Equoterapia Na Melhoria Da Qualidade De Vida De Crianças Com Paralisia Cerebral

INTRODUÇÂO

Dentre as doenças neurológicas mais comuns encontra-se a Paralisia Cerebral (PC), ou a encefalopatia crônica da infância não progressiva, que é consequência de uma lesão que afeta o sistema nervoso central em fase de maturação estrutural e funcional, ocorrido no período pré, peri e pós - natal e suas causas mais prováveis citadas na literatura são: genéticas, infecção intra-uterina, baixo peso ao nascimento, hipóxia e isquemia perinatal, em que diversos fatores de risco interagem sugerindo que a paralisia cerebral seja um acometimento cerebral multifatorial, não se encontrando causa específica (MANCINI et al., 2002; PATO et al., 2002 ).

Segundo, Costa(2011) a paralisia cerebral (PC) é a causa mais comum de deficiência física na in¬fância. É caracterizada como um grupo de desordens da postura e do movimento, atribuídos a distúrbios não-progressivos no encéfalo em desenvolvimento, os quais causam limitação de atividade.

. Mancine (2003) relata que estes distúrbios se caracterizam pela falta de controle sobre os movimentos, por modificações adaptativas do comprimento muscular e em alguns casos, chegando a resultar em deformidades ósseas o processo de aquisição de habilidades.Tal comprometimento pode interferir na função, dificultando o desempenho de atividades frequentemente realizadas por crianças com desenvolvimento normal.

Para Cãndido (2004) não existe um conceito suficientemente amplo ou específico sobre Paralisia Cerebral, tanto pela etiologia variada, quanto pelas manifestações clínicas múltiplas. Desta forma, o termo PC se refere a um grupo de condições crônicas que têm como denominador comum a anormalidade na coordenação de movimentos, isto é, transtorno do tônus postural e do movimento.

Kuczynski, et al (2010) cita que os estudos brasileiros avaliam a qualidade de vida de crianças com Paralisia Cerebral confirmaram um impacto negativo em relação ao abem está físico, social e emocional em relação a população saudável. Quanto mais grave o nível de comprometimento motor, maior o prejuízo, sobretudo nos domínios físicos.

Segundo a OMS a qualidade de fida é definida como: “a percepção do individuo de sua posição na vida, no contexto cultural e no sistema de valores que vivem, e em relação a seus objetivos, expectativas, preocupações e desejos”.

A fisioterapia em crianças com paralisia cerebral tem importante papel para facilitar a aquisição do desenvolvimento motor, diminuindo ao máximo a interferência de reflexos, bloqueios, contraturas e deformidades. Dentre os métodos fisioterápicos a equoterapia vem se destacando atualmente no tratamento desse quadro neurológico.

Silva et al (2012) citou que a hipoterapia e um dos programas da área de equoterapia que consiste na utilização do cavalo com técnicas de equitação e atividades equestres, objetivando a reabilitação e/ou educação de pessoas portadora de deficiência ou de necessidades especiais. O cavalo e utilizado principalmente como um instrumento cinesioterapeutico.

Percebe-se assim que a equoterapia é um método terapêutico diferenciado e esse trabalho tem como objetivo demonstrar sua singularidade no tratamento de crianças com paralisia cerebral e determinar se existe e quais são os seus benefícios.

1.1.Problema da pesquisa:

A equoterapia pode ser favorável para a melhoria da qualidade de vida de crianças com paralisia cerebral?

1.2. Objeto de estudo:

Equoterapia em pacientes com paralisia cerebral.

1.3. Hipóteses ou questões norteadoras:

• A