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A Esclerose multipla

Por:   •  5/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.754 Palavras (12 Páginas)  •  1.455 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

A esclerose múltipla é uma patologia que causa uma lesão no sistema nervoso central, com isso as complicações causadas vão desde dificuldades motoras até a depressão.

Como existem vários sintomas causais para essa patologia seu diagnóstico é complicado e em muitas vezes difícil de se identificar pois é confundida com outras doenças e não existe um exame específico para diagnosticar.

O apoio da família é essencial para amparar e auxiliar os pacientes portadores de esclerose múltipla pois, assim que se comprova o diagnóstico o paciente necessita de suporte para prosseguir e a família é a base de sustentação necessária para o paciente encarar a situação e posteriormente é de suma importância o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, médicos e fisioterapeutas, entre outros profissionais.

Em especial o trabalho do psicólogo é primordial pois o emocional do paciente fica fragilizado e como a esclerose múltipla causa diversos desconfortos o paciente sofre por não saber lidar com as adversidades da patologia.

Existem alguns grupos de apoio para portadores e familiares de esclerose múltipla, que fornecem acompanhamento psicológicos, esclarecimento sobre a doença e ajuda para lidar com a nova condição.

2. OBJETIVO

O presente trabalho como objetivo apresentar de forma sucinta o que é a esclerose múltipla. Sabe-se que é uma doença crônica e sua característica mais marcante é não ter previsão para os surtos. Relatando também um breve histórico da doença, e adquirindo o conhecimento que atinge em sua grande maioria pessoas jovens, com idade entre 20 a 30 anos, provocando dificuldades motoras e sensitivas e, também relatando a reação do paciente, algumas clinicas e ONG com atendimento a portadores da EM, por fim trazendo a realidade para o curso de psicologia, sendo a reação e visão psicológica e como é feito o tratamento com o paciente.

3. ESCLEROSE MÚLTIPLA

3.1 HISTÓRICO

A Esclerose múltipla é considerada a, mas comum das doenças desmielinizantes, sendo uma de suas características a localização de múltiplas placas na substancia branca e medular.Para Frankel (1994), a EM foi registrada pela primeira vez em 1822 pelo inglês Sir Augustus D’Este (1794–1848), que provavelmente tinha a doença, onde escreveu em um diário pessoal aos 25 anos gastos em busca da cura da doença, já em 1838 o medico britânico e ilustrador Robert Carwell (1793–1857), acabou desenhando o que havia visto em autopsias do tronco cerebral e medula espinhal, como tecidos reparados, endurecidos e descoloridos. Mas só em 1868 a EM foi reconhecida como doença distinta pelo o neurologista Frances Jean-Martin Charcot (1825-1893), que identificou e descreveu como “esclerose em placas”. Embora não sejam exclusivos da esclerose múltipla os três sinais da doença conhecidos hoje em dia é o nistagmo que é o movimento oscilatório globo ocular, o tremor intencional que aparece ao efetuar um movimento voluntário coordenado e a fala telegráfica que é uma característica das primeiras sentenças das crianças, na qual tudo o que não é crucial é omitido, como em um telegrama, conhecida também como fala elíptica ou fala reduzida. Foi observado também algumas alterações cognitivas, como "nítido enfraquecimento de memória" e "formação lenta de concepções".Ao longo de todo o século XX foram sendo propostas várias teorias relativas à causa e patogênese, porem de acordo com Minguetti (2001), no ano de 1970, foi quando passou a ser utilizada a técnica do Potencial Evocado (visual, somático sensorial e do tronco cerebral) sua utilização foi limitada, devido uma lesão no complexo anatômico fisiológico estudado, o que não significava que fosse devido a Esclerose múltipla. O autor também diz que a tomografia computadorizada que era utilizada nos anos 70 não contribuiu para o diagnostico da doença, teve algumas melhoras depois de alguns anos com a utilização de dose dupla de contraste, Mas foi à ressonância magnética que acabou revolucionando o diagnostico e dando a oportunidade de novos horizontes para o tratamento precoce da EM.

3.2 O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica e rara que esta caracterizada por um acometimento em diferentes partes do cérebro da medula espinhal, é denominada de disseminação no tempo e no espaço, condição pela qual se estabelece o diagnostico definitivo. Sua característica mais importante é a imprevisibilidade de surtos. Essa doença afeta a capa de mielina que é construída por proteínas e gorduras que auxiliam na condução das mensagens que controlam os movimentos conscientes e inconscientes do organismo, responsável pela condução nervosa e também reconhecida como substancia branca do sistema nervoso, acomete em geral, indivíduos jovens. As lesões no cérebro causadas pela esclerose múltipla podem ocasionar diferentes sintomas, que vão desde visão dupla ou embaçada, a formigamentos e falta de equilíbrio, até incontinência urinária e com isso ao longo do tempo as lesões podem levar à atrofia cerebral, Provocando dificuldades motoras e sensitivas comprometendo a qualidade de vida dos portadores.Apesar de existirem muitas duvidas sobre a origem da esclerose múltipla, muito já se sabe sobre a imunológica da doença, o que tem possibilitado a descoberta de medicamentos que controlam sua evolução mesmo ainda não sabendo a real causa, a sua evolução difere de uma pessoa para a outra e acaba sendo, mas comuns em mulheres e em indivíduos de pele branca, não é uma doença fatal e muitos portadores conseguem levar sua vida normal.

4. ASPECTOS CLINICOS

A esclerose múltipla é uma doença que afeta em sua grande maioria adultos jovens, do sexo feminino; o fato de descobrirem que são portadores de uma doença neurológica crônica, evolutiva, autoimune e sem cura, onde altera o comprometimento motor, “a evolução clínica da doença foi subdividida em surto-remissivo, progressiva primária, progressiva secundária e surto-progressivo”.Com relação a fase surto-remissivo o paciente apresenta surtos neurológicos com duração aproximada de 24 horas ou mais tendo um intervalo médio de 30 dias entre cada surto; a forma progressiva primária é a piora dos sinais neurológicos podendo ocorrer a estabilização do quadro; “quando a fase progressiva ocorre após um início em surtos, diz-se progressiva secundária”.

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