EDEMA
Seminário: EDEMA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nutri202 • 17/3/2014 • Seminário • 1.476 Palavras (6 Páginas) • 476 Visualizações
Edema
Edema é o aumento de líquido no espaço entre as células, espaço intersticial do tecido acometido. Fazendo com que as células fiquem mais afastadas umas das outras e consequentemente a difusão dos nutrientes dos capilares sanguíneos para o espaço intersticial e deste para as células ficam prejudicados por ter que percorrer uma distância maior.
O líquido extracelular composto pelo plasma e o fluído intersticial, contém os nutrientes necessários ao metabolismo celular e a sua movimentação para dentro e fora dos capilares sanguíneos são geridas por pressões. A pressão hidrostática sanguínea é responsável pelo movimento do líquido do sistema intravascular para o interstício e o retorno do líquido do interstício para o vaso se dá principalmente pela pressão oncótica sanguínea, aumentada na porção venosa, restando apenas uma quantidade mínima de líquido residual nos interstícios que são drenados pelos vasos linfáticos, retornando depois a circulação sanguínea no ponto de junção das veias jugular e subclávia.
O edema é formado por quatro mecanismos:
1) Aumento da permeabilidade dos vasos: Quando ocorre uma inflamação por exemplo, os vasos sanguíneos ficam mais permeáveis para facilitar a chegada das células de defesa ao local da infecção ou trauma. Com o alargamento dos poros, há um maior extravasamento de líquidos para o interstício.
2) Aumento da pressão Hidrostática ou retenção de sódio: aumento da pressão que o volume de líquido dentro do vaso faz sobre a parede do próprio devido há algum tipo de obstrução, mesmo que parcial, ao fluxo sanguíneo venoso.
3) Diminuição da pressão oncótica: diminuição da viscosidade sanguínea dada principalmente pela concentração de proteínas no sangue. Enquanto que o aumento da pressão dentro das veias favorece o extravasamento de líquidos, a pressão oncótica faz o trabalho inverso.
4) Linfoedema: De origem linfática, ocorre por obstrução dos vasos linfáticos
Qualquer tipo de edema, em qualquer localização, diminui a velocidade de circulação do sangue e, pelo meio mecânico, prejudica a nutrição e a eficiência dos tecidos.
Regulação e manutenção dos volumes em seus compartimentos
O volume intravascular é regulado de maneira fina porque, mínimas alterações de volume nesse compartimento resultam em alterações significativas na pressão arterial. E ela necessita ser mantida dentro da normalidade para evitar danos ao organismo.
A pressão arterial deve ser entendia como a pressão exercida pelo sangue contra as artérias, no momento em que é bombeado pelo coração. O aumento do volume sanguíneo resulta em um aumento da pressão arterial. A pressão arterial e o volume intravascular são regulados por dois mecanismos principais.
Regulação Rápida: Quando o nosso corpo percebe uma elevação na pressão arterial ele envia sinais ao cérebro para que haja uma expansão do volume das artérias.
Regulação lenta: Realizada principalmente pelos rins, os quais variam a taxa eliminação de sódio e água, com o intuito de manter a pressão arterial normal.
Quando aumenta a concentração de sódio em qualquer compartimento, aumenta também o volume de água. Quando o sal é eliminado pelos rins a água também é eliminada. Isso ocorre para que não haja mudança entre a relação de quantidade de sal e de água e, portanto, não haja alteração de osmolaridade.
Em indivíduos saudáveis o volume intersticial é mantido constante, a despeito da movimentação contínua de líquido entre o espaço intravascular e intersticial. O deslocamento de fluido ocorre através da membrana dos capilares sistêmicos. Essa membrana é semipermeável e separa os dois grandes compartimentos de líquido do nosso corpo: o intracelular do extracelular. O volume intersticial é mantido constante, pois grande parte do líquido que sai do capilar em um primeiro momento retorna a ele em seguida. A pequena quantidade de líquido que permanece no interstício é captada pelos vasos linfáticos e devolvida para a circulação.
Inflamação
A inflamação é uma resposta natural do organismo contra uma infecção ou lesão do tecido com o objetivo de destruir os agentes agressores. Ela faz parte do sistema imunológico. Os sintomas da inflamação são : Calor, rubor, tumor e dor. Estes sinais são chamados também de tétrade de Célsius.
A inflamação é subdivida em diferentes fases:
• Alteração do calibre e fluxo vascular: que gera calor e vermelhidão;
• Permabilidade vascular aumentada: que gera o inchaço;
• Migração de leucócitos: chegada das células de defesa;
• Quimiotaxia e fagocitose: combate aos agentes agressores, que pode levar à cura ou gerar uma inflamação crônica dependendo do caso.
Os mediadores da inflamação são:
• Aminas vasoativas: Histamina, serotonina.
• Neuropeptídeos: Substância P.
• Proteases plasmáticas: cascata de cininas, coagulação e fribrinogênese.
• Metabólitos do ácido araquidonico;
• Fatores de ativação das plaquetas;
• Citoquinas;
• Monóxido de azoto;
• Radicais livres;
• Constituintes lisossomicos.
A inflamação pode ser aguda ou crônica e essa distinção tem relação com a velocidade de instalação dos sintomas referentes ao processo inflamatório e não com a sua gravidade. Um exemplo de resposta inflamatória aguda é um espinho no dedo, enquanto uma reação inflamatória crônica ocorre na artrite reumatóide, por exemplo.
Inflamação Aguda
A inflamação aguda é uma resposta imediata e precoce a um agente nocivo. Em consequência dos leucócitos e anticorpos
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