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Relação Entre Ser Cuidador De Criança Com Paralisia Cerebral E Qualidade De Vida

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Por:   •  9/10/2013  •  2.230 Palavras (9 Páginas)  •  614 Visualizações

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RELAÇÃO ENTRE SER CUIDADOR DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL E QUALIDADE DE VIDA

1. Introdução

O presente trabalho tem como principal objetivo, discutir a influência do cuidar sobre a qualidade de vida do cuidador de uma criança portadora de paralisia cerebral. Por meio de pesquisa bibliográfica em base de dados, restringindo-se a publicações no período de 2000 a 2012 na língua portuguesa.

Segundo ROCHA, AFONSO E MORAIS (2008), a paralisia cerebral tem incidência de 2 a 2,5:1000 nascidos vivos em países desenvolvidos e 7:1000 em países subdesenvolvidos, consequentemente, acarretam uma grande parcela da população atendida em centros de reabilitação. No Brasil não há pesquisa oficial relacionada à incidência de portadores de deficiência física, mental e social. Entretanto, ROTTA (2002) descreve que no Brasil surgem 20000 novos casos de paralisia cerebral ao ano.

Frequentemente as famílias se preparam para receber o “filho ideal” considerado “normal” perante a sociedade. Não estando preparados para receber um filho com deficiência e, consequentemente esta nova situação acarretará diversas alterações na dinâmica familiar, dentre elas, uma possível modificação na qualidade de vida dos cuidadores.

O termo qualidade de vida é amplo e com inúmeras definições. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde define qualidade de vida como a [...] percepção do indivíduo de sua proteção na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. (ANDEIRO et.al, 2009)

Assim, visando melhor compreensão do tema e para viabilizar a discussão final, optou-se dividir o presente trabalho em sub-temas relacionados à problemática central.

2. Paralisia Cerebral

De acordo com MORETTI, MOREIRA e PEREIRA (2011), a paralisia cerebral designa um grupo de distúrbios cerebrais de caráter estacionário decorrentes de alguma lesão ou de anomalias do desenvolvimento ocorridas no período de vida fetal ou durantes os primeiros meses de vida.

MARX et. al (2011) relata que a última definição de paralisia cerebral de 2007, descreve-a como “ um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento e da postura que causam limitações das atividades, sendo atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro do feto ou do lactente em desenvolvimento. As alterações motoras da paralisia cerebral estão frequentemente associadas a distúrbios de percepção, distúrbios sensitivos, cognitivos, de comunicação, comportamento, epilepsia e problemas musculoesqueléticos secundários”.

Em relação às causas da paralisia cerebral, ROTTA (2002) destaca as possibilidades etiológicas resumidamente no seguinte quadro:

CAUSAS PRÉ-NATAIS

Diminuição da pressão parcial de oxigênio

Diminuição da concentração de hemoglobina

Diminuição da superfície placentária

Alterações da circulação materna

Tumores uterinos

Nó de cordão

Cordão curto

Malformações de cordão

Prolapso ou pinçamento de cordão

CAUSAS PERINATAIS

FATORES MATERNOS

Idade da mãe

Desproporção céfalo-pélvica

Anomalias da placenta

Anomalias do cordão

Anomalias da contração uterina

Narcose e anestesia

FATORES FETAIS

Primogenidade Prematuridade

Dismaturidade

Gemelaridade

Malformações fetais

Macrossomia fetal

FATORES DE PARTO

Parto instrumental

Anomalias de posição

Duração do trabalho de parto

CAUSAS PÓS-NATAIS

Anóxia anêmica

Anóxia por estase

Anóxia anoxêmica

Anóxia histotóxica

A paralisia cerebral é classificada de acordo com o tipo e a distribuição do comprometimento. A desordem motora está relacionada com a área do sistema nervoso central afetada. Os tipos clínicos são:

• Paralisia cerebral espástica: caracterizada por hipertonia muscular;

• Paralisia cerebral extrapiramidal: caracterizada pela presença de movimentos involuntários;

• Paralisia cerebral atáxica: caracterizada pela incoordenação e déficit de equilíbrio.

• Paralisia cerebral mista.

Em relação à distribuição topográfica do comprometimento, a paralisia cerebrar pode ser classificada em três tipos:

• Tetraparética: casos geralmente mais graves, com acometimento dos quatro membros;

• Diparética: o acometimento dos membros superiores é mais leve do que dos membros inferiores;

• Hemiparética: apenas um demídio ou lado corporal encontra-se alterado.

Segundo REBEL et. al (2010) o diagnóstico da paralisa cerebral é principalmente clínico, entretanto demanda maior atenção pois nos recém-nascidos as capacidades motoras ainda estão em desenvolvimento. Assim, nesta faixa etária observa-se principalmente um atraso no desenvolvimento, associado à alteração de tônus e persistência de reflexos primitivos além do período esperado. Nestes casos deve-se iniciar a investigação etiológica e estimulação essencial que envolve uma equipe multiprofissional.

Segundo MORETTI, MOREIRA e PEREIRA (2011), a paralisia cerebral tem influência sobre o desempenho motor das crianças o que interfere diretamente na aquisição e desempenho de atividades de auto cuidado, levando a dependência de um cuidador.

De acordo com ROTTA (2002),

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