Depressao No Idoso
Trabalho Universitário: Depressao No Idoso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leticiapuky • 22/11/2013 • 5.795 Palavras (24 Páginas) • 308 Visualizações
Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da
Atividade Física *
Florindo Stella 1
Sebastião Gobbi 2
Danilla Icassatti Corazza 2
José Luiz Riani Costa 2
Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro, SP, Brasil
Resumo: A depressão constitui enfermidade mental freqüente no idoso, comprometendo intensamente sua qualidade
de vida, sendo considerada fator de risco para processos demenciais. É uma condição que coloca em risco a vida,
sobretudo daqueles que têm alguma doença crônico-degenerativa ou incapacitante, pois há uma influência recíproca
na evolução clínica do paciente. As estratégias de tratamento mais utilizadas são psicoterapia, intervenção
medicamentosa e exercício físico. A atividade física, quando regular e bem planejada, contribui para a minimização
do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação
da auto-estima, implementação das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída.
Uma das vantagens do exercício físico é o efeito positivo também na prevenção e tratamento de outros agravos
comuns nas pessoas idosas. Propõe-se que as administrações municipais organizem programas de atividade física,
além da inclusão exercícios físicos nas programações dos Grupos de Terceira Idade
Palavras chave: depressão, idoso, atividade física, saúde mental, qualidade de vida.
Depression In Elderly: Diagnostic, Treatment And Physical Activity
Abstract: Depression is a frequent mental illness in older people and it jeopardizes their quality of life, severely.
Furthermore, it is considered a risk factor for dementias. This clinical condition takes in risk, to a great extent, the
older patients with some chronic, degenerative or disability diseases, due to reciprocal effects on the clinical
evolution. The most common treatment strategies are psychotherapy, pharmacological drugs and more recently,
physical exercise. Physical activity, when performed on a regular basis and well planned, contributes to reduce the
psycho suffering of the depressed older individuals. In addition, physical activity practice requires psychosocial
involvement, increases self-esteem, implementation of cognitive functions which, in turns, help withdrawing from
depression and allowing lower rates of depression recurrence. Another benefit of physical activity is its effects on
prevention and rehabilitation of others health problems in the elderly. Then, municipalities should promote physical
activities programs and exercise sessions could be part in the schedules of Third Age Groups.
Key Words: depression, older people, physical activity, mental health, quality of life.
Introdução
atualmente, é de aproximadamente 68 anos, sendo de
72,6 para as mulheres e de 64,8 para os homens (IBGE,
2000).
A população acima dos 60 anos de idade tem
aumentado significativamente no Brasil. Em 1980,
havia 7 milhões de pessoas idosas; atualmente, há em
torno de 15 milhões, correspondendo a 8,6 % da
população total. A expectativa de vida do brasileiro,
Estima-se que, para o ano 2025, haverá, em nosso
país, cerca de 32 milhões de idosos (Tamai, 1999). Este
rápido crescimento da população idosa vem exigindo
respostas do Estado e da sociedade, como a implantação
da Política Nacional do Idoso (Lei 8.842/94 e Decreto
1.948/96), que deve ser complementada por ações
desenvolvidas pelos estados e municípios.
* Artigo da conferência a ser apresentada durante o III Congresso
Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e IX
Simpósio Paulista de Educação Física, na cidade de Rio Claro,
Estado de São Paulo, Brasil, durante os dias 30 de abril a 3 de maio
de 2003.
1 Departamento de Educação – UNESP – Rio Claro.
2 Departamento de Educação Física– UNESP – Rio Claro.
F. Stella, S. Gobbi, Danilla I. Corazza & J. L. R. Costa
O aumento da população idosa está associado à
tem prevalência em torno de 15% (Kaplan et al., 1997);
em idosos vivendo na comunidade, essa prevalência
situa-se entre 2 e 14% (Edwards, 2003) e em idosos que
residem em instituições, a prevalência da depressão
chega a 30% (Pamerlee et al., 1989).
prevalência elevada de doenças crônico-degenerativas,
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