quanto identificar distribuições espaciais e temporais, seja de espécies raras ou cosmopolitas. Constituem, de fato, a melhor opção, que garante que uma espécie rara seja identificada e, assim, definir seu ‘status’.
Uma classificação foi proposta baseada em pesquisas ultraestruturais dos corpos basais do aparelho flagelar e da divisão celular. As espécies com corpos basais com orientação CW (“clockwise” = horária) ou diretamente opostos foram reunidos na classe Chlorophyceae, as espécies que têm orientação CCW (“clockcounterwise” = anti-horária) nas Ulvophyceae e Trebouxiophyceae (= Pleurastrophyceae). Análises filogenéticas das sequências SSU e ITS rDNA confirmaram a classificação com base nos caracteres ultraestruturais. Porém, a maioria dos gêneros e ordens são polifiléticos e as relações entre muitas das linhagens filogenéticas permanecem incertas.
DESENVOLVIMENTO
O filo Streptophyta possui 6 classes, calcula-se cerca de 13.000 espécies ou mais, dependendo de quantas espécies forem reconhecidas nas Zygnematophyceae.
- Classe Mesostigmatophyceae:
A classe é composta de um único gênero, Mesostigma, com duas espécies, M. viride e M. grande.
Esse pequeno organismo unicelular flagelado de água doce foi, durante muito tempo, colocado nas Prasinophyceae. Mesostigna possui diferentes tipos de escamas recobrindo o corpo celular e os flagelos; essas escamas são comparáveis as encontradas na ordem Pseudoscourfieldiales. Na estrutura celular não há rizoplasto, os corpúsculos basais são alongados e paralelos, e a inserção flagelar é lateral, como nas Streptophytas. As raízes flagelares são cruciais mas possuem duas MLS. A presença dessa característica intermediária entre as Chlorophytas e as Streptophytas leva a crer que esse gênero ocupe uma posição muito basal, na árvore filogenéticas das Streptophytas.
- Classe Chlorokybophyceae
A classe compreende um só gênero e uma única espécie: Chlokybus atmophyticus.
Chlokybus forma aglomerados celulares em uma mucilagem. Cada célula contém um cloroplasto provido de um ou dois pirenóides. É uma alga subaérea, vivendo sobre substrato rochoso. A multiplicação ocorre por meio de zoóporos biflagelados.
- Classe Klebsormidiophyceae
Enumeram-se três gêneros: Klebsormidium, Stichococcus e Entransia.
O talo de Klebsormidium é constituído de filamentos não ramificados. As espécies desse gênero vivem nas águas doces ou em condições subaéreas. Os zoósporos não possuem escamas.
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