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Por:   •  22/9/2013  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  554 Visualizações

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Manoel de Abreu o inventor.

Manoel Dias de Abreu foi o inventor da abreugrafia que revolucionou o diagnóstico e tratamento da tuberculose, através de um método de diagnóstico coletivo e o primeiro no mundo a falar sobre Densitometria Pulmonar.

O papel social da ciência era algo claro para Abreu: “ No valor da ciência, está o valor social da vida; fora da vida, a ciência não tem a menor finalidade” . Abreu escreveu poesias e trabalhos em filosofia, além de inovar em outras áreas fora da medicina, como em hidráulica. Em Manuel de Abreu , observa Barros Vidal, lampejava “ esse gênio de múltiplas formas, que fazia a grandeza do sábio alimentava a inspiração do poeta e dava originalidade e profundeza ao filósofo”.

Não raro se encontra o poeta e o cientista como no momento em que descreve a emoção que experimentou ao contemplar os primeiros resultados daquilo que perseguia com tenacidade por anos: “ no firme relevado estavam as primeiras fluorografias ; olhei-as longamente; eram flores para mim, eram pássaros, cantavam um canto matinal que me extasiava”.

Manoel de Abreu foi o terceiro filho do casal Júlio Antunes, português da província do Minho, e Mercedes da Rocha Dias, natural de Sorocaba. Nasceu em São Paulo, 4 de janeiro de 1892. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1913 e defendeu a tese de doutoramento intitulada “ Natureza Pobre “, relativa à influência do clima tropical sobre a civilização ,em julho de 1914 nesse mesmo ano, deixa o Brasil acompanhado de seus pais, seu irmão Júlio Antunes de Abreu Júnior e a sua irmã Mercedes Dias de Abreu, com destino à Europa, a fim de aperfeiçoar-se nos hospitais de Paris. A primeira Grande Guerra obriga-os a desembarcar e permanecer em Lisboa até o início do ano de 1915 quando, enfim, a família Abreu chega à capital da França. Seu primeiro contato com a medicina francesa foi no “ Nouvel Hôpital de lá Pitié”; mais precisamente, no serviço do professor Gaston Lion. Encarregado de fotografar peças cirúrgicas, Manoel de Abreu demonstra engenhosidade e constrói um dispositivo especial para obter fotografias da mucosa gástrica. Além do aparelho, Abreu tem a idéia de mergulhar as peças a serem fotografadas, na água à uniformização da superfície faiscante.

Abreu à Academia de Paris.

Realizou inúmeras conferências médicas no Brasil, Argentina, Uruguai, Estados

Unidos da América, França, Alemanha, Itália e Suécia, e foi membro de mais de 43

associações médicas e acadêmicas, brasileiras e estrangeiras. Recebeu o título de

membro honorário da Sociedade Alemã de Radiologia (1940) e do American College of

Radiology (1945).

Foi agraciado com várias homenagens honrarias como a medalha Cardoso

Fontes da Sociedade Brasileira de Tuberculose; a medalha de ouro – Médico do Ano –

do American College of Chest Physicians (1950); o diploma de Honra ao Mérito

Médico da Academy of Tuberculosis Physicians (1950); a medalha de ouro do Colégio

Inter-Americano de Radiologia (Peru, 1958); a de cavaleiro da Legião de Honra da

França; a da Associação Argentina de Radiologia; a Clemente Ferreira; a Grão-Cruz da

Ordem do Mérito Médico no Brasil; e a do Valor Cívico do Governo do Estado de São

Paulo.

A importância da obra de Manoel de Abreu também levou à criação da

Sociedade Brasileira de Abreugrafia em 1957 e à publicação da Revista Brasileira de

Abreugrafia.

Nas últimas décadas do século XX, a manutenção precária dos equipamentos

brasileiros – o que facilitava o excesso de exposição à radiação ionizante – e as

diretrizes de proteção radiológica cada vez mais rigorosas, acabaram limitando a

utilização do seu método em diversos países. Entretanto, a radiologia brasileira já havia

dado uma importante e histórica contribuição à medicina mundial.

Outros trabalhos e livros de Manoel de Abreu são: “Essai sur une Nouvelle

Radiologie Vasculaire” (1926); “Radiographie Néphro-Cholécystique” (1930);

“Poumon et Médiastin” (1930); “Diâmetros do Coração Visto de Face” (1931);

“Radioquimografia Cardiovascular” (1935); “Avaliação Quimográfica do Trabalho

Cardíaco”; (1938); “Recenseamento Torácico pela Roentgenfotografia” (1938); Bases

de L´Interprétation Radiologique – Radiogeometrie (Paris, 1954); “La Densimetrie

Pulmonair ” (s.d.).

Manoel Abreu publicou, ainda, trabalhos em diversos periódicos científicos

estrangeiros no Fortschritte Auf Dem Gebiete Der Rontgenstrahlen e no Journal de

Radiologie et Electrologie.

Foi também escritor e autor de diversos ensaios filosóficos, tais como: Não Ser

(1924); Meditações (1936); Mensagem Etérea (1945) e obras poéticas como

Substância (1928), ilustrada por Di Cavalcanti, e Poemas sem Realidade, que ele

mesmo ilustrou.

Manoel Dias de Abreu destacou-se por sua valiosa contribuição

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