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Chelicerata Sinantrópicos de Importância Médica

Por:   •  18/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.233 Palavras (9 Páginas)  •  196 Visualizações

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Nomes: Ana Beatriz Soares; Gabrielle Rodrigues

CHELICERATA SINANTRÓPICOS

Chelicerata sinantrópicos de importância médica.

Introdução:

A população humana divide espaço com diversos animais peçonhentos, devido à invasão dos humanos em territórios desses animais em decorrência do aumento da população humana. Tais acidentes muitas vezes acabam sendo fatais, sendo este um problema de saúde pública. A grande maioria desses acidentes ocorrem em zonas rurais, porém, as áreas urbanas também são amplamente afetadas, o que caracteriza um perfil sinantrópico destes animais, ou seja, demonstra que os mesmos se adaptaram a conviver junto ao ser humano. Um dos principais grupos sinantrópicos de interesse médico humano e animal corresponde aos Chelicerata, esse grupo inclui artrópodes que compartilham como principal característica em comum as quelíceras, que são estruturas que servem para a alimentação. Eles formam um grupo amplo, com espécies extintas e atuais, depois dos insetos, os quelicerados são o grupo mais diverso atualmente; somente entre os aracnídeos, estima-se que possam existir mais de um milhão de espécies a serem descritas. A maior parte dos grupos de Chelicerata são inofensivos, entretanto dentro de Arachnida estão os grupos de interesse médico.

Grupos de Chelicerata  de importância médica:

  • Acari

Acari é uma ordem dentro de Arachnida. Nos ácaros, o prossomo e o opistossomo são fundidos, e uma região com cutícula flexível (sulco circuncapitular) separa as quelíceras e os pedipalpos do restante do corpo. Sua região anterior do corpo é denominada capítulo ou gnatossoma, enquanto o restante de seu corpo é denominado idiossomo, cujo é subdividido em podossomo e opistossomo. Os ácaros e os carrapatos constituem o grupo mais numeroso de aracnídeos. Existem cerca de 54.600 espécies descritas, e alguns especialistas sugerem que possam existir ainda cerca de um milhão ou mais a serem descritas. Devido a tamanha diversidade tais animais possuem hábitos de vida extremamente variados. Acari é dividido em três grupos:  Opilioacarida; Parasitiformes e  Acariformes. Opilioacarida são os ácaros mais primitivos, são predadores e se caracterizam pela conservação da segmentação do opistossomo e pela presença de um sulco transversal separando o prossomo do opistossomo, são encontrados nos solos das florestas tropicais e nos hábitats temperados áridos. Parasitiforme apresenta algumas espécies ecto e endoparasitas de invertebrados e vertebrados, como o Ornithonyscus bursa, parasita das galinhas, e o Ophionyssus natricis, que parasita as serpentes, sendo os carrapatos os membros mais conhecidos desse grupo. Os carrapatos são ectoparasitas sugadores de sangue dos vertebrados, suas quelíceras são lisas  e estão adaptadas para cortar a pele e, junto com as coxas dos pedipalpos, formam uma estrutura conhecida como capítulo. Alguns carrapatos são vetores de doenças importantes como febre maculosa das Montanhas Rochosas, febre bovina do Texas, doença de Lyme, espiroquetose das aves domésticas e febre do carrapato (Brusca, et al. 2018).

Nos  Acariformes, encontram-se espécies predadoras, fitófagas, micófagas, saprófagas, que vivem em musgos e liquens, em solo, em matéria orgânica em decomposição, e ainda em ambiente biológico como ecto e endoparasitas de invertebrados (insetos, aracnídeos e crustáceos) e de vertebrados (répteis, aves e mamíferos). Nas formas de vida livre aquáticas, é comum que suas larvas parasitarem insetos aquáticos, moluscos e peixes. Possuem uma grande  importância econômica, visto que certos grupos são pragas sérias, que destroem colheitas de grãos armazenados e outros produtos alimentícios. Entretanto, alguns ácaros acariformes predadores têm sido utilizados como controle biológico de pragas, de outros artrópodes e  inclusive até de outros ácaros. Os Acariformes constituem um grupo de grande importância para o ser humano, já que um grande número de ácaros acariformes causam problemas médicos ou econômicos devido ao parasitismo, predação direta e por atuarem como vetores de doenças ou se alimentarem de produtos alimentícios armazenados. A família Penthaleidae inclui Halotydeus destructor (conhecido como ácaro-terrestre-de-pernas-vermelhas)  e Penthaleus major (conhecido como ácaro-dos-grãos-de-inverno), são considerados pragas sérias de muitas plantações importantes. Os membros da superfamília Eriophyoidea são ácaros vermiformes adaptados à alimentação em diversas plantas. Esse grupo inclui os ácaros galhadores e aqueles que provocam o enrolamento das folhas, assim como alguns outros que funcionam como vetores de certos vírus causadores de doenças como, por exemplo, o vírus do mosaico do trigo e do centeio. Outra família de ácaros (Demodicidae) inclui parasitas dos folículos pilosos e das glândulas sebáceas de mamíferos. Duas espécies, Demodex folliculorum e D. brevis, ocorrem respectivamente nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas da testa humana (Brusca, et al. 2018). Sarcoptes Scabiei, causa uma doença chamada escabiose, também conhecida como sarna humana. Outro ácaro, D. canis, causa a sarna canina. Dermatophagoides pteronyssinus é a principal fonte de alérgenos na poeira doméstica, são indutores das manifestações alérgicas respiratórias (Moreno, Caraballo & Puerta, 1995). Alguns outros problemas causados pelos ácaros acariformes incluem intumescências subcutâneas que lembram tumores nos seres humanos, vários tipos de irritações cutâneas, sarna em muitos animais domésticos, redução na produção de lã em ovelhas e a perda das penas em aves. De acordo com Neves (2005), microácaros presentes na poeira e no mofo são responsáveis por respostas alérgicas, tais como: rinites alérgicas, asma e eczemas, que podem variar de indivíduo para indivíduo, dependendo da sua sensibilidade. Eles estão associados a ambientes quentes e úmidos, ideais para sua proliferação. Alimentos armazenados também são atacados por estes seres, podendo deteriorar cereais e outros produtos consumidos tanto pelo homem quanto por animais, causando doenças de pele e até diarréia.

  • Aranea

Corresponde às aranhas, o corpo da aranha é dividido em duas partes: o opistosoma e o prossoma. Diferentemente dos escorpiões que possuem as glândulas de veneno na porção caudal (telson) nas aranhas estas glândulas estão situadas na porção cefálica, associadas às quelíceras. As toxinas são utilizadas para paralisar as presas após a sua captura, mas algumas espécies sinantrópicas podem causar fortes agravos à saúde quando ocorrem acidentes.  O conjunto de sinais e sintomas causados pelas toxinas das aranhas é chamado de araneísmo. As principais aranhas sinantrópicas de interesse médico são:

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