Design Thinking

BROWN, Tim. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. (p. 1 – 139)

A obra trata do Design Thinking como um processo, uma forma de pensar e agir que pode mudar o rumo de um projeto, para algo muito mais transformador e diferenciado ou simplesmente mais prático e viável. O texto se intercala entre discutir sobre como se aplicar a um projeto os pensamentos de um design thinker e exemplos de projetos que foram desenvolvidos a partir deste princípio.

Como cita Tim Brown (2010, p.18) um bom projeto de design visa a estabelecer uma harmonia entre Desejabilidade, Portabilidade e Viabilidade. Cada projeto exige o seu próprio desenvolvimento, portanto, tal equilíbrio pode não ter exatamente a mesma proporção em todos os casos, porém é desejável que se encontrem estas três características.

A boa execução de um projeto também depende da organização. Ter prazos e metas auxiliam a obtenção de resultados mais rápidos e, se preciso for, fazer alterações e melhorias, tudo para obter melhores resultados dentro do tempo estabelecido.

“O fato de design thinking ser expresso no contexto de um projeto nos força a articular uma meta clara desde o início. Ele cria prazos finais naturais que impõe disciplina e nos dão a oportunidade de avaliar o progresso, fazer correções no meio do caminho e redirecionar as atividades futuras. A clareza, o direcionamento e os limites de um projeto bem definido são vitais para sustentar um alto nível de energia criativa.” (BROWN, 2010, p.21)

Para chegar a uma solução um problema/projeto tem que ser bem planejado, executado e finalizado. São necessárias várias etapas de estudo e processo até se chegar a solução mais satisfatória.

Inspiração, Idealização e Implementação (2010, p.35) são as palavras que Tim Brown utilizou para descrever de forma mais objetiva o processo de um projeto. Porém um projeto não pode mais ser feito e pensado só por designers, todos os empregados envolvidos devem participar do processo de criação também. Foram organizados movimentos entre pessoas dentro de uma empresa para que estas participassem de áreas que não eram de sua especialidade, tais pessoas após o tempo determinado voltaram a suas áreas com mais informações e novas ideias.

Um problema para ser resolvido tem que ser estudado e observado. Muitas vezes nós agimos tão naturalmente, criando atalhos ou soluções provisórias, perante algo que poderia ser facilitado que mal nos damos conta. Precisamos de alguém que não faça parte do problema ou não tenha a mesma vivência para perceber o que poderia ser mudado.

“O problema básico é que as pessoas são tão engenhosas em se adaptar a situações inconvenientes que muitas vezes nem chegam a perceber que estão fazendo isso: elas se sentam com seus cintos de segurança, anotam senhas na mão, penduram jaquetas em maçanetas e predem as bicicletas com correntes em bancos de parque.” (BROWN, 2010, p.38)

Sendo assim o olhar de um design thinker faz diferença, pois pensar de um modo totalmente diferente do convencional é algo difícil e muitas vezes necessário.