Efeitos Da Somatotropina No Gado
Dissertações: Efeitos Da Somatotropina No Gado. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Diegomarquesfs • 25/11/2014 • 1.275 Palavras (6 Páginas) • 654 Visualizações
Somatotropina
Introdução
O crescimento é o fator mais importante de produção animal, pois caracteriza-se como um processo de desenvolvimento corporal de elevada eficiência econômica, praticado em animais jovens.
A somatotropina, conhecida também como GH, é um hormônio secretado pela glândula pituitária. Esse é um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo animal, tendo funções como o crescimento muscular, ligamentar e cartilaginoso, influência na textura da pele, diminuição da lipólise e outros efeitos. Durante a fase de crescimento, sob ação deste hormônio, quase todas as células nos tecidos aumentam em volume e em número, propiciando um crescimento dos tecidos, dos órgãos e, consequentemente, o crescimento corporal.
Apesar de ser produzida naturalmente pela adenohipófise, a somatotropina bovina recombinante (rbST), vem sendo utilizada na criação de bovinos tanto de corte quanto de leite para uma maximização da produção. As informações na literatura, com relação aos métodos utilizados para avaliação e estudo do crescimento do tecido muscular adiposo e seus reflexos no desempenho animal e qualidade de carne, são limitadas. Devido a isso, uma série de estudos vem tentando analisar a eficácia do uso deste hormônio nos diversos setores de criação de bovinos.
O objetivo deste trabalho foi analizar um artigo sobre o efeito da somatotropina na hipertrofia das fibras musculares esqueléticas e precocidade reprodutiva de novilhas nelore.
Desenvolvimento
A somatotropina
A intensificação na velocidade do crescimento muscular, aliada a uma rápida terminação da carcaça parece ser a maneira mais eficiente de se obter um produto de melhor qualidade e competitividade no atual mercado consumidor de carne. A precocidade sexual é também essencial para aumentar a produtividade. Essa última, entretanto não tem tido uma prioridade necessária no processo de seleção dos zebuínos no Brasil, resultando numa reprodução tardia destes animais.
A somatotropina, ou GH, é produzida pela glândula pituitária e tem ação em todo o organismo. A somatotropina bovina recombinante (rbST) é produzida em laboratório pela técnica de DNA recombinante onde há uma introdução do gene do hormônio do crescimento humano em bactérias com objetivo de que elas produzam esse hormônio.
Os estudos feitos na área tem verificado respostas pouco conclusivas com o uso da rbST na produção de carne bovina, por uma série de fatores externos e intrínsecos ao animal. Entre tais fatores destacam-se a dosagem de GH, forma e período de administração, sexo e fase de produção animal bem como a dieta, que pode alterar a ação partidora de nutrientes da rbST.
O artigo analisado foi dividido em duas fases experimentais, sendo a primeira, denominada de Fase I, que teve duração de, aproximadamente, 150 dias, e a segunda, denominada Fase II, com duração de 180 dias aproximadamente. Foram utilizados 58 novilhas nelore, todas desvermizadas e vacinadas de acordo com os órgãos da região.
Na Fase I as novilhas foram divididas em dois grupos de 29 animais sendo que um grupo recebia não recebia a dosagem de rbST (0mg), recebendo apenas uma solução salina e o outro grupo recebeu 500mg de rbST a cada 28 dias. Na fase II o grupo que recebeu 0mg de rbST foi dividido em dois grupos, sendo 1 de 15 que recebeu dosagem de 0mg de rbST e um de 14 que recebeu dosagem de 500mg, ambos a cada 28 dias.. O grupo que recebeu dosagem de 500 mg foi dividida em um grupo de 15 que recebeu dosagem de 500mg de rbST a cada 28 dias e um grupo de 14 que recebeu dosagem de 1000mg a cada 14 dias.
O GH está associado ao crescimento de diversos tecidos; e entre estes, encontram-se os tecidos reprodutivos como, por exemplo, o estímulo da atividade ovariana. O GH tem uma importante relação com os IGF-1 (insulin-like growth factors). As IGF-1 ou fatores de crescimento insulina são produzidos na maioria dos órgãos e tecidos do organismo, possuindo ações autócrinas, parácrinas e endócrinas sobre o metabolismo intermediário, proliferação, crescimento e diferenciação celular. O efeito estimulador de IGF-1 na produção de progesterona foi constatado em ruminantes por Savion et al. (1981) e Langhout et al. (1991). Spicer & Enright (1991) demonstraram que concentrações de IGF-1 nos bovinos aumentaram com o incremento do tratamento folicular.
Em estudos mais recentes, algumas relações diretas entre GH e IGF-1 nas funções reprodutivas de fêmeas foram relatadas, por Spicer et al. (1993), que demonstraram in vitro que o IGF-1 foi capaz de estimular a proliferação das células da granulosa bovina, e que o FSH e o IGF-1 estimularam a produção de estradiol e progesterona.
Em bovinos, também fica evidente o fato de que hormônios esteróides (androgênios e testosterona) agem estimulando a liberação de GH (Gopinath & Kitts, 1984). Enright et al. (1993), estudando fêmeas jovens mestiças Hereford x Friesan ovariectomizadas, concluíram que os ovários
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