Controle De Equipamentos
Artigos Científicos: Controle De Equipamentos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: pufinha • 22/9/2013 • 1.193 Palavras (5 Páginas) • 548 Visualizações
Manoel de Abreu o inventor.
Manoel Dias de Abreu foi o inventor da abreugrafia que revolucionou o diagnóstico e tratamento da tuberculose, através de um método de diagnóstico coletivo e o primeiro no mundo a falar sobre Densitometria Pulmonar.
O papel social da ciência era algo claro para Abreu: “ No valor da ciência, está o valor social da vida; fora da vida, a ciência não tem a menor finalidade” . Abreu escreveu poesias e trabalhos em filosofia, além de inovar em outras áreas fora da medicina, como em hidráulica. Em Manuel de Abreu , observa Barros Vidal, lampejava “ esse gênio de múltiplas formas, que fazia a grandeza do sábio alimentava a inspiração do poeta e dava originalidade e profundeza ao filósofo”.
Não raro se encontra o poeta e o cientista como no momento em que descreve a emoção que experimentou ao contemplar os primeiros resultados daquilo que perseguia com tenacidade por anos: “ no firme relevado estavam as primeiras fluorografias ; olhei-as longamente; eram flores para mim, eram pássaros, cantavam um canto matinal que me extasiava”.
Manoel de Abreu foi o terceiro filho do casal Júlio Antunes, português da província do Minho, e Mercedes da Rocha Dias, natural de Sorocaba. Nasceu em São Paulo, 4 de janeiro de 1892. Diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1913 e defendeu a tese de doutoramento intitulada “ Natureza Pobre “, relativa à influência do clima tropical sobre a civilização ,em julho de 1914 nesse mesmo ano, deixa o Brasil acompanhado de seus pais, seu irmão Júlio Antunes de Abreu Júnior e a sua irmã Mercedes Dias de Abreu, com destino à Europa, a fim de aperfeiçoar-se nos hospitais de Paris. A primeira Grande Guerra obriga-os a desembarcar e permanecer em Lisboa até o início do ano de 1915 quando, enfim, a família Abreu chega à capital da França. Seu primeiro contato com a medicina francesa foi no “ Nouvel Hôpital de lá Pitié”; mais precisamente, no serviço do professor Gaston Lion. Encarregado de fotografar peças cirúrgicas, Manoel de Abreu demonstra engenhosidade e constrói um dispositivo especial para obter fotografias da mucosa gástrica. Além do aparelho, Abreu tem a idéia de mergulhar as peças a serem fotografadas, na água à uniformização da superfície faiscante.
Abreu à Academia de Paris.
Realizou inúmeras conferências médicas no Brasil, Argentina, Uruguai, Estados
Unidos da América, França, Alemanha, Itália e Suécia, e foi membro de mais de 43
associações médicas e acadêmicas, brasileiras e estrangeiras. Recebeu o título de
membro honorário da Sociedade Alemã de Radiologia (1940) e do American College of
Radiology (1945).
Foi agraciado com várias homenagens honrarias como a medalha Cardoso
Fontes da Sociedade Brasileira de Tuberculose; a medalha de ouro – Médico do Ano –
do American College of Chest Physicians (1950); o diploma de Honra ao Mérito
Médico da Academy of Tuberculosis Physicians (1950); a medalha de ouro do Colégio
Inter-Americano de Radiologia (Peru, 1958); a de cavaleiro da Legião de Honra da
França; a da Associação Argentina de Radiologia; a Clemente Ferreira; a Grão-Cruz da
Ordem do Mérito Médico no Brasil; e a do Valor Cívico do Governo do Estado de São
Paulo.
A importância da obra de Manoel de Abreu também levou à criação da
Sociedade Brasileira de Abreugrafia em 1957 e à publicação da Revista Brasileira de
Abreugrafia.
Nas últimas décadas do século XX, a manutenção precária dos equipamentos
brasileiros – o que facilitava o excesso de exposição à radiação ionizante – e as
diretrizes de proteção radiológica cada vez mais rigorosas, acabaram limitando a
utilização do seu método em diversos países. Entretanto, a radiologia brasileira já havia
dado uma importante e histórica contribuição à medicina mundial.
Outros trabalhos e livros de Manoel de Abreu são: “Essai sur une Nouvelle
Radiologie Vasculaire” (1926); “Radiographie Néphro-Cholécystique” (1930);
“Poumon et Médiastin” (1930); “Diâmetros do Coração Visto de Face” (1931);
“Radioquimografia Cardiovascular” (1935); “Avaliação Quimográfica do Trabalho
Cardíaco”; (1938); “Recenseamento Torácico pela Roentgenfotografia” (1938); Bases
de L´Interprétation Radiologique – Radiogeometrie (Paris, 1954); “La Densimetrie
Pulmonair ” (s.d.).
Manoel Abreu publicou, ainda, trabalhos em diversos periódicos científicos
estrangeiros no Fortschritte Auf Dem Gebiete Der Rontgenstrahlen e no Journal de
Radiologie et Electrologie.
Foi também escritor e autor de diversos ensaios filosóficos, tais como: Não Ser
(1924); Meditações (1936); Mensagem Etérea (1945) e obras poéticas como
Substância (1928), ilustrada por Di Cavalcanti, e Poemas sem Realidade, que ele
mesmo ilustrou.
Manoel Dias de Abreu destacou-se por sua valiosa contribuição
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