Esclerose Multipla

Esclerose Múltipla pode ser confundida com outras doenças

No dia 30 de agosto é comemorado o Dia de Combate à Esclerose Múltipla, doença autoimune que atinge lentamente e progressivamente o Sistema Nervoso Central (SNC) e se caracteriza pelo ataque dos anticorpos a substância mielina, que envolve os nervos no crânio e na medula, causando a interferência na transmissão dos impulsos que controlam as atividades conscientes e inconscientes do organismo.

“A esclerose múltipla atinge principalmente pessoas entre 15 e 45 anos. Sendo três mulheres para cada homem. Por ser uma doença autoimune, o paciente a traz em seus genes e tem a propensão de desenvolvê-la ao longo da vida”, explica Antônio Pereira Gomes Neto, neurologista e membro da Academia Brasileira de Neurologia.

Como os sintomas neurológicos são variados, tornam o diagnóstico complexo e discutível. Algumas características como problemas na fala, no equilíbrio, fraqueza, dormências nas extremidades, podem nortear o apontamento do especialista, que só será confirmado com o auxílio de exames específicos como a ressonância magnética.

No tratamento o principal objetivo é diminuir a fase aguda e os intervalos entre as recaídas (surtos). Para isso medicamentos como Imunomoduladores e Imunossupressores são usados com o intuito de diminuir os impactos causados pela doença. Além do tratamento medicamentoso, aconselha-se o acompanhamento fisioterápico e psicoterapêutico.

“O uso desses medicamentos acontecerá durante todo o período de tratamento que o paciente estiver respondendo bem, já que a doença não tem cura. Apenas será retirado, caso o indivíduo seja intolerante ou esteja em um nível que a medicação não faz mais efeito. Mas o importante é o diagnóstico precoce da doença, que muitas vezes se faz dificultoso por ser confundido com outras enfermidades”, esclarece Neto.

A prática de exercícios físicos é importante, mesmo que não altere a evolução da doença. Assim como a fisioterapia que auxiliará a conservação dos movimentos do corpo que não estejam comprometidos e ajudará no controle dos esfíncteres. Durante o período de crise é importante que o paciente permaneça em repouso.

Os três principais tipos de Esclerose Múltipla:

- Esclerose Múltipla Surto/Remissão- Ocorre em 80% dos casos em indivíduos menores que 40 anos. Os surtos são espaçados por momento de recuperação completa ou quase completa e podem demorar semanas, meses ou anos para voltar a ocorrer.

- Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva- Acontece em cerca de 25% dos casos. Os surtos acontecem, mas a recuperação é incompleta, gerando danos que aumentarão gradualmente ao longo dos anos. A progressão da doença é imprevisível.

- Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva- A doença se agrava continuamente, sem a presença de surtos, remissão ou recuperação. É mais comum em pessoas que apresentam sintomas após os 40 anos de idade. É a forma mais grave da doença.

REFERÊNCIAS:

http://www.helplink.com.br/noticias/?p=2061